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Em Pauta

Mal educados no mundo virtual: mais uma fama dos brasileiros

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/12/2013 09:10
Mal educados no mundo virtual: mais uma fama dos brasileiros

Jogos virtuais e espionagem

Os brasileiros são mal educados no mundo virtual. Ao menos esta é a fama que vem sendo desenvolvida nos jogos online. Segundo relatos, eles pedem dinheiro ou itens para os outros jogadores, assaltam outros jogadores com a ameaça de que serão denunciados para o servidor, promovem arrastões virtuais, matam os companheiros do mesmo time. O meio que se utilizam para encontrar outros nativos é a repetição incessante do termo “BR”. Ganharam até nome, são os “HUE”. Diz a lenda que o preço do Playstation 4 está relacionado com este mau-comportamento dos brasileiros e é uma forma de retaliação. Porém, as coisas não são tão simples. Os jogos virtuais foram projetados como um espaço de entretenimento e não é de hoje que jogadores de diferentes nacionalidades têm comportamentos inadequados na rede.

O uso de “cheats” (trapaças) já é antiga não está necessariamente ligada a uma ou outra nacionalidade. Existem suspeitas, possivelmente eivadas por preconceito, de que esta nova imagem está relacionada com a ascensão econômica promovida pelo governo brasileiro nos últimos anos, com as classes mais baixas passando a ter acesso cada vez maior a computadores. Parece que os brasileiros vivem esta euforia inicial de estar jogando na rede pela primeira vez, logo, atropelam tudo e todos na sua ansiedade por vencer ou simplesmente destruir tudo. Enquanto esta conversa não ultrapassar o plano virtual ela é relativamente inofensiva e, se as comparações estiverem corretas, com algum tempo os brasileiros se acostumarão a jogar na rede.

Mal educados no mundo virtual: mais uma fama dos brasileiros

Espionagem real nos jogos choca e causa perplexidade

Para além do caso do HUE brasileiros, uma notícia que traz perplexidade é a espionagem – real – que passou a ocorrer nestes jogos. Como os jogos virtuais possibilitam conversas, espiões dos EUA e da Inglaterra se infiltraram em dois dos jogos mais famosos, World of Warcraft e Second Life. Temendo que os jogos pudessem ser utilizados como meio de planejar ataques e transferir dinheiro no mundo real. Por isso, além de guardarem dados sobre os jogos também procuraram informantes de terroristas.

Contudo, ao que tudo indica, parece que as agências de inteligência superestimaram o mundo da fantasia. Nenhum dado efetivo de terrorismo foi encontrado. Da mesma forma como as notícias recentes de espionagem levantaram questionamentos sobre os limites da busca por segurança e o respeito ao espaço privado das pessoas, esta nova empreitada dos espiões gerou críticas no sentido da forma como eles obtiveram os dados dos jogadores.

A rede jogada pelos espiões voltou, até onde foi revelado, sem peixes. Conseguiram montar perfis genéricos e diferenças entre homens e mulheres nos jogos. Em World of Warcraft os homens preferem atividades competitivas e de destruição enquanto as mulheres preferem atividades de exploração. Possivelmente devem ter dados sobre o “terrorismo” dos jogadores virtuais brasileiros.

Mal educados no mundo virtual: mais uma fama dos brasileiros
Mal educados no mundo virtual: mais uma fama dos brasileiros

Instagram lança serviço de troca privada de imagens

Em meio à perda de usuários adolescentes e à proliferação de aplicativos de troca de mensagens, o Facebook anunciou nesta semana um novo serviço de compartilhamento de fotos e vídeos para o Instagram. A rede social foi comprada no ano passado por US$ 1 bilhão e que é bastante popular entre o público jovem. O Instagram Direct permite compartilhar fotos e vídeos de maneira restrita e funciona como uma troca de mensagens. É possível compartilhar imagens em grupos de até 15 pessoas que seguem o usuário. Caso os dois usuários se sigam, o envio e o recebimento são feitos automaticamente. Quando um contato visualiza a foto, o remetente é avisado por meio de sinalização.

Já os usuários que não são seguidos pelos destinatários de suas mensagens, terão as imagens do Direct postas em uma caixa de pendência, como funciona a aba "outros" das mensagens no Facebook enviadas por quem não é um contato na rede. A troca de mensagens está disponível nos aplicativos para iPhone e para Android -BlackBerry e Windows Phone receberão o serviço mais para a frente. A ferramenta é aberta para qualquer um dos 150 milhões de usuários cadastrados no Instagram, incluindo marcas.

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Os multimilionários da tecnologia das redes sociais também parecem ter recalque

O anúncio do novo serviço ocorre um mês depois de o "Wall Street Journal" revelar que o Snapchat, aplicativo de troca de imagens que desaparecem segundos após serem enviadas, recusou proposta de compra de US$ 3 bilhões feita pelo Facebook. O dinheiro oferecido é o triplo do que a rede de Mark Zuckerberg pagou pelo Instagram. Acontece que muitos jovens têm preferido trocar mensagens por aplicativos como WhatsApp e Snapchat, em busca de "privacidade".

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