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Em Pauta

O Brasil empresarial cansou de esperar; confiança despencou desde 2009

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/05/2014 07:45
O Brasil empresarial cansou de esperar; confiança despencou desde 2009

Com agenda de reivindicações antigas, pessimismo domina empresários

O índice de confiança da indústria, medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), está no menor nível desde junho de 2009, quando o país enfrentava uma recessão e ainda digeria os efeitos da crise mundial. Na mesma linha, o indicador de confiança dos consumidores, da mesma FGV, está no menor patamar desde maio de 2009. Não se pode ter dúvida – quando os indicadores de confiança caem, e isso vem ocorrendo desde 2012, investimento e consumo seguem o mesmo caminho e podem desabar.

Se não bastassem as medições da FGV, uma enquete, sem valor científico, mais que dá o tom, realizada no dia 12 de maio em um encontro em São Paulo com os 249 maiores dirigentes empresariais do país, mostrou que quase 70% apoiam Aécio Neves, Eduardo Campos contou com 16% dos entrevistados e Dilma Roussef ficou com quase 3% de apoios.

A agenda dos empresários é antiga. Ampliar a produtividade, investir em infraestrutura e em educação. Outros pontos da agenda incluem incentivar a inovação tecnológica, agilizar os processos de licenciamento, dar maior clareza aos marcos regulatório e reduzir a burocracia. Como passa, também, pelos velhos gargalos de sempre – as reformas trabalhistas, política e tributária.

São percepções que estão presentes no mundo empresarial desde há muitos meses. Nada de novo. A novidade é o tom do período pré-eleitoral. De pessimismo que se aprofunda a cada dia ainda que não encontre lastro nos números da economia nacional.

O maior insumo para o pessimismo é de caráter pessoal. Está no comandante da economia. O capitão do navio perdeu a capacidade de navegar nos mares não muito revoltos que enfrentamos.

Há bem pouco tempo bastaria enviar um helicóptero, desde a terra, levando a bordo um novo comandante. Não havia a necessidade de que levasse a bordo um nome de envergadura, uma vez que as ondas não têm altura e não assustam comandantes experimentados. Hoje, só nomes como o de Henrique Meirelles podem nos tirar dos últimos postos da corrida econômica mundial. Mas não há risco algum de naufrágio, mesmo com o comandante Mantega em estado de enjoo crônico.

O Brasil empresarial cansou de esperar; confiança despencou desde 2009
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O Facebook se prepara para lançar os mais estranhos anúncios da história do marketing

Imaginem assistir um anúncio na televisão sem o som, somente a imagem correndo na tela. O som só surgirá caso os telespectadores aprovem sua veiculação. Tem mais audácia e estranheza. Alguns telespectadores terão de aprovar o anúncio que irá ao ar sem o som de acordo com o quanto eles são “significativos”.

E a última exigência não tem nada de estranho. Vai custar ao anunciante a bagatela de US$ 1 milhão por dia. Agora transplantem toda essa história estranha para o Facebook, é o que Mark Zuckerberg, o fundador do Facebook, está propondo para os empresários. Diz que essa série de “provas”, obstáculos foram concebidas para evitar ofender os usuários. Só que está ofendendo os anunciantes. Eles dizem: “Se eu sou uma marca e vou assinar um cheque de US$1 milhão por dia, vou querer controlar minha publicidade”. Será verdadeira a intenção do Zuckerberg ou apenas uma jogada de marketing, sem o positivo dos usuários?

O Brasil empresarial cansou de esperar; confiança despencou desde 2009
O Brasil empresarial cansou de esperar; confiança despencou desde 2009

A desconhecida história de Svetlana Alliuyeva – a filha de Stalin

Em 21 de Abril de 1967 Svetlana Alliluyeva, a filha de Joseph Stalin desceu de um voo em Nova Iorque. Ela tinha 41 anos e de maneira afável cumprimentou as pessoas em inglês fluente. Ela se tornou instantaneamente uma das desertoras mais famosas da Guerra Fria. Ela era a única filha viva de Stalin, que havia morrido em 1953 e era conhecida como a “pequena princesa do Kremlin”. Até alguns meses antes de sua chegada aos EUA, ela nunca havia deixado a União Soviética. Em Nova Iorque, ela discursou sobre a liberdade e as oportunidades que ela esperava encontrar nos EUA. Svetlana fugiu da Rússia com a ajuda de George Kennan, um ex-embaixador norte americano na União Soviética e um dos maiores conhecedores da Rússia na América. Ele a ajudou a se instalar em Princeton.

Em 1967, ela publicou o livro “Vinte Cartas para um Amigo” que descrevia a história de sua família por meio das cartas que ela enviou a um médico. A mensagem do livro era a de que ser filha de Stalin era tão terrível quanto ser um de seus súditos. Dois anos, depois ela publicou “Apenas um ano”, uma memória sobre os meses anteriores e posteriores de sua decisão de fugir da União Soviética. Os livros tiveram boa venda e ela adquiriu estabilidade econômica. Mas o fascínio público com Svetlana não durou muito, ela começou a recusar entrevistas e a imprensa perdeu o interesse nela. Ela continuou a escrever, mas não tinha mais editoras para publicar suas obras. Com o fim da Guerra Fria ela quase desapareceu da vida pública.

