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Em Pauta

Fibria avalia instalação de mais uma fábrica em Mato Grosso do Sul

Mário Sérgio Lorenzetto | 06/12/2013 07:55
Fibria avalia instalação de mais uma fábrica em Mato Grosso do Sul

Aumentam as possibilidades de a Fibria montar segunda fábrica em MS

A Fibria, maior produtora mundial de celulose branqueada de eucalipto se prepara para submeter ao conselho de administração o projeto da segunda linha de produção em Três Lagoas. O presidente da companhia, Marcelo Castelli, reiterou que os planos serão levados à aprovação ao longo do primeiro semestre do próximo ano para que a nova linha esteja apta a entrar em atividade no fim do terceiro trimestre ou início do quarto de 2016.

O investimento na linha, que inicialmente poderá fazer 1,75 milhão de toneladas anuais e elevará para mais de 7 milhões de toneladas a capacidade anual instalada total da Fibria, deve ficar abaixo de US$ 2,5 bilhões. O futuro do projeto, contudo, está condicionado à possibilidade de uma nova rodada de consolidação da indústria de celulose no Brasil.

Outra informação aponta que a Fibria continua mantendo a preferência pela eventual compra de uma concorrente e, segundo Castelli, existe oportunidade de fusão ou aquisição. A Fibria defende esse caminho como alternativa saudável de crescimento face aos inúmeros projetos de celulose anunciados no país para os próximos anos. Considerando-se apenas os empreendimentos em andamento – Suzano Papel e Celulose, Montes del Plata, CMPC Celulose Riograndense e Klabin – até 2016, chegarão ao mercado quase 5 milhões de toneladas da matéria-prima. Esse volume se soma a 1,5 milhão de toneladas que a Eldorado lançou há um ano.

Fibria avalia instalação de mais uma fábrica em Mato Grosso do Sul

As florestas misteriosas da Fibria e Parkia

No período medieval, a floresta constituía um peso para a mentalidade dos humanos; era o domínio indomável da natureza. Ali, viviam árvores cuja existência superava amplamente a duração da vida dos humanos. Era a parte sagrada da criação que não podia ser abordada sem pavor religioso. Ela era estanha e incognoscível: seus odores, seu ruídos, os animais que nela viviam ou aqueles que imaginavam viver. Ao longo de caminhos incertos, as espinhas enganchavam nos viajantes, os troncos caídos dificultavam o caminhar, pântanos ocultos os espreitavam, eram as armadilhas do Maligno. Ele era o senhor dessas trevas. Ele e todos seus sequazes: elfos, gobelins, fadas, dragões, tarascas e todos os faunos verdes servidores de Pan. Todos estavam unidos para enfeitiçar e enganar os humanos crédulos.

As florestas começaram a ser derrubadas. Em 4 séculos, 1.100 a 1.400, algo como 10% das árvores da Europa desaparecera. Novas áreas de plantio surgiram. Com elas uma nova organização de posse da terra foi montada. Um dos elementos mais comuns na ocupação das novas áreas era o Hóspede. Era um recém chegado, um forasteiro. Uma espécie de colono, um imigrante a procura de terras novas para plantar. Quase sempre era filho de pais que não eram livres. Um ar de mistério o cercava – quem poderia reconhecer sua primitiva condição jurídica?

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Um ar misterioso agora cerca a Fibria e a Parkia

A notícia de alguns dias diz que a Fibria vendeu 210 mil hectares de terra localizadas no Mato Grosso do Sul, São Paulo, Bahia e Espírito Santo. O valor acertado foi de R$ 1,4 bilhão. Essa venda originou um mistério. Ninguém conhece a Parkia, seus acionistas não foram revelados. Levantaram-se suspeitas de que estavam por trás do negócio investidores estrangeiros, que não podem comprar terras no Brasil. A Fibria afirma que no transcurso de dezembro a composição acionária da Parkia será definida. Não é em vão o estabelecimento do clima de mistério. Investidores portugueses desejam comprar áreas no Mato Grosso do Sul, chilenos vieram interessados na sequência e, por último, apareceram os chineses. Todos com o mesmo problema – a legislação nacional é impeditiva para aquisição de terras feitas por estrangeiros. A Parkia é uma árvore leguminosa, também é uma empresa espanhola que trabalha com estacionamentos. A Parkia que está no Brasil é um gnomo, um elfo, um dragão ou um hóspede?

Fibria avalia instalação de mais uma fábrica em Mato Grosso do Sul
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O Ministério da Justiça e o paradoxo de Pinóquio

Os paradoxos são definidos como declarações aparentemente verdadeiras que, apesar disso, contêm uma contradição lógica. O chamado paradoxo de Pinóquio, especificamente, é uma variante de um mais geral, o do mentiroso, que leva os filósofos à loucura há mais de 2 mil anos. A confusão começou no século VI em Creta, na Grécia. O filósofo Epimenedes, nascido lá, disse: “Todos em Creta são sempre mentirosos”. Ora, se o que ele diz é verdade, então ele mesmo também é um mentiroso. E, portanto, está mentindo. Consequentemente, sua frase não é verdadeira. Então temos o paradoxo. A versão de Pinóquio é a mesma coisa, com um nariz que cresce – ou não – incluído no desenrolar da contradição. Existe o paradoxo de Pinóquio no Ministério da Justiça no conflito entre índios e fazendeiros?

