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Em Pauta

Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas

Mário Sérgio Lorenzetto | 12/05/2014 07:40
Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas

As pesquisas eleitorais estão viajando com neblina

A necessidade de pesquisas criou no meio político um pensamento que diz: “temos de fazer pesquisas para não voarmos sem aparelhos, no escuro”. A ideia é a de acompanhar, passo a passo, todos os momentos da campanha eleitoral. Este é o momento da pré-campanha, “pré” por determinação judicial. É o período em que os partidos e candidatos mais anseiam por levar seus nomes no horário eleitoral da televisão, por exemplo: Aécio Neves levou sua imagem recentemente à televisão, cresceu nas pesquisas e influenciou a parte da mídia não acostumada com esse jogo. Pontos nas pesquisas são conquistados ou perdidos em um momento em que todos conversam com todos, nos bastidores ou publicamente.

Habituados a bons resultados, com grande margem de acerto, os institutos de pesquisa vão enfrentar um ambiente mais competitivo e coalhado de incertezas. O quadro está menos definido. Estamos viajando com neblina.

O insumo mais importante para as dúvidas é o de que o governo federal não tem mais o rolo compressor do crescimento. Mas tem a menor taxa de desemprego de todos os tempos

Glauco Silva do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) afirma que: “as respostas às questões econômicas parecem claras e têm peso”. Ele também diz: “As notícias de corrupção não repercutem mais”. “Se a economia caminhar mal, pode ser um fator de risco para a reeleição de Dilma”.

A leitura apressada das pesquisas eleitorais pode deixar de perceber a questão, geralmente, fundamental para o futuro resultado eleitoral – a rejeição. Nacionalmente, os três principais candidatos – Dilma, Aécio e Eduardo – estão empatados, em torno de 33% para cada um. Todos estão com rejeição elevada. Indubitavelmente é a rejeição “disso que está aí”. Do maneirismo dos políticos tradicionais.

No Mato Grosso do Sul, a rejeição não é elevada para nenhum dos candidatos a governador. Isto é, ainda que sejam políticos tradicionais, não são percebidos com a pecha de responsáveis por tudo “isso que está aí”.

Há uma informação que raramente surge. Dos seis principais institutos de pesquisa eleitoral de cunho nacional, apenas dois não aceitam trabalhar para partidos ou candidatos – o Datafolha e o Ipsos. Os outros quatro podem trabalhar. Costumeiramente, o Vox Populi é contratado pelo PT e o Sensus, pelo PSDB. Não há qualquer aversão a trabalhar ou não para os partidos, as pesquisas não perdem o seu valor. No Mato Grosso do Sul não existe instituto que não trabalhe para partidos ou candidatos.

Apesar do histórico de bom desempenho, os institutos estão sujeitos a críticas. A principal delas é sobre a utilização do método do ponto de fluxo para realizar levantamentos. Ele é apontado como um limitador da amostra, pois não capta a opinião de quem não circula pelo local. O outro importante limitador das pesquisas eleitorais é o acesso dos pesquisadores aos prédios e condomínios. É uma tarefa impossível, o que acaba distorcendo o resultado final.

É Mauro Paulino, do Datafolha. quem tem uma ótima consideração: “Cada vez mais o leitor decide na última hora, com base, até mesmo, nas pesquisas. Ele comenta que: “A única pesquisa que pode ser comparada com a votação é a de boca de urna, feita com eleitores que já votaram”.

Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas
Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas

Brevemente os planos de saúde serão reajustados

Estamos em maio. Este é o mês do reajuste anual dos 9 milhões de planos de saúde brasileiros. Quem determina o percentual a ser reajustado é a ANS (Agência Nacional de Saúde). Preparem o bolso para absorver o impacto do aumento, que tem superado a inflação todos os anos.

Em julho do ano passado, a ANS determinou reajustes com a média de 9%, mas existiram aumentos de até 32% que foi o caso da ADMédico. No piso de baixo, o menor reajuste foi de 7%.

No Mato Grosso do Sul há um quase monopólio da Unimed. Os reajustes nacionais para a Unimed variaram de 6% - em Campinas – até 14% ocorrido em Fortaleza. Para Campo Grande o aumento foi de 8,06%. Caso a ANS só venha a divulgar os reajustes em julho, repetindo o ano passado, os “beneficiários” terão de pagar o retroativo de maio e junho, salgando ainda mais a conta de alguns meses.

Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas
Institutos de pesquisas eleitorais terão ano competitivo e cheio de incertezas

Campo Grande tem uma padaria a cada esquina. O mercado estaria saturado?

Não, não tem. E o mercado não está saturado, ainda há espaço. Quem garante é a gestora do projeto Juntos pela Indústria, Nádia de Moura Mattos, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Atendimento à Micro e Pequena Empresa). Já que existe espaço, mais que nunca há a necessidade de orientação para que ele seja aproveitado de maneira adequada, garante Nádia.

Hoje, Mato Grosso do Sul conta com 600 estabelecimentos no segmento de panificação. Campo Grande concentra 250 deles. Dos 12,5 mil funcionários que o Estado emprega no setor, 6 mil estão na capital. Os dados, explica, são de levantamento promovido pela Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul), o Radar Industrial. Somente no ano passado, a indústria de panificação faturou R$ 100 milhões no Estado e, para 2014, a previsão é de que 10% na expansão dos rendimentos. Tudo isso com o atual “tamanho” de mercado. Se houver mais interessados, o faturamento, claro, será maior. “Há carência em certas regiões”, garante.

Identificar essas certas regiões e orientar quem já está no meio está entre as atividades do Juntos pela Indústria, que até subsidia em 80% a consultoria para projetos com inovação e tecnologia. Se não for esse o caso, além da consultoria, são oferecidos treinamentos, participação em missões técnicas e visita feiras do setor. Também existem as tais clínicas tecnológicas, que são palestras técnicas com abordagem desde a formação do negócio, até a formação de preço e campanhas de marketing.

Para atender os empresários, o Sebrae conta com auxílio do Sindicato da Panificação, além da Fiems. Da impulsão à permanência no segmento, a prioridade é inovação. Neste ponto, a visita a feiras do setor tem particular importância. No ano passado, empresários do mercado sul-mato-grossenses foram encaminhados para a maior feira de panificação do continente, a Fipan, que aconteceu em São Paulo. Em contato com novos produtos e insumos, os empresários ganham fôlego para atuar no Estado, se estabelecerem e gerarem empregos.

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Frigg é a deusa escandinava protetora da terra, do amor e doçura. Frigg é uma empresa exemplar de MS

Trinta famílias residem na empresa, formam uma pequena vila. Nela há uma escola onde 35 crianças cursam do primeiro ao nono ano. Além da estrutura com ar-condicionado, as crianças têm refeições, tratamento médico e odontológico e quadras de esporte.

Todos os funcionários da Frigg têm plano de saúde e odontológico, seguro de vida, recebem cesta básica, transporte e até quatro refeições diárias. A empresa investiu em uma casa de descanso para os caminhoneiros terceirizados, esses trabalhadores preferem dormir na empresa e carregar os caminhões nas primeiras horas da manhã.

Há um programa de educação ambiental que visa a conscientizar colaboradores e comunidades vizinhas quanto ao impacto de ações predatórias, lançamento de resíduos em locais adequados e ações nocivas ao meio ambiente. A Frigg tem um calendário ambiental para realizar palestras e treinamentos – Dia da Água, Dia da Biodiversidade, Dia do Cerrado, Dia do Planeta Terra e outros.

Todo o trabalho é certificado pelo Inmetro e por uma agência internacional. Há um trabalho especial de manejo de águas e controle de comunidades aquáticas.

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Essa empresa, que acaba de ganhar um prêmio nacional de sustentabilidade é uma fazenda

Fica localizada em Ribas do Rio Pardo. Tem 3.000 hectares de florestas de pinus, 6.000 de eucalipto e 9.000 hectares em áreas de preservação. Ainda em 2014, as florestas vão aumentar em 4.000 hectares, o objetivo é expandir a área plantada para as áreas de pastagens que estavam arrendadas até o início deste ano.

A Fazenda Frigg, antiga Fazenda Pantano, foi instalada em Ribas em 2010. No local havia uma floresta de pinus há mais de 25 anos e alguns talhões de eucalipto. O resto era pasto de baixa produtividade, como a quase totalidade das áreas da região.

De acordo com a Embrapa, existem 9 milhões de hectares de pastagens degradas no Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 80% de toda a área de pecuária do Estado. A Fazenda Frigg recuperou uma pequena parcela dessas áreas. Outras seguem o mesmo caminho. E o lucro é muito maior do obtido anteriormente. Para todos.

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