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Em Pauta

Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros com escola exclusiva para eles

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/01/2015 11:15
Lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros com escola exclusiva para eles

A Inglaterra planeja abrir seu primeiro colégio para gays

O primeiro colégio para lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros pode abrir suas portas nos próximos três anos. A escola pública acolheria 40 alunos em período integral e 20 em meio período, que continuariam o grosso de suas formações em estabelecimentos de ensino convencional. Atualmente a administração da cidade entregou um centro comunitário para uma organização LGBT (Youth Northwest) e é essa organização que pretende transformá-lo em uma escola. Pretendem criar um "centro educativo inclusivo, onde possam estudar livres do medo ao preconceito.

Seria uma escola alternativa, financiada pela "prefeitura local", para onde as autoridades educativas poderiam encaminhar os alunos para os quais a educação convencional não funciona. A ideia é oferecer um currículo sob medida para cada aluno, que incluiria técnicas de trabalho da autoestima. O colégio seria especializado em jovens LGBT mas estaria aberto a outros alunos. Um curso custaria R$ 64.000 por ano, o mesmo que em outras escolas especializadas.

Mais da metade dos alunos gays na Inglaterra sofreram bullying por sua orientação sexual e 60% afirmam que os professores que presenciam os episódios de bullying nunca intervêm. Segundo o mesmo estudo, 99% dos jovens gays escutam linguagem homofóbica diariamente nas escolas inglesas. Das pessoas que sofrem perseguição por sua orientação sexual, 60% consideram que isso tem um impacto direto em seu rendimento escolar. E até 41% declaram já ter tentado ou pensado em se matar como consequência dessas perseguições.

Mas a escola inglesa não será a primeira do mundo a preferenciar seus trabalhos para jovens LGBT. O Instituto Harvey Milk de Nova York desde 2003 recebe uma subvenção da prefeitura para dar preferência a esses jovens.

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A humanidade caminha para uma "preguiça reprodutiva"?

O primeiro impulso ao ver a questão posta é da mais pura abjeção. Epa! Mas, para o bem ou para o mal, para a satisfação ou rejeição, essa é uma das teorias mais aceitas pela ciência. É uma teoria evolucionista, segundo a qual a espécie humana caminha para a bissexualidade como resultado da evolução natural. Chocante! O autor da teoria, Umberto Veronesi, ex-ministro da Saúde da Itália é o pioneiro no tratamento do câncer de mama. Um dos mais respeitados cientistas europeus. Ele diz que os homens e as mulheres estão produzindo cada vez menos hormônios e que no futuro haverá uma "preguiça reprodutiva" que fará do ato sexual uma mera demonstração de afeto.

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Um país de pessimistas e sem ídolos

Há uma fase na adolescência em que achamos que a única forma de chamar a atenção é estar melancólicos, tristonhos, quase a chorar. Olhando para o estado atual das coisas, é possível que esse comportamento dos adolescentes seja algo que fique para a vida toda dos brasileiros. Há alguma coisa muito nossa, talvez a herança do triste fado português, que nos obriga a continuar a ser eternamente o gigante sonolento e cabisbaixo. Mal vivemos em um curtíssimo estado de euforia e entramos em depressão.

A música brasileira nunca presta. Os filmes nacionais são sempre chatos. Se um brasileiro tem sucesso, é corrupto ou uma mera enganação. Se uma brasileira subiu na vida, foi para a cama com alguém. Uma parte importante de nossa imprensa é vampiresca, vive do sangue dos outros e de denúncias quase nunca comprovadas; não noticiam os bons exemplos que estão por toda parte. Consolidamos estereótipos arcaicos como, por exemplo, " todos os indígenas são bêbados e preguiçosos e todos os fazendeiros são assassinos e vilões latifundiários". É o nosso Brasil pessimista, tão bom em pôr defeitos e tão mau em aplaudir sucessos. E vamos, novamente, a longos anos de gigantismo inócuo.

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Criança superprotegida será um adulto sem força de liderança

Não há como negar o tamanho da influência das atitudes dos pais no desenvolvimento mental das crianças. E nem mesmo todas as preocupações do mundo são capazes de evitar que você impeça seu filho, sem perceber, de ser alguém independente e pronto para liberar.

Crianças que não brincam ao ar livre e nunca se machucam não aprendem que adversidades são normais. Elas frequentemente têm fobias quando adultos. Apesar da proteção ser uma das principais funções dos pais, é preciso saber o momento de recuar. A superproteção ocorre quando as crianças são "salvas" do problema com excesso de rapidez. Elas não têm tempo para que percebam que muitas vezes podem solucionar as situações sozinhas e que é possível enfrentar muitas adversidades.

Outro grande erro que os pais do século XXI estão cometendo é o de elogiar o filho o tempo todo. Acreditam que os elogios auxiliam a autoestima das crianças, mas, na verdade, apenas piora a sua atitude. A criança começará a perceber que apenas os pais o elogia e que os elogios são falsos ou forçados, não condizem com a realidade. Com o tempo aprendem a enganar e a montar mentiras elaboradas para não terem de lidar com os obstáculos que surgirem.
O jeito simples e eficaz é tentar escapar dessas armadilhas praticando o que se prega para as crianças. É o conhecido "exemplo dos pais". Tão antigo quanto Matusalém e tão correto quanto um santo. É preciso estar atento para o que se diz e faz para não criar adultos sem a força de liderança.

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