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Em Pauta

Mercado de PETs desponta e se fixa como oportunidade promissora de negócio

Mário Sérgio Lorenzetto | 13/05/2014 07:43
Mercado de PETs desponta e se fixa como oportunidade promissora de negócio

PET – oportunidade de negócio, mas com responsabilidade

Parece fácil, mas não é porque é um negócio e para ser rentável deve ser encarado com seriedade. É o segmento PET, que somente no ano passado faturou R$ 15,2 bilhões no país, com crescimento de 7,3% em relação ao ano anterior. Os dados são da Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação) e demonstram que sozinho o setor corresponde a 0,31% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional, deixando na lanterna a indústria de geladeiras, freezers, componentes eletroeletrônicos e, até, de cosméticos.

E o mercado, mais que nunca, tem oportunidades em Mato Grosso do Sul, tanto que no fim do mês, entre os dias 26 e 27 será promovido o I Workshop Pet de MS. O objetivo é repassar informações sobre a profissionalização do setor, considerando que hoje, 80% dos empreendimentos abertos no Estado fecham as portas no período máximo de 36 meses. Quem faz as contas é o coordenador, Marcelo Cerutti, que aponta a existência de cerca de 400 empreendimentos do ramo em Mato Grosso do Sul, mas ressalta que o espaço é para até 600. “Hoje, na maioria das vezes, são negócios familiares, têm poucos profissionais e não geram lucro. A mesma conta que paga o fornecedor é a que paga o supermercado da família”, revela. E espaço para faturamento existe. No ano passado, a indústria mundial fechou a conta em US$ 102 bilhões, US$ 7 bilhões acima que 2012.

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Somente Mato Grosso do Sul importou R$ 1,7 milhão...

...dinheiro usado para a compra de comida para PETs. O chamado PET Food corresponde a 65% do faturamento do setor e, no Brasil chegou a R$ 196,3 milhões em exportações. No país, estamos em oitavo lugar entre os importadores de comida para PET, o primeiro lugar é ocupado por São Paulo, de onde a indústria mundial abocanha R$ 66,2 milhões.

Mesmo São Paulo tem muito que crescer. Hoje, o maior faturamento no segmento fica com os Estados Unidos, com seus 30% isolados na primeira posição. Ainda assim empatamos com o Japão no segundo lugar, com 8%, seguidos do Reino Unido (7%), França (6%) e Alemanha (6%).

Este está entre as metas do evento que será sediado na Capital, abocanhar de maneira adequada um pouco dessa fatia. “Os empresários irão aprender sobre gestão e imagem eficiente de pagamento de impostos. Quando chegaram à loja PET, vão aprender a formar o preço final, tornarem-se competitivos e melhorar o desempenho da loja”, resume Cerutti. E não só de comida vive o segmento, que tem forte penetração nas áreas de equipamentos, acessórios, produtos de higiene e medicamentos veterinários. É a prova que o setor não está resumido somente a banho e tosa, mesmo que este seja o carro-chefe da maioria dos PETs.

Insumo de trabalho é o que não falta para quem quiser se fixar no meio, sem aventuras, mas de maneira responsável para não cair na regra do empresário que pouco se aguenta por alguns meses. São 37,1 milhões de cães no país; 21,3 milhões de gatos; 26,5 milhões de peixes e 19,1 milhões de aves, também conforme dados da Abinpet. Hoje, destacam os números da entidade, somos a quarta maior nação do mundo em população de animais de estimação e ficamos em segundo lugar, se a comparação se resumir aos gatos.

Mercado de PETs desponta e se fixa como oportunidade promissora de negócio
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A procura de soluções para a qualificação na construção brasileira

A construção civil é a maior geradora de empregos no Brasil. O setor fechou o ano de 2013 com um saldo de 107.024 novos postos de trabalho. São novos funcionários que precisam ser treinados, engajados e produzir condizentemente. O setor se mantém otimista com a expectativa de crescimento na casa dos 3%. O mercado da construção civil tem uma taxa de crescimento que varia de ano para ano, mas sempre crescendo. Esse crescimento deverá continuar, pois o maior gargalo para o desenvolvimento do país ainda é a infraestrutura. O problema é como fazer mais em menos tempo e, muitas vezes, com menos pessoas ou com pessoas com quase nenhuma qualificação.

Trabalhar bem a fase de seleção é só o primeiro passo para uma gestão bem sucedida na construção civil. É preciso formar. E essa tarefa vale não só para quem está chegando, mas também para os veteranos, incluindo aí a grande parte da mão de obra, que fica nos canteiros.