Fibria avalia instalação de mais uma fábrica em Mato Grosso do Sul
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Avatares atenderão nos bancos e humanoides substituirão as secretárias

Dentro de alguns anos, as pessoas verão fotos ou filmes de como hoje trabalhamos e pensarão como conseguíamos viver nesse tipo de ambiente tão pobre em tecnologias. A mesma ideia que temos quando vemos as fotos de uma fábrica dos anos 1800. A velocidade de mudanças atual é a de um avião supersônico contra uma bicicleta na época da Revolução Industrial.

Estão em funcionamento escritórios com ambientes colaborativos, sem lugar marcado para sentar. Outros apostam tudo em inovação e desde a porta tudo te leva a pensar que algo pode ser feito para criar mudanças. A ideia, do passado, que continua a vigorar, era a de reunir pessoas no mesmo espaço para unir forças. Agora, a colaboração está se transformando em uma experiência coletiva de compartilhar ideias, dados, análises e soluções.

As pessoas estão privilegiando trabalhar em comunidades digitais, não importando onde você está e, sim, como você se conecta com os outros. Sai o trabalho com base em atividades e entra a meritocracia tecnológica. Sai o horário fixo e entra a inovação com mobilidade. Sairão os atendentes de lojas e de bancos e entrarão os avatares. As secretárias desaparecerão e surgirão os humanoides. O mais importante é pensar que o trabalho será algo que fazemos, e não um lugar para onde vamos.

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Shoppings para passear e não para comprar

Dezenas de novos shoppings estão sendo construídos pelo Brasil, alguns com obras entregues. Há um claro sinal de que o mercado de shoppings está crescendo demais. Nunca foi tão difícil atrair lojistas, como agora, para os novos projetos. O shopping Atrium, em São Paulo, abriu com 31 das 200 lojas previstas. Em São Bernardo, o Golden Square, foi inaugurado com metade das 230 lojas esperadas. Em Campo Grande, o Shopping Bosque dos Ipês que deveria contar com 167 lojas está com aproximadamente um terço delas fechadas. Todas dizem que o número de lojistas crescerá até o fim do ano. Ou será o resultado do excesso de shoppings?

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Quanto vale um diploma universitário?

O conhecimento adquirido não dá para ser perdido nem roubado. Seus rendimentos podem se estender por toda a vida. Por isso, já é lugar-comum afirmar que o tempo e o dinheiro gastos com educação estão entre os melhores investimentos que alguém pode fazer. Mas, na prática, quanto vale estudar mais? Segundo dados do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), na última década os rendimentos dos brasileiros com mais de 11 anos de estudos, ou seja, os que estão cursando ou concluíram um curso de nível superior, caíram em relação à renda dos trabalhadores que não chegaram a terminar o ensino médio ou o fundamental. Uma das razões é o descompasso entre a formação e as exigências do mercado de trabalho. Hoje, há cerca de 7 milhões de brasileiros cursando uma faculdade, o dobro de 2002, mas apenas 10% das vagas que abrem a cada ano exigem que os candidatos tenham um diploma universitário. Além disso, para quase um terço dos empregadores brasileiros, os jovens saem das faculdades pouco preparados para o trabalho.

Uma das principais razões para a queda nos rendimentos de quem cursou ou está cursando uma faculdade é a dificuldade de encontrar empregos que exigem diploma universitário dos candidatos.

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A conclusão é a de que na última década, o número de brasileiros com formação superior quase dobrou, o que é uma boa notícia. Os ganhos advindos do aumento da escolaridade da população, no entanto, podem ser anulados se os jovens recém-formados não estiverem à altura do que as empresas precisam para preencher os cargos disponíveis – ou se o país não conseguir gerar empregos suficientes para absorver os novos profissionais que a cada ano chegam ao mercado com um diploma à procura de trabalho.

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Livros em papel prevalecerão sobre os e-books

Com o surgimento dos livros digitais, as edições impressas pareciam condenadas ao desaparecimento. Pareciam. Agora, após a explosão dos e-books inicial, a previsão é de dezenas de anos convivendo harmoniosamente os livros em papel e os eletrônicos.

De acordo com a consultoria Pricewaterhouse, as vendas de e-book perderam fôlego. Devem crescer 36% em 2013, mas vão declinar como está ocorrendo agora, chegando em 2017 com um crescimento de 9%. No mundo, a venda de e-books movimentará US$ 23 bilhões nos próximos 4 anos. Ainda assim, de cada dez livros a serrem vendidos em 2017, apenas dois serão eletrônicos.

As fatias dos mercados começam a consolidar: para as viagens mais da metade prefere os e-books, leitura para crianças o mercado é quase todo do livro papel – 80%. Esses números frustraram quem imaginava que o livro papel desapareceria.

Hoje, nos EUA, a fatia dos e-books na receita do setor é de 22%, no Brasil é de 1,6% com a venda de 227.000 e-books no ano de 2012. O empurrão para os e-books no Brasil será dado pelo Ministério da Educação, em 2015. O governo pretende comprar 80 milhões de e-books para atender mais de 7 milhões de alunos do ensino médio na rede pública. A versão eletrônica virá acompanhada pela impressa, mas terá a mais alguns vídeos e jogos.

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