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Em Pauta

Os avós de "50 Tons de Cinza" e a influência da censura na literatura erótica

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/04/2014 12:10
Os avós de "50 Tons de Cinza" e a influência da censura na literatura erótica

Os desbravadores da literatura erótica

O melhor e mais importante é, sem dúvida, alguns dos textos do Marquês de Sade. Muito comentado e citado, mas pouco lido. Mas, outros ficcionistas também tiveram de desbravar o cipoal da "literatura erótica". Entre eles, estão "O amante de Lady Chatterley" de D.H. Lawrence, que traz escrita a palavra "foda" e pela descrição de relações sexuais impactantes, em "Trópico de Câncer" de Henry Miller, com descrições tórridas de sexo. Ambos construídos no mais alto estilo literário.

O "Amante de Lady Chatterley" teve de ser editado clandestinamente em Florença, em 1928, e mais de 30 anos depois ainda era proibido no mundo afora. Até que Richard Seaver e Barney Rosset, editores norte americanos, resolveram entrar no ringue e brigar contra os bastiões da moralidade. Venceram a batalha.

Esse "obsceno" romance foi editado em 1959 com base em seu grande valor literário. O "Trópico de Câncer", banido desde que foi publicado na França em 1934, também era objeto de desejo de muitos leitores. Universitários que retornavam da França o contrabandeavam entre as roupas. Em 1940, um editor de Nova York chegou a ficar três anos na cadeia por ousar publicá-lo. Seaver e Rosset conseguiram de novo e o editaram nos EUA. Esse é um intenso relato da vida boêmia de Miller em Paris. Abertamente sexual, só foi liberado em 1961.

Logo depois, em 1962, seria a vez do "Almoço Nu", de Wiliam Burroughs, e da hoje clássica "História de O". Além da luta pela publicação de livros eróticos, Seaver escreve de forma deliciosa. Em "A Hora Terna do Crepúsculo", é inesquecível, o trecho em que ele e uma namorada bebem e conversam com soldados soviéticos em Viena. Ouvem dos comunistas frases de perplexidade com a hostilidade dos norte-americanos. Eles dizem não entender por que os comunistas são caçados nos EUA.

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Um espectro ronda Campo Grande

Para quem leu as primeiras linhas do “Manifesto Comunista” de Karl Marx está imaginando que o espectro que o título se refere é o do comunismo. Não, não é. Não há nem sombra, nem notícia do vetusto texto marxista. O espectro que paira sobre a população da Capital, é o de uma cor, a cinzenta. É o espectro da dúvida que quase sempre é acompanhada por sua irmã, a fofoca.

Estamos vivendo sob a égide do... “33 Tons de Cinza”. São 33 personagens postos na zona cinzenta de hipotéticas atitudes. E muitos outros poderão surgir ao longo do enredo. São agentes públicos... Uma miríade de agentes que está sendo crucificada como não tão públicos. Talvez, a conta chegue a 50.

O original, “50 Tons de Cinza”, trata de posições e transgressões sexuais, que para alguns, são escandalosas. Em pouco difere dos 33 tons de cinza do momento em Campo Grande. Pedofilia, voyeurismo, triângulo amoroso consentido, funcionário contratado em cargo importante com dupla jornada de trabalho – na administração pública e na alcova, mulher de roupão....Campo Grande se transformou na capital sexista, da fofoca!

Os velhinhos do Restelo tomaram conta dos céus da cidade. As vozes são quase uníssonas – o pessimismo, o derrotismo, o complexo de vira-latas. O velho do Restelo é um personagem dos Lusíadas, de Camões, só falava em descrença do progresso. A expressão serve para designar quem sempre espera pelo pior.

Há apenas uma certeza – os funcionários do Gaeco são agentes públicos confiáveis. Gozam de credibilidade popular desde há vários anos. E a credibilidade não foi conquistada com tons de cinza ou de qualquer espectro de cores

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Os avós de "50 Tons de Cinza" e a influência da censura na literatura erótica

Ameaça aos bananais brasileiros já se alastra pelas Filipinas, Taiwan, Indonésia e China

A raça 4 tropical de Fusarium também já foi detectada na África e, caso chegue ao Brasil, poderá exterminar espécies muito conhecidas, como a banana nanica. Conhecido também como TR4, o fungo se alastra rapidamente e já causou estragos na variedade conhecida como mal-do-panamá. No Brasil, as variedades ameaçadas são a Cavendish, da tal banana nanica. Um alerta sobre o fungo foi emitido na última semana pela FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

Os prejuízos são imensos, previstos em US$ 5 bilhões anuais e repetem cenário ocorrido em 1970, quando a variedade 1 do fungo praticamente extinguiu as conhecidas bananas maçã e prata, que correspondem a 70% do mercado interno. No caso de eventual disseminação do fundo, o risco de comprometimento das exportações da banana brasileira chega a 100%, segundo pesquisadores da Embrapa.

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Se áreas forem atingidas, ficam 30 anos condenadas

As áreas atingidas ficam condenadas para o cultivo de banana, uma vez que o fungo é um habitante do solo e consegue sobreviver, mesmo na ausência da bananeira, por mais de 30 anos. Métodos de prevenção a pragas de bananeiras já foram desenvolvidos no Brasil pela Embrapa, tendo como foco a Sigatoka-negra, que causou prejuízos em 1998. Os pesquisadores brasileiros contam com auxílio e entidades australianas, chinesas e holandesas para desenvolver plantas resistentes ao fungo. Além de plantas resistentes, a Embrapa também tem elaborado um plano de contingência no caso de um surto do fungo. A vigilância fitossanitária já se mostrou eficaz nos países parceiros e inclui, até, quarentena em portos, aeroportos e pontos fronteiriços.

A contaminação ocorre por diversas vias, como solo contaminado carregado em sapatos, ferramentas, mudas de bananeira (visivelmente sadias, mas infectadas) e plantas ornamentais, que podem também ser hospedeiras. Em três anos, entre 2000 e 2003, o TR4 forçou a queda de área plantada de 1400 para 714 hectares na Sumatra Ocidental. Na China, já há mais de 40 mil hectares afetados. No caso de Taiwan, a exportação para o mercado japonês caiu exponencialmente de 2000 a 2008, passando de 350 milhões a 50 milhões de caixa.

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La Banane – vinho exótico conquista Paris e se consolida no Brasil

A novidade é apresentada pelo segundo ano seguido na Expovinis e feira sobre vinhos que ocorreu na última semana em São Paulo. O La Banane provém da fermentação de bananas de Guadalupe. E concentra toda a diversidade das seleções de bananas Antilhanas. Deve ser consumido bem gelado e combina perfeitamente com sobremesas, mas também com pratos aromáticos e condimentados. É uma bebida suave e levemente doce.

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