Temos um lado sombrio na construção civil que é a falta de qualificação dos profissionais. Eles vêm com baixo nível de escolaridade e, portanto, têm dificuldade de aprender. Esse fator complica o trabalho de qualificação.

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Uma forma nova de olhar para o que parece velho: educar

Para solucionar o impasse, uma das empresas de construção montou escola de alfabetização de adultos no canteiro da obra. Além de levar a sala de aula para o canteiro, a empresa dá lanche e material escolar.

Existem cursos técnicos para formação desse setor no Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), mas o entendimento majoritário é de que o que qualifica são os anos de experiência e a habilidade de liderança. Pensando assim, uma empresa aproveitou o conhecimento dos mestres que trabalham há muito tempo com ela para formar novos profissionais dentro do próprio canteiro.

Uma grande empresa montou uma escola fixa e própria para formar seus profissionais. Oferece cursos de alfabetização, para formação de carpinteiros, eletricistas e pedreiros. Para os que estão no topo e no meio da pirâmide das empresas de construção o estudo também é fundamental. Nos últimos anos, as mais modernas empresas desse setor estão promovendo um novo tipo de MBA – o MBA in company. Estudos avançados promovidos pela própria empresa e dentro dela. Este é o mais novo conceito desenhado pela melhor empresa de consultoria do país – a Dom Cabral. Além do MBA in company, a Dom Cabral oferece um intercâmbio na Escola de Negócios Kellog, nos Estados Unidos por onde já passaram mais de 30 brasileiros. Para a média gerência, existe um MBA nos mesmos moldes, sem a experiência internacional, pelo qual passaram mais de 400 líderes.

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Inovar é preciso e fundamental

O Brasil da inovação não é o mesmo da economia forte. O Brasil inovador é esquálido e, mesmo assim, não têm fome. De acordo com o Índice Global de Inovação 2013, o país ocupa a posição 64 no ranking global. Pior, no cômputo regional, na América Latina ocupa o oitavo lugar. A venda de produtos de alto valor agregado, com claro procedimento inovador, ainda se limita ao comércio com a América Latina. Partes e peças de máquinas representam pouco mais de um por cento do total de bens exportados.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) oferece os números definitivos para a compreensão: as cadeias de alto valor agregado, inovadores, movimentam US$20 trilhões anualmente e respondem por dois terços do comércio mundial.

Até mesmo nas multinacionais instaladas no Brasil o índice de pesquisa é baixo. Segundo o IEL (Instituto Euvaldo Lodi), as empresas internacionais instalam suas fábricas por aqui em uma estratégia clara de conquista de mercado, mas criam pouco.

Os centros de pesquisa, via de regra, ficam nos países de origem das transnacionais. Todavia, instalar tais centros no Brasil é uma tarefa árdua, especialmente porque não oferecemos o insumo para a inovação – a mão de obra qualificada.

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Existem ilhas de excelência

Uma parceria de uma transnacional com a Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos), outra com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e poucas mais. Embraer, Petrobras, Embraco, Braskem são os bons exemplos de empresas inovadoras e com inserção internacional. Provam que é possível atender o mercado interno e vender para o exterior com qualidade e inovação.

O esforço para ampliar a lista e fortalecer a indústria está refletido em programas de estímulo, entre eles o Inova Empresa – ação do governo federal lançada há um ano com recursos de R$ 33 bilhões. Há uma clara disposição de parte do empresariado para investir em pesquisa, mas para a maioria falta a cultura de correr esse risco.

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A inflação dos pobres ficou mais alta

O nome da inflação dos pobres é Índice de Preços ao Consumidor – IPC-C-1 Classe 1 – e é usado para medir a variação de preços das famílias de baixa renda. Em abril, esse índice ficou 1,05% mais alto e desde janeiro já subiu 3,10%. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou 5,57%. Quem faz a pesquisa é FGV (Fundação Getúlio Vargas). Conforme o levantamento, que é mensal, das oito classes de preço pesquisadas, seis tiveram alta. Saúde e cuidados Pessoais (0,29% para 1,68%); habitação (de 0,54% para 0,73%); transportes (0,28% para 0,68%); vestuário (0,33% para 0,71%); despesas diversas (0,21% para 0,36%); e de comunicação (-0,22% para -0,03%).

Na prática, ficaram mais caros os medicamentos em geral, que subiram de 0,03% para 2,45%; roupas, de 0,43% para 0,77% e clínica veterinária, de 0,14% para 1,03%. Esses foram os dados que atingem os sul-mato-grossenses. Nos demais estados houve aumento do preço da energia elétrica, da telefonia e do transporte coletivo.

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