Garantia estendida em lojas de eletro pode ser enganação

Muita atenção ao contratar a garantia estendida

Você decidiu pela compra da geladeira, do televisor ou da máquina de lavar, mas uma dúvida te surpreende: devo aceitar a garantia estendida? A garantia estendida é um seguro regulamentado pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) e pode ser um aliado. É preciso, contudo, entender como funciona antes do contrato e estudar vantagens. Também é preciso ficar atento a possíveis fraudes ou desrespeito ao consumidor. Foi isso o que ocorreu há dias em Mato Grosso do Sul, quando o Procon flagrou irregularidades na venda de garantia estendida por 12 estabelecimentos comerciais.

O seguro pode ser contratado na aquisição de eletroeletrônicos, móveis e eletrodomésticos. O objetivo do serviço é ampliar ou complementar a garantia do produto. De acordo com a Susep, o consumidor precisa ler a garantia do fabricante e verificar prazos e condições gerais do contrato, como as previsões de cancelamento. Se aceitar a Garantia Estendida, precisa saber quando ela começa contar e, ainda, se o seguro adicional vai cobrir danos que o fabricante não cobre. Só assim saberá se há ou não complemento. Se as duas prevêem exatamente a mesma coisa, não compensa.

Leia o contrato com muita atenção

No contrato você precisa verificar: modalidades de pagamento da indenização ao consumidor final: dinheiro; reposição do bem e valor do prêmio – quanto o consumidor pagará pela Garantia Estendida. Não leve em conta somente o valor a será pago por mês pela Garantia Estendida (chamado de prêmio). É preciso analisar o valor total e comparar com o preço do produto que está comprando. Também, se possível, comparar com o valor de um conserto simples do produto. No contrato deve haver, ainda, a rede de assistência técnica. Entre as ofertas dos vendedores está a de dividir entre as parcelas o valor do seguro juntamente com o produto negociado.

Guarde todos os contratos porque você pode – e há muitos motivos para isso se achar adequado – cancelar o contrato. Ler muito antes ajuda a afastar aborrecimentos. O Código de Defesa do Consumidor garante o benefício do arrependimento ao cliente. Para o serviço não presencial o prazo (7 dias) somente começa a ser contado após 15 dias da contratação na loja, visto que, este é o período em que a seguradora estipula para o cadastro do serviço.

Tente resistir à compra desnecessária de seguros

A cesta de seguros oferecida pelas lojas é grandiosa. Por isso, não compre por impulso. Verifique se é preciso contratar por lojas do varejo os tais: seguro desemprego, de furto/roubo, residencial, de acidentes pessoais, etc. Lembre-se: não é constrangedor dizer não. E atenção, há casos em que os serviços são inseridos na conta sem o seu conhecimento. Se pagar por um por um seguro sem aviso, exija a devolução de seu dinheiro. As denúncias podem ser feitas pelo telefone do Procon no 151 ou na sede do órgão de defesa do consumidor que fica na rua 13 de Junho, 930, esquina com a rua Maracaju.

Senado aprova reforma do Código de Defesa do Consumidor

O Senado está analisando mudanças para modernizar o CDC (Código de Defesa do Consumidor), que existe há 23 anos. Nesta semana, relatório do senador capixaba Ricardo Ferraço (PMDB) trouxe sugestões importantes, como o aumento do prazo de sete para 14 dias para a desistência da compra. As propostas são analisadas na Comissão Interna de Modernização do Código de Defesa do Consumidor que prevê, ainda, alterações no comércio eletrônico e fortalecimento dos Procons. Entre os pontos principais está a prevenção ao superendividameto dos consumidores.

Em relação ao comércio eletrônico, as empresas terão que oferecer o endereço geográfico e a inscrição no Ministério da Fazenda. As empresas que atuam nesse segmento terão, ainda, de responder imediatamente as manifestações do consumidor quanto a arrependimento da compra e cancelamento da mesma. Os consumidores terão direito a receber contrato de venda e confirmação de compra. O prazo para arrependimento da compra ou contratação à distância passou de 7 a 14 dias, contados da data da aceitação da oferta, recebimento do produto ou execução do serviço. Caso o fornecedor não entregue a confirmação da compra ou o formulário de arrependimento, o prazo é estendido para 30 dias.

Sabe qual é o cheiro de Nova York?

A perfumista francesa Laurice Rahmé, vivendo na Big Apple há 30 anos, criou a marca de fragrâncias Bond número 9, logo após o 11 de setembro. Ela criou perfumes que traduzissem o cheiro dos bairros de Nova York – em torno de 100.

A verdade é que ela, como a maioria dos habitantes, estava devastada pelas lembranças do terror que os escombros e o cheiro ruim deixaram durante semanas pelas ruas do Financial District, Tribeca e Chinatown. Bairros mais próximos das Torres Gêmeas.

A vontade de Laurice era a de levar novos aromas à cidade. Ela que, trabalhou por 14 anos como diretora da Lancôme, recorreu a seu profundo conhecimento em perfumaria internacional para criar a Bond número 9.

Essa coleção é composta por 50 eaux de parfum para mulheres, para homens e os compartilhados. Harlem, com sua maioria negra, tem cheiro de café. A versão de Chinatown traz florais e toque apimentado. Little Italy traz notas de mandarim e grapefruit e promete a sensação de gelato de cítricos derretendo na boca. O Andy Warhol Lexington Avenue, que homenageia o artista pré-pop que viveu durante anos nessa avenida combina o odor de ciprestes azuis, erva-doce, amêndoas torradas, rosa peônia, crème brûllét e sândalo.

Além da proposta e das fragrâncias, o design único para cada perfume, acabou atraindo colecionadores de seus frascos. A fragrância mais vendida se chama Scent of Peace – algo como cheiro de paz. A criação dos perfumes foi acompanhada da primeira butique da marca, instalada na rua Bond número 9, situada no cobiçado bairro do Noho. Há, hoje outras lojas esparramadas por Mahattan. E os preços? Bem, não são baratos. Tem desde R$ 436 até R$ 1.130.

Vem aí a fritura saudável

Vilões dos hábitos saudáveis, os alimentos fritos podem voltar à mesa em breve e sem culpa. Um grupo agrícola nortista que desenvolve produtos a base de palma lançou uma gordura vegetal para o segmento food service que não faz mal à saúde. O produto, uma pasta derivada do óleo de palma, é livre de gorduras trans e hidrogenadas, rico em vitamina E, ausência total de solventes e produtos químicos no processo de fabricação. O grupo agrícola se chama Agropalma e promete ser a redenção das frituras. Virá com um selo de Fritura Limpa.