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Em Pauta

Imenso mercado brasileiro de gastronomia prepara forte aquecimento

Mário Sérgio Lorenzetto | 19/12/2014 08:19
Imenso mercado brasileiro de gastronomia prepara forte aquecimento

O “fast casual” e o mercado de refeições fora do lar

Aumento do poder de compra da classe média. Encarecimento do trabalho doméstico. Maior inserção de mulheres nos trabalhos fora de casa. A alimentação fora do lar movimentou R$ 140 bilhões neste ano. E deve continuar aquecido nos próximos anos, com a chegada de redes mais estruturadas e a regularização dos negócios informais. Os especialistas fazem a previsão de que o setor de gastronomia terá uma ampliação de marcas e novos formatos de negócios, além da entrada de empresas internacionais no país.

Os tais novos formatos de negócios atendem pelo nome de "fast casual", uma refeição descolada, que tem comida de qualidade, rápida, finalizada sob os olhos do consumidor, em um ambiente agradável, marcado pela tecnologia, com preparo sob os olhos do consumidor, em cozinhas abertas, menu limitado à extensão do balcão e sem a presença de garçons. Está acima dos famosos "fast foods" e abaixo dos classificados como "casual dining", que têm como um dos mais clássicos exemplos o Outback. Esse novo modelo ainda não chegou em Campo Grande.

O fast casual é o modelo de alimentação fora do lar que mais cresceu em 2013, atingindo 11% nos Estados Unidos, enquanto o fast food cresceu apenas 1,4%. Há cadeias de sucesso de comida asiática, mexicana, italiana, pizzas, hambúrguer e sanduíches.

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Marcas variadas abrem cada vez mais lojas

O maior de todos é a rede Five Guys, com mais de 1.000 lojas e outras 1.500 em processo de montagem. Observem bem, serão outras 1.500 novas lojas. Totalizando 2.500 lojas em cinco anos. Outra marca responsável por esta transformação foi a Chipotle. Uma boa fatia de brasileiros está cansada de fast food, quer uma comida com sabor mais caseiro, possível de ser saboreada em um ambiente mais agradável, com um cardápio com opções mais conscientes ligadas à saúde e de qualidade. Tudo isso demanda que o preparo seja rápido. Não existe fast casual sem agilidade. Outro bom exemplo do fast casual é a

rede Vapiano, de culinária mediterrânea (apesar de ser alemã), com ingredientes frescos, preparados na presença do cliente, presente em 26 países, com 120 lojas que acaba de inaugurar sua primeira unidade brasileira em Ribeirão Preto (SP).

Os pontos brasileiros, ainda pequenos, contam com os paulistanos Na Garagem, St.Louis, Taqueria na Sabrosa, H3, Mania de Churrasco, Bonaparte e do Moinho de Pedra. Para colher frutos na atividade, mesmo em tempos de crise só há uma regra: "barriga no balcão e olhos no futuro". Muita atenção com as receitas e cuidado ainda maior com custos e gestão de pessoal. O maior risco é virar refém de fornecedores de ingredientes por causa do cardápio enxuto.

Imenso mercado brasileiro de gastronomia prepara forte aquecimento
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Por um programa governamental para produção de frutas

Período natalino. Há no cardápio da época alguns alimentos importados que são quase obrigatórios. Nozes, avelãs, amêndoas e castanha. Uvas-passas, tâmaras, damascos e figos secos. Claro que o Natal deve ser celebrado. É tempo de congraçamento, de paz e harmonia. Mas não é preciso termos na mesa esses alimentos importados. Como é também época de promessas, pessoais e governamentais, não deveríamos promover um grande programa dos governos estadual e federal para a produção de frutas? No Mato Grosso do Sul há terras e climas tão diferenciados que podemos plantar quase tudo que hoje importamos. Também podemos organizar o consumo massivo de alternativas tão saborosas quanto as importadas - castanha de caju, castanha do baru do Cerrado, bocaiuvas...Falta o que mesmo?

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Em nome do Natal, quantas pessoas estarão festejando no mundo?

Em 2 mil anos, o cristianismo, que começou com poucos fiéis, se expandiu e se tornou uma das religiões mais influentes do mundo. Ele se fez presente em todos os continentes, o que é um feito notável. Transformou culturas e foi integrado a muitas delas, ajudando a moldar o mundo da forma como ele é hoje. Apesar do tempo transcorrido, a doutrina, em suas várias vertentes - o catolicismo, a ortodoxia oriental e o protestantismo -, continua a se disseminar.