Fugas e dores em meio à convulsão política

A mãe de Svetlana, Nadya Alliluyeva fugiu de casa com 16 anos com Joseph Stalin, um seminarista e poeta de 38 anos que havia se tornado um líder revolucionário. Stalin já tinha um filho de um casamento anterior, Yakov. Nadya e Stalin tiveram mais dois filhos, Vasily e Svetlana, que era a favorita dele. Em sua infância Svetlana escrevia ordens para o pai em pequenos bilhetes “Eu ordeno que você me leve ao cinema” e ele respondia “Eu obedeço”. Nadya se suicidou quando Svetlana tinha seis anos. Quando ela completou 16 anos, se apaixonou por um homem de 38 anos, Aleksei Kapler, um diretor de cinema judeu que foi o grande amor de sua vida. Stalin se opôs ao relacionamento e Kapler foi preso e mandado para um campo de trabalho no Círculo Ártico. Durante a universidade ela se casou com um colega de turma, seu pai aprovou o casamento, mas não foi conhecer o noivo. Seu primeiro filho nasceu quando os nazistas se renderam para os russos. Em 1950, ela teve o segundo filho e, na sequência, divorciou de seu marido. Em 1953 Stalin morreu.

Em 1963, Svetlana tinha 37 anos e, afora seus filhos, não havia mais ninguém de sua família. Yakov havia morrido em um campo de prisioneiros na Alemanha. Vasily havia morrido de tanto beber. Ela havia adotado o sobrenome materno para não carregar mais o peso de ser uma “Stalin”. Neste ano, ela encontrou um indiano comunista que havia ido até Moscou para um tratamento médico. Eles se casaram um ano e meio depois, apesar da oposição dos oficiais do regime. Em 1966, ele morreu devido a problemas respiratórios.

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Mais fugas e uma inevitável falência

Em 1967, ela fez sua primeira viagem fora da União Soviética e aproveitou a oportunidade para fugir do país, deixando os filhos para trás. Nos Estados Unidos ela se casou com o arquiteto Wesley Peters, um discípulo do famoso Frank Lloyd Wright. Em 1971, ela teve seu terceiro filho, Olga, com 20 anos de diferença dos dois primeiros. Ela se separou de Wesley na sequência.

Por 45 anos, dinheiro nunca havia sido um problema para Svetlana. Ser a filha de Stalin não envolvia preocupações econômicas e, nos Estados Unidos ela fez dinheiro com seus livros, porém, ante o alto padrão de vida demandado por Wesley, além de maus investimentos feitos por ele, as finanças ficaram combalidas. No divórcio ela, ainda apaixonada por Wesley, deixou boa parte de seu dinheiro com ele ao não aceitar um acordo. Depois disso ela passou a se mudar constantemente dentro dos Estados Unidos e na década de 1980 ela foi para a Inglaterra. Lá, seu filho Iosif procurou reestabelecer contato com ela, ante a autorização do governo russo. Ela voltou para a União Soviética para encontrar seus filhos, mas não ficou mais do que um ano no seu país de origem. Em seu pedido a Gorbatchev para sair do país foi repreendida por um dos dirigentes do partido “A pátria irá sobreviver sem você, a questão é se você irá sobreviver sem a pátria”. Ela voltou para os Estados Unidos onde continuou a se mudar de cidade em cidade. Morreu em 2011 com 85 anos.

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Nova ferramenta do BID permite análise de políticas agropecuárias da América Latina

O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) marcou para esta quinta-feira, o lançamento do EAP (Sistema de Monitoramento de Políticas Agropecuárias de Estimativas de Apoio ao Produtor). É chamado de Agrimonitor e tem como objetivo melhorar as políticas e práticas agropecuárias na América Latina e no Caribe. A ferramenta online vai ajudar os formuladores de políticas a tomar decisões informadas sobre preços e subsídios e façam planejamentos para fatores como mudança climática que afetam a segurança alimentar.

O instrumento foi elaborado por Tim Josling, que é professor da Universidade Stanford. Por meio dele é possível compreender melhor das políticas agropecuárias que afetam a segurança alimentar, integração comercial, competitividade e pobreza rural e suas ligações com a mudança climática.

Por meio do Agrimotor, os pesquisadores têm como obter informações e análises de país por país, fazendo comparações regionais específicas dentro da América Latina e do Caribe. É a mesma metodologia aplicada desde 1989 pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) para seus países membros. As informações proporcionam indicadores quantitativos sobre preços de produtos básicos, pagamentos diretos a produtores e gastos com serviços gerais.

No período compreendido entre 2003 e 2012, o indicativo foi de que a América Latina e o Caribe ficaram para trás na tendência global de abandonar a forte dependência de manutenção de preços mínimos para a agricultura e voltar-se para pagamentos diretos e investimentos em serviços gerais.

Segundo o BID, dos US$ 30 bilhões que os governos da região gastam em políticas de apoio ao setor agropecuário, US$ 14 bilhões estão relacionados a garantias de preços mínimos de mercado, US$ 13 bilhões a pagamentos diretos e apenas US$ 3 bilhões a serviços gerais como pesquisa agropecuária, serviços de inspeção sanitária de plantas e animais, infraestrutura rural e outros serviços e bens públicos.

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