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Em Pauta

O papel oculto da borracha na revolução industrial

Mário Sérgio Lorenzetto | 28/04/2016 08:12
O papel oculto da borracha na revolução industrial

O espesso látex branco das seringueiras sangra do tronco da árvore. Goteja em baldes. Depois coagula e forma massas sólidas que são prensadas e levadas as fábricas. Viram anéis de vedação, correias, gaxetas, isolantes e pneus. Muitos pneus. Cerca de três quartos do que sai das seringueiras viram pneus de automóveis, caminhões e aviões. O mundo produz cerca de 2 bilhões de pneus anualmente.

Quer fazer uma revolução industrial em algum planeta? Você terá de levar ou encontrar três matérias-primas: ferro para produzir o aço das máquinas, combustíveis fósseis para movê-las e borracha para ligar e proteger todas as peças móveis da máquina. Tente fazer um carro andar sem a correia - de borracha - do ventilador. Tente sem a mangueira - de borracha - do radiador.

Adiós carro! Quer fazer um líquido de arrefecimento percorrer um motor usando um tubo de metal rígido em vez de uma mangueira de borracha flexível? Boa sorte, pois se despedaçará com as vibrações. Aço e carvão não significam nada sem a borracha que permitem o resfriamento dos motores.

Se a maioria das pessoas alguma vez pensa em borracha, provavelmente imagina um produto feito com substâncias sintéticas. Em verdade, mais de 40% da borracha do mundo provém de árvores, quase todas da H.brasiliensis. Comparada com a borracha natural, a sintética é mais barata. Todavia, a sintética é mais fraca, menos flexível e bem menos capaz de suportar vibrações. Para instrumentos que não podem falhar de jeito algum - preservativos, luvas de médicos, pneus de avião - a borracha natural é a única solução.

O papel oculto da borracha na revolução industrial
O papel oculto da borracha na revolução industrial

A Segunda Revolução Norte-Americana, a do desenvolvimento.

A população norte-americana era extremamente politizada e bem-informada. Os debates sobre a escravidão era apenas a característica mais visível da população. Uma vez na presidência e livre do obstrucionismo do Sul, Lincoln lançou uma blitz de leis pró-desenvolvimento quase sem paralelos - uma Segunda Revolução Norte-Americana.

O Homestead Act, de 1862, permitia a todo cidadão, inclusive mulheres solteiras e escravos libertos, tomar posse de praticamente qualquer trecho de terra pública desocupada de 65 hectares, por uma taxa de US$12 de registro. Bastava morar nela por cinco anos, construir uma casa e cultivar a terra. Após os cinco anos, pagava-se uma taxa de comprovação de US$ 6.

A segunda decisão estava intrinsecamente relacionada à primeira. Dava a cada Estado uma área de terras públicas que podia ser vendida para financiar faculdades estaduais direcionadas para a agricultura e para a indústria. Essas faculdades, são hoje, as mais famosas do mundo. Nenhum outro país concebera a noção de educar fazendeiros e mecânicos. A terceira decisão do governo Lincoln foi a de fazer outra grande doação de terras públicas para financiar estradas de ferro.

Assim construíram a que liga o Rio Missouri ao Oceano Pacífico, unindo o país. Era uma tarefa difícil, limitada pela tecnologia e que sofreu muitas denúncias de corrupção, mas foi concluída pouco depois do prazo prometido. Reforma agrária paga, educação voltada para a economia e infraestrutura, estas as bases do enorme desenvolvimento dos Estados Unidos. Em tudo dessemelhante ao Brasil.

O papel oculto da borracha na revolução industrial

Após Umberto Eco apresentar suas ideias acerca do jornalismo é a vez de Mário Vargas Llosa.

O jornalismo virou personagem no século XXI. Não é mais apenas um meio de comunicação. O filme vencedor do Oscar "Spotlight " mostrou a faceta do jornalismo investigativo. Umberto Eco revelou os meandros do jornalismo marrom. Agora é a vez de Llosa. Ele acaba de apresentar seu mais novo livro de ficção. "Cinco Esquinas" discorre sobre temas atuais, mas, principalmente, sobre o jornalismo sensacionalista. Llosa constata que os jornais estão perdendo tiragem, enquanto os sensacionalistas ( ele fala de uma revista espanhola denominado "Hola") imprimem um milhão de exemplares.

Llosa reflete: "Há milhões de pessoas que acompanham esse tipo de material. É um problema cultural sério deste tempo. É preciso enfrentá-lo de maneira mais criativa e não com piadas com gente que é vítima". " O perigo vem de dentro do jornalismo empurrado pela necessidade de um público cada vez mais interessado em entretenimento em vez de informação. Essa fronteira acabou", frisa o peruano vencedor do Nobel.

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Dicas para não chegar atrasado no trabalho.

O sono é um dos maiores obstáculos para sair de casa na hora certa, para não chegar atrasado no trabalho ou na escola. Mas, se ao sono for juntada a falta de planejamento, poderá ser o caos.

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