Pesquisa sobre religiões no mundo, publicada pelo Pew Research Center, confirmou que o cristianismo continua sendo o maior grupo religioso do planeta: são 2,2 bilhões de pessoas, praticamente 33% da população mundial. Metade deles são católicos,

37% são protestantes e 12% são ortodoxos. Os demais - mórmons, testemunhas de Jeová e cientistas cristãos - somam 1%.

Até 1910, cerca de 66% dos cristãos estavam na Europa. Isso mudou: o crescimento da população e as migrações transformaram esse cenário de tal modo que, pouco mais de 100 anos depois, a Europa contava com apenas 25% dos cristãos - 36% estão nas Américas e 23% na África (que tinha apenas 1% de cristãos em 1910). Essas estatísticas apontam o Brasil como um destaque: é o segundo colocado em número de cristãos, com aproximadamente 175 milhões de fiéis, perdendo apenas para os EUA, que conta com 246 milhões de seguidores do pensamento Jesus Cristo e que comemoram o Natal, a maior festa da cristandade.

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Pesquisa diz que brasileiro não come muito sal

A principal origem de ingestão de sódio pelo brasileiro é o sal de cozinha, que representou 71,5% do total do nutriente ingerido no País. A parcela restante do sódio consumido pela população brasileira teve origem nos alimentos industrializados (13,8%), no pão francês (6%), nos alimentos in natura (4,7%) e nos alimentos semielaborados (4,1%). O estudo também mostra que cada brasileiro consumia 11,38 gramas de sal e 4,46 gramas de sódio, portanto, um consumo inferior ao preconizado pelas agências de saúde, que afirma que o consumo diário não deve ultrapassar cinco gramas. Em suma, o brasileiro é um povo que não consome um excesso de sal e sódio.

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Mas hipertensão continua matando muita gente

A hipertensão não para de crescer. Quase um quarto dos brasileiros adultos têm de enfrentar a hipertensão. Atualmente temos 24,3% da população com a doença, contra 22,5% em 2006. A boa notícia é que o número de hipertensos, que precisaram ser internados, diminuiu em 25% com o programa do governo federal de distribuir gratuitamente medicamentos.

Mas, há de se considerar que a hipertensão é o risco mais comum para quem possui doenças cardiovasculares. Ao redor do mundo, estima-se que mais de 1 bilhão de pessoas possuam hipertensão e se espera que, em 2025, estes números cheguem a 1,5 bilhão de pessoas. A hipertensão é responsável por 9 milhões de mortes por ano no mundo. Por causa da sua presença massiva nas populações, passou-se a recomendar políticas públicas

que visassem combater doenças cardiovasculares. Dentre as estratégias suscitadas está a redução do sódio nos alimentos e, em menor medida, o aumento do consumo do potássio. São as instruções comuns para tratar a hipertensão e para a prevenção de doenças cardiovasculares.

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Sal não é o maior vilão da hipertensão

Contudo, estudos recentes, publicados no New England Journal of Medicine, questionaram o potencial dos efeitos negativos associados com o baixo consumo de sal e sódio e seus efeitos para a saúde. De acordo com os estudos, há uma relação entre o elevado consumo de sal e sódio e o risco de doenças cardiovasculares, mas, os dados foram insuficientes para provar que isso deva ser uma medida adotada para toda a população.

Os estudos, que envolveram uma grande quantidade de pessoas de diferentes países, concluíram que uma pequena parte da população mundial possui uma dieta com baixa quantidade de sódio e que isso não está relacionado com a pressão sanguínea nessas pessoas. De acordo com os pesquisadores, seria mais produtivo indicar o maior consumo de potássio ao invés de reduzir o sódio de maneira agressiva nas dietas. Os estudos questionaram a aplicação da redução do sódio para todas as pessoas. No caso das pessoas com doenças cardiovasculares, a relação delas com o sódio não foi alterada.

Bem claro, de acordo com o novo estudo o sal não é o principal vilão para a hipertensão, na maioria das pessoas. Os maiores suspeitos continuam sendo a obesidade, o sedentarismo, a má alimentação em geral, o consumo de álcool e o tabagismo, que já eram “indivíduos” procurados pela “polícia saudável”.

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