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Em Pauta

Ganhos e perdas com a descriminalização das drogas

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/04/2016 07:51
Ganhos e perdas com a descriminalização das drogas

"Um mundo livre de drogas". Em 1988, esse era o slogan da Assembléia Geral das Nações Unidas. A ONU defendia rígidas políticas de controle de drogas. Não apenas proibição de tráfico e produção, mas também de uso e posse de substâncias consideradas ilícitas. No entanto, em vez de promover saúde, paz, segurança e proteger os jovens, foi criada a "guerra às drogas" que produziu o inverso do que se pretendia. Morte, guerra, insegurança e total abandono dos jovens, especialmente dos dependentes.
Pela primeira vez em 18 anos, chefes de países, responsáveis pelas políticas públicas dos países membros da ONU estarão reunidos para rediscutir a questão das drogas. Entre os dias 19 e 21 de abril, eles estarão em N.York, onde discutirão o cenário atual da legalização da maconha em muitos países e a descriminalização de todas as drogas em Portugal.
A nova tarefa dos chefes de países e dos especialistas reunidos é saber, afinal, quem ganha e quem perde com a descriminalização das drogas ou só da maconha e se vale a pena legalizá-las. Há a tendência de uma nova polarização. De um lado, os Estados Unidos e a Europa se opõem, cada vez mais, às políticas punitivas e experimentam reformas. Ao mesmo tempo, a Rússia, a China e países do Oriente Médio continuam a defender a guerra às drogas.

Ganhos e perdas com a descriminalização das drogas

A posição brasileira na reunião da ONU que debaterá as drogas.

Quem representará o Brasil na reunião da ONU, entre 19 e 21 de abril, não será Dilma ou um Ministro. Luiz Guilherme de Paiva, um inexpressivo secretário nacional de políticas sobre drogas do Ministério da Justiça, será o encarregado dos debates e votos em uma questão tão relevante para o mundo. Paiva dirá que o Brasil defende que as ações concentrem-se na saúde e bem-estar. Ele também afirma que "as convenções internacionais sobre drogas continuam a ser para o governo brasileiro a estrutura jurídica do sistema internacional de controle de drogas e são flexíveis o suficiente para acomodar as diferentes perspectivas nacionais sobre o problema mundial das drogas".
Um discurso hiperbólico que diz nada, de coisa alguma. Paiva não será ouvido na reunião da ONU, mas seu voto tem valor e importância. Vale lembrar que o Supremo Tribunal Federal colocou no armário a discussão sobre o porte da maconha. Enquanto isso, só há dois debates no país: Dilma fica ou vai para casa e Moro pode ou não prender e dar publicidade sem a anuência do STF?

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Uma grande Muralha Verde e um Muro de Arenito estão impedindo o avanço do Saara.

A ONU já afirmou que a desertificação é um dos maiores desafios dos tempos atuais. O fenômeno ameaça potencialmente um terço da população da Terra, cerca de 2 bilhões de pessoas. A entidade internacional acredita que o aumento dos desertos obrigará a mudança de populações inteiras de dezenas de cidades importantes. A desertificação já atinge 140 países.
Os países do norte da África, há anos, estão construindo uma grande Muralha Verde com o plantio de milhares de arvores para evitar que as dunas de areia continuem conquistando terras produtivas. O problema maior nessa alternativa é que muitas populações dos 11 países que estão recebendo o plantio de árvores são tão pobres que as cortam para fazer lenha. A segunda alternativa, complementar, que vem sendo empregada para contar a areia, é a construção de um imenso muro de arenito, feito de areia solidificada. O experimento bem sucedido consiste em uma massa de areia que recebe bactérias em larga escala, tornando-a um bloco muito duro, quase um concreto, em poucas horas.

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Meus Heróis Negros Brasileiros. Um grande professor de 14 anos.

Pedro Henrique Cortês é um jovenzinho brasileiro. Tem apenas 14 anos. Tratado por familiares e amigos por PH, ele pode ser considerado o mais famoso professor de história negra do Brasil. Já lecionou para nada menos que outros 30 mil jovens que o assistiram no YouTube.
PH conta em uma série de vídeos, intitulados Meus Heróis Negros Brasileiros, as trajetórias de Machado de Assis, Zumbi dos Palmares, João Cândido, Dandara e Elza Soares. Professor bom é o PH, cativa os alunos, cria emoção, mas precisou trabalhar muito. Pesquisou a vida de cada um de seus eleitos com afinco. Ele apenas procurou respeitar a história. É um grande professor. Com Lei da Mordaça ou sem Lei.

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