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Em Pauta

Nem capitalismo, nem socialismo. A nova sociedade será de compartilhamento

Mário Sérgio Lorenzetto | 15/08/2015 07:03
Nem capitalismo, nem socialismo. A nova sociedade será de compartilhamento
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"Eu Escolhi Esperar", o movimento evangélico que propugna por sexo só após o casamento.

No Facebook, o "Eu Escolhi Esperar" (EEE), criado em 2011 pelo pastor Nelson Junior, tem 2,7 milhões de seguidores. Atrai fiéis de várias denominações evangélicas. Toda semana organiza algum evento em uma cidade diferente (em setembro estará em Campo Grande). O EEE já pregou suas ideias em todos os estados brasileiros e até no exterior, e ficou conhecido depois que o zagueiro David Luiz se tornou seu garoto-propaganda - embora tenha esclarecido, mais tarde, que já não era virgem.

Desde a década de 1960, houve um boom liberando a sexualidade da juventude. Tornou-se "démodé", algo antigo, fora de moda, casar-se virgem. Este é um movimento tradicionalista que prega a religião como fio condutor do casamento. Contrapõe-se ao prazer procurado pela imensa maioria dos jovens (e dos não tão jovens também). Como não dá para organizar um movimento sem recursos financeiros, o EEE vende camisetas, pulseiras e livros evangélicos.

Nem capitalismo, nem socialismo. A nova sociedade será de compartilhamento
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Enem mostra caminho para investidores no ensino médio.

As melhores escolas particulares do país entraram no radar dos investidores em educação. O mercado de escolas de ensino médio e fundamental é considerado por muitos economistas como o próximo grande receptor de aportes financeiros. Ao contrário do que ocorreu com as universidades quando os investidores utilizaram como regra o número de alunos e não a qualidade, nesse momento eles pensam primeiro nos mais qualificados para serem adquiridos ou receberem investimentos parciais.

A nota do Enem também é hoje o balizador para a entrada em universidades, isto é, para a obtenção do Fies e do Prouni. No ranking dos 20 melhores colégios, elaborado pelo jornal Valor Econômico, considerando as quatro provas do Enem - matemática, português, ciências humanas e naturais - Campo Grande tem o Colégio Bionatus II ocupando a décima primeira posição. Certamente passará a ser observado com lupa pelos grandes investidores.

Nem capitalismo, nem socialismo. A nova sociedade será de compartilhamento
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Pai racista, filho racista?

O último caso de racismo ostensivo que ganhou as manchetes dos jornais no Brasil foi o sofrido pela nova "moça do tempo" do Jornal Nacional. Maria Julia Coutinho foi hostilizada por centenas de usuários do Facebook usando termos nitidamente racistas. A maioria dos racistas deletou suas contas do Facebook. Todavia, o caso está sendo investigado pela polícia, mas a constatação de que a imensa maioria era constituída de jovens serve para levantar a questão: seriam os jovens de hoje tão ou mais preconceituosos que os de ontem?

A resposta é sim e não. De acordo com uma pesquisa norte-americana (não existe similar no Brasil), realizada pela Universidade de Chicago, as pessoas nascidas entre 1928 e 1945 eram extremamente racistas. Mais da metade delas (56%) odiavam os negros. No entanto, para os nascidos entre 1946 e 1964 (geração baby boomers) a queda do racismo foi grande. Em média, 35% são racistas. Essa é a geração que pode ser considerada a precursora da luta contra o racismo no mundo. Todavia, esse patamar, acima dos 30%, não sofreu grandes mudanças nas gerações subsequentes. A geração X (1965 a 1980) e a Y (após 1981) está com média de 31% de preconceituosos.

Os números não corroboram a percepção de muitas pessoas de que o preconceito diminui "naturalmente" à medida que o tempo passa e mostram que, apesar da imensa facilidade de acesso à informação e à educação, os jovens, e os não tão jovens, aprenderam menos do que se esperava. Procura-se novos Martin Luther King e Nelson Mandela para liderar essa luta.

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