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Em Pauta

O fim da felicidade

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/05/2017 07:11
O fim da felicidade

Experimentamos a incapacidade de nos relacionarmos com quem têm opinião diferente da nossa. A sociedade brasileira se cindiu, ficou tudo muito crispado. O uso político de mártires virou abuso. E pode piorar. Sabemos que 377 brasileiros foram mortos pela ditadura, mas desconhecem que 126 outros brasileiros foram mortos pelos que a ela se opunham. Perdemos totalmente a capacidade de enxergar virtudes nos adversários. Pior, o adversário nem mesmo te vê. O morto do outro lado não importa.

Você é imediatamente colocado em um lugar, o que é pobre. Não há mais sutileza, não há mais ambiguidade. A generosidade desapareceu até mesmo no seio religioso, seu maior guardião. O belo e comovente está proibido pelos despostas. As conversas e escritos são pobres, binários. Ou você é zero ou é um. Estamos no fim. O velho já passou e o novo ainda não se organizou. Estamos em uma difícil época de transição. Há um poder em ascensão e outro tentando conservar poder. Mas nossos problemas são herança do passado. Estamos no fim. O fim do respeito. O fim da felicidade.

O fim da felicidade

Erros colossais que mudaram a história

Alguns fiascos irreversíveis que demonstram que a humanidade avança a base de erro, depois de erro, depois de erro...

1. As doze editoras que não quiseram publicar "Harry Potter". Hoje pode soar como uma loucura, mas nada menos de doze editoras rechaçaram o manuscrito da novela "Harry Potter e a pedra filosofal de J.K.Rowling. Não acreditaram que a obra tivesse impacto comercial e hoje tiram os cabelos por terem deixado escapara uma das sagas mais rentáveis da história da literatura.
2. A explosão do foguete Challenger. Em 28 janeiro de 1986 ocorreu a catástrofe mais famosa e espetacular da carreira espacial humana. Durante a transmissão televisiva que parou meio mundo, o foguete Challenger explodia em uma retorcida nuvem branca logo após decolar. Morreram sete astronautas. A empresa que construiu a nave espacial advertiu a NASA de que o foguete não deveria decolar, mas não foi ouvida. Para piorar, os astronautas não tinham instrumentos de ejeção e nem levavam paraquedas.
3. Rússia vende o Alaska para os EUA por US$7 milhões. "A loucura de Seward". estampavam os jornais da época. O Secretário de Estado dos EUA, William H.Seward, havia comprado o Alaska. Era 1867. O colossal erro foi do czar russo Alexandre II que vendeu e não do norte-americano que comprou essa imensa mina de ouro e, depois, de petróleo. Poucos anos após a compra, o governo dos EUA fez os cálculos: o Alaska valia 150 vezes mais. A imprensa dos EUA até hoje silencia para o caso.
4. Os empresários que rechaçaram os Beatles. Em janeiro de 1962 um grupo desconhecido, chamado Beatles, viajou de Liverpool para Londres. Fariam um teste nos estúdios Decca. O executivo do estúdio Mike Smith, rechaçou a banda de Lennon e Mc Cartney e optou por contratar "Brian Poole e The Tremeloes". Seu chefe, Dick Rowe, aplaudiu a decisão de Mike Smith. No futuro, George Harison, recomendou a Rowe que contratasse um grupo denominado Rolling Stones. Rowe obedeceu como um cordeirinho e se fez milionário.
5. Receitar cocaína para embelezar as damas. Em meados do século XIX foi descoberto o principio psicoativo da cocaína. Em 1879, a droga protagonizava uma campanha publicitária sem precedentes. A imensa propaganda era paga pelos laboratórios que produziam a cocaína. Vejam o colossal erro da propaganda: "Bom alimento para os nervos, para combater hábitos de álcool, ópio e morfina, e inclusive conceder a sempre eterna vitalidade e formosura para as damas". Se não bastasse o erro das indústrias farmacêuticas, Sigmund Freud contribuiu com vários escritos para aumentar a popularidade dessa droga. O consumo acelerou à partir de 1890 quando os médicos começaram a receita-la para ser inalada. Só a partir de 1930 começaram, vagarosamente, a entender que era um veneno potente.

O fim da felicidade

As propagandas de remédios mais absurdas da história

Antigamente era comum encontrarmos propaganda de remédios em jornais e revistas que prometiam milagres na solução de doenças. A medicina avançava, mas as soluções apregoadas por charlatães tinham espaço garantido na crendice e desespero humanos. Tal como hoje, as pseudomedicinas faziam fortunas enganando a população.

1. Urotropina (suicídio), 1924. O laboratório Schering, com o anúncio, publicado em dezembro de 1924, concorre para o prêmio de propaganda mais incorreta da história. A ilustração mostra um suicida com revolver na mão e a embalagem do medicamento para os rins.
2. Jubol (tripas brilhando), 1939. O laxante Jubol prometia uma verdadeira faxina interna. Pedaço de intestino com anõezinhos com escovas, baldes e panos de limpeza fariam os intestinos ficarem brilhando. Ledo engano.
3. Pasta Russa (aumentar seios), 1918. Um ano após a Revolução Bolchevique na Rússia, os charlatães resolveram enganar a população com a venda de uma pasta que venderia como água até os dias atuais. No Brasil, o Dr.Ribacal fazia propaganda de uma pasta que tornaria os seios "desenvolvidos, fortificados e aformoseados". Tudo isso em apenas dois meses de uso da pasta.
4. Anemokol (estimulante sexual), 1980. Ao som de "Eu não sou cachorro, não" o Anemokol promoveu sua venda com o cantor Waldick Soriano como garoto propaganda. Prometia um remédio para o vigor físico, energia e estimulante sexual. Com mulheres nuas em um motel, a campanha fez estrondoso sucesso. Emblemático.
5. Remédio Treparsol (doenças venéreas), 1927. Até 1928, quando seria descoberta a penicilina, os jornais eram recheados de anúncios de remédios que prometiam a cura milagrosa de doenças venéreas como o Treparsol.

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