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Em Pauta

O olhar de um fotógrafo suíço sobre índios do Brasil

Mário Sérgio Lorenzetto | 17/02/2017 07:08
O olhar de um fotógrafo suíço sobre índios do Brasil

Yann Gross é um famoso fotógrafo suíço. Ele se propôs a responder uma questão que está colocada para todos os brasileiros que se preocupam com a vida desses povos. Relata o suíço para a National Geographic: "Mas como é de fato a floresta no século 21? Em 2011, fui buscar a resposta".

Gross conta que seu interesse começou em 2008, quando trabalhava com uma comunidade indígena para reflorestar um trecho do nordeste brasileiro. "Os moços da aldeia gostavam de falar sobre a pureza da vida tribal, mas era uma nostalgia de gerações anteriores. Como a maioria dos jovens da sua idade, eles dançavam, bebiam e jogavam futebol", foi o observado pelo fotógrafo. Ele também surpreende ao concluir que: "Uma vez que você alcança certo conforto, é difícil voltar atrás".

A matéria da revista é aberta com uma ampla foto de duas páginas de nossos guaranis. Gross esteve em Dourados. Ele faz a apresentação: "O povo Guarani Kaiowá perdeu parte da sua terra ancestral para a agropecuária - estes indígenas vivem em um acampamento perto de Dourados, no Mato Grosso do Sul. Esforços para recuperar áreas têm sido respondidos com violência".

Em poucos dias, dois dos mais influentes veículos de comunicação do mundo - El País e National Geographic - trouxeram matérias que tratam do conflito entre fazendeiros e indígenas em Dourados. Até quando a imagem de nosso Estado permanecerá sendo tratada assim? Quando os governantes resolverão a contenda destrutiva?

O olhar de um fotógrafo suíço sobre índios do Brasil

Horário de verão acabará domingo. Vale a pena mantê-lo?

Domingo, à zero hora, acabará o horário de verão. Ano após ano, continua dividindo opiniões. Alguns comemoram o fato de ter mais uma hora de praia (de sol), outros, reclamam de acordar mais cedo.
Conta a favor das mudanças de horário a experiência internacional. São 70 países a adotar tais mudanças. A ideia de todos é economizar energia nos horários de pico de consumo. No Brasil, o gasto excessivo se dá entre 18 e 21 horas.

Parte importante da população chega em casa nesse intervalo de tempo e passa a gastar muita energia. Ao mesmo tempo, parcela do comércio e da indústria continuam ativos nesse horário. É essa somatória de gastos que os governantes procuram evitar. O governo vem, ao longo dos anos, afirmando que caso não existisse o horário de verão, teria de acionar as turbinas com as termoelétricas. Todos sabem que essa fonte de energia é muito mais onerosa. Tudo isso é muito lógico e aceitável.

Todavia, há indagações não respondidas. O governo anunciou que economizou algo como R$ 162 milhões nos 126 dias do horário modificado. A previsão era de R$240 milhões. Todos os anos os governantes anunciam que obtiveram um número entre 4% e 5% de economia nesses dias de verão. Serão eles verdadeiros ou são "esforços" para propaganda.

É muito estranho que os fenômenos climáticos, El Niño e La Niña, que mudam tudo no país, até o cálculo da inflação, não interfiram nessa conta. Como explicar excesso de chuvas, ou falta delas, não interferindo em um sistema que tem as chuvas como sua base de sustentação? Não há transparência nesses dados. Nem o Ministério de Minas e energia e nem o Operador Nacional do Sistema Elétrico explicam esses percentuais repetidos ao longo de dezenas de anos. Como também são mudos para a diferença de R$ 78 milhões entre a previsão e a economia que dizem ter ocorrido. Vale perguntar, os cofres governamentais efetivamente saem ganhando com o horário de verão? Existem empresas do setor elétrico que faturam mais com a mudança de horário?

O olhar de um fotógrafo suíço sobre índios do Brasil

Novo Presidente da Funai: "assistencialismo não cabe mais"

Antônio Fernandes Costa, novo Presidente da Funai diz que seu objetivo é paz, diálogo e negociação permanente. Acredita que a questão indígena é fruto da discriminação e que conhece bem o Mato Grosso do Sul. Trabalhou na Missão Evangélica Caiuá em Dourados, exercendo sua profissão de odontólogo.

Afirma que "as aldeias de Dourados (terra indígena de 3.474 hectares, onde vivem 11 mil índios) Jaguapiru e Bororó... tem população crescente e uma extensão de terra que não contempla a comunidade". É afirmativo ao argumentar que "temos de resolver isso de forma que a população tenha condição de viver. Mas não temos um fundo para comprar terra para essas populações". É essa uma de suas principais bandeiras - criar um fundo para aquisição de terras para indígenas. A outra luta de Antônio Costa é a prestar auxílio para que os povos indígenas produzam -

"O objetivo de nosso plano de ação é de eles produzirem. Trabalhar a sustentabilidade". O presidente da Funai diz que o governo não tem mais condição de ser tutor por não ter condição financeira e afirma que "o momento da Funai assistencialista não cabe mais, temos que produzir sustentabilidade, ensinar a pescar. Temos que dar, nas áreas viáveis, condições de produção, de ecoturismo..."

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