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Em Pauta

Iguana X Serpentes, o melhor documentário da natureza

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/11/2016 08:57
Iguana X Serpentes, o melhor documentário da natureza

Há ocasiões em que saltamos da poltrona. A televisão, às vezes, tem esse poder. A BBC conseguiu colocar de pé a milhões de telespectadores no mundo com uma sequência colossal. Emoção, suspense e velocidade, no melhor estilo Hitchcok. Mas, se seus pássaros eram ficção, o filhote de iguana e a tropa de serpentes são reais. Não há nada mais aterrador que a vida selvagem.

No documentário se vê uma trepidante corrida, verdadeira, pela vida: iguana foge de um esquadrão da morte, formado por serpentes famintas. "Corre iguana, corre", quase é possível ouvir de milhões de britânicos que assistiram na TV o documentário. A fama o fez cair na internet, onde continuou a ver picos de imenso crescimento de audiência. Imperdível!!

Iguana X Serpentes, o melhor documentário da natureza

Mosquitos, a máquina mortífera perfeita.

Os especialistas estão avisando novamente: dentro de poucos dias é provável que tenhamos casos de dengue e zika ainda maiores que os anteriores. E o pior é que ainda estamos tentando descobrir como vencer os mosquitos que transmitem essas doenças. Sabemos que não há solução mágica. Basta pensar no equipamento físico deles, em especial nos mosquitos antropófagos, que é uma maneira elegante de dizer que tem predileção por sangue humano. São os verdadeiros vampiros, porém, muito mais capazes, chegam às raias da perfeição.

O mosquito elege você como alvo ao sentir a proximidade do sangue com base na sua transpiração, no calor do teu corpo e na tua respiração. O complexo dispositivo de alimentação do inseto, conhecido como probóscide - a tromba que ele tem na frente do rosto - é uma maravilha multifacetada. Dotada de pequenos feixes de minúsculos estiletes pontiagudos é capaz de romper a tua pele e permitir que o sangue seja sugado, ao mesmo tempo que ele injeta no orifício criado em tua pele a própria saliva que está mesclada com anticoagulante. O mosquito consegue introduzir esse feixe em tua pele com tanta delicadeza que você somente notará algo quando a sanguinolenta refeição estiver próxima do fim.

O mosquito pode se fartar do teu sangue até dobrar de peso, e ainda consegue voar para um refúgio para descansar, descartando parte do teu sangue e retendo os nutrientes, até recuperar a capacidade plena de voo.

No mundo dos mosquitos, os machos não são diretamente nossos inimigos, vivem com uma dieta vegetariana. O único "crime" do macho é acasalar com as fêmeas. Quem nos pica é a fêmea. E ela costuma perseguir o alvo - nosso corpo. Os nutrientes extraídos do nosso sangue são essenciais para os seus ovos, cuja formação e postura são o principal objetivo da sua breve, focada e um tanto solitária existência. Um único acasalamento pode ser suficiente para uma fêmea de Aedes aegypti: ela armazena o esperma em seu corpo, fertilizando bateladas de ovos.

Cada batelada tem várias centenas. Durante sua existência, estimada em um mês, põe esses ovos em cinco ou seis ocasiões. Serão, estimativamente, milhares de ovos produzidos por um só casal de mosquitos. Portanto, as possibilidades de multiplicação são vertiginosas. São, efetivamente, uma máquina mortífera perfeita.

Iguana X Serpentes, o melhor documentário da natureza

Os parques e as reservas florestais eram o Louvre dos países pobres.

Os Estados Unidos celebraram no dia 25 de agosto os 100 anos da criação de seus famosos parques nacionais. A festa não foi apenas olhando para o passado, mas ampliando enormemente suas reservas ecológicas. O presidente Obama criou a maior reserva protegida do mundo no Estado norte-americano do Hawai. Mas foram os norte-americanos os primeiros a criar parques e reservas florestais? De onde vem essa ideia?

As primeiras reservas florestais apareceram por volta de 700 antes de Cristo pelas mãos dos assírios (turcos, iranianos, iraquianos e sírios de hoje). Eram reservas usufruídas apenas pela realeza. Os romanos deram sequencia a essa ideia de criar reservas florestais. Para eles tornou-se essencial a manutenção de florestas devido à escassez de árvores para a construção de navios. Na Índia, as primeiras reservas de caça, exclusivas para a nobreza, surgiram no século III d.C. Na Europa medieval, os reis mantinham enormes reservas para suas caças e pescarias. Nenhuma permitia a visitação do povo em geral.

A "grande ideia", como a denominam os norte-americanos, a democratização dos parques e reservas florestais só viria há exatamente um século. Em agosto de 1916 eles criaram o primeiro serviço governamental de proteção de florestas. Eram pobres e entendiam que seus parques e reservas florestais teriam o mesmo valor e importância do caríssimo Louvre dos Estados Unidos. Deu certo. Hoje, o sistema de parques e reservas naturais dos Estados Unidos, Alasca e Hawai recebem mais visitantes que o mais afamado museu do mundo. E no Brasil? Apenas copiamos a ideia dos norte-americanos?

O primeiro parque brasileiro foi criado no Acre, em 1911. Esse parque acompanhava as águas dos rios Acre, Purús, Gregório e Juruá. É pouco divulgado, mas essa ideia dos republicanos de 1911, foi precedida por José Bonifácio nos inicios do século XIX. Bonifácio, homem culto e cosmopolita, sugeriu a criação de um setor administrativo do governo imperial que fosse especialmente responsável pela conservação da Mata Atlântica, que já estava sendo destruída para a exploração desregrada da madeira.

A ideia de criar parques brasileiros veio, no entanto, em 1876, com a genialidade do engenheiro negro André Rebouças (o maior injustiçado dos movimentos negros atuais). Rebouças desejava a criação do Parque de Sete Quedas e o da Ilha do Bananal.

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