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Em Pauta

Os bancos e banqueiros malvados

Mário Sérgio Lorenzetto | 08/10/2016 08:09
Os bancos e banqueiros malvados

A greve anual dos bancários, desta vez, parece não ter fim. Nem mesmo a ultra poderosa justiça brasileira conseguiu reduzir suas forças. A imensa maioria julga os bancos e banqueiros com os piores palavrões. Nunca ouvi o "malvado" que foi colocado no título, só palavrões. Por muito que custe e seja impopular, é preciso olhar a outra versão.
Primeiro: os bancos exploram seus clientes. Especialmente os empresários. Impõem garantias infinitas que lhes removem todos os riscos. Todavia, nos últimos dois anos as empresas estão fechando sem pagar os bancos. Dívidas que ultrapassaram os bilhões no ano passado e continuam a acelerar. Ninguém, nem um só economista ou articulista se queixou dessa dádiva para os bolsos dos empresários. Os bancos e banqueiros não nos são minimamente simpáticos, mas é necessário olhar os fatos e não as emoções.
Segundo: os banqueiros são muito poderosos, ninguém se mete com eles e falta regulação. Esquecem que alguns dos maiores banqueiros estão sendo processados e levados pela polícia. Esquecem que existem mais reguladores agindo contra os bancos e banqueiros que em qualquer outro setor econômico.
Terceiro: o problema está na ganância dos banqueiros, capitalistas gorduchos sem escrúpulos. Mas se olharmos para as empresas e CEOs do Fortune 500, veremos que os administradores dos bancos estão muito longe de serem os mais bem pagos.
Tenho certeza que há, pelo menos, 5 razões para odiarmos os bancos e os banqueiros. Elas são as mesmas desde quando os italianos montaram suas "bancas", uma mesinha e um banquinho para sentar, nas ruas e praças, e começaram a vender dinheiro. Para que fique claro, há problemas sérios no nosso sistema financeiro e não devemos ter pena dos banqueiros. Mas repetir vezes sem fim os mesmos argumentos errados leva à repetição dos erros do passado. Como também há indagações que merecem ser respondidas sem "panfletagem esquerdista": a economia do século XXI resiste a uma aventura que extermine os bancos? Para refrescar a memória, qual o motivo da greve dos bancários de 2016? E, por último, os bancários já marcaram a data da greve do próximo ano?

Os bancos e banqueiros malvados

Jumento para exportação.

A China vem importando milhões de burros em nome da medicina tradicional. A procura por burros na China está se tornando insustentável. De tal forma que alguns países africanos proibiram a exportação dos animais.
Tudo devido a um alimento "mágico" de nome "ejiao", uma espécie de gelatina que se produz à partir da pele do burro. Segundo a medicina tradicional chinesa, o ejiao faz bem à circulação sanguínea, à anemia, à menstruação irregular ou às insônias.
Há pouco, Burkina Faso e Níger suspenderam as exportações de burros para a China, depois de terem triplicado os embarques do animal. Alegam que a procura chinesa está dizimando as populações de jumentos.
A voracidade chinesa por pele de burro não está localizada apenas na África. Os dados oficiais mostram que a entrada de peles de burro em um dos principais portos marítimos chineses amentou quase 150% entre 2013 e 2015. A maioria é proveniente do México, Perú e Egito.
A China produz cerca de 5 toneladas de ejiao por ano, o equivalente à pele de 4 milhões de jumentos, sendo o que país produz apenas 1,8 milhões desses animais. A população de burros na China vem caindo a cada ano. Há duas dezenas de anos a China dispunha de 11 milhões de jumentos, hoje, existem tão somente algo como 5 milhões. A elevada procura tem também efeitos nos preços das peles de burros. Em 2012, a pele de um animal custava 75 euros, hoje ultrapassa os 300 euros.
Os chineses desejam importar 300 mil jumentos made in Brazil, especialmente do Nordeste. A iniciativa poderia resolver o problema do excesso de jegues na região. Um grupo de empresários chineses conversou com políticos e empresários desde a Bahia até o Rio Grande do Norte. Propôs um projeto denominado "Projegue", com compras garantidas e linha de crédito. O Projegue não deslanchou, está perdido na "burrocracia". Não está na hora do jegue do Mato Grosso do Sul entrar em cena?

Os bancos e banqueiros malvados

A mansa fantasia sexual dos idosos.

Sexo de idosos. Um dos temas mais proibidos da humanidade. Ainda que não queiram enxergar ou tomar conhecimento, ele persiste. Com as "azuizinhas", parte substancial do problema foi eliminado. Mas, se a ereção voltou à prontidão, a libido dos mais velhos continua em crise. Médicos aconselham, no claustro dos consultórios, "adotem a lei do uso e desuso". Usem ou podem esquecer da existência do sexo.
A libido, como sabem, está alojada no cérebro. E é ela a ser "exercitada" ou "excitada". Se não existem medicamentos que resolvam os males da falta de libido, existem " livros-remédios", que podem cumprir esse papel. Podem elevar a alma dos idosos para a libido sonhada.
O mundo da fantasia mansa dos idosos e um tanto inofensiva está presente, por exemplo, no "Memórias de Minhas Putas Tristes", de Gabriel Garcia Márquez. O herói dessas memórias nunca se deitou com mulher alguma sem pagar. O velho aposentado vive em um casarão e se ocupa escrevendo uma crônica semanal para o jornal da cidade. Para comemorar seus noventa anos, pede à velha cafetina, sua amiga, que lhe arranje uma jovem virgem para "uma noite de amor louco". Na noite do aniversário e nas seguintes, o protagonista se limita a contemplar o corpo nu de Delgadina, uma jovem que só faz dormir. O prazer do velho está na imaginação. Imagina a vida ao lado dela. Nunca fala com Delgadina, sempre ali, dormindo ao seu lado no quarto do bordel.
As crônicas semanais, decadentes como o corpo do velho, tornam-se vívidas. Um sucesso à medida que a mudança na imaginação do velho encontra a fonte da juventude. "Fosse qual fosse o assunto as escrevia para ela". As crônicas caem no gosto dos leitores, que as admiram sem saber que liam os monólogos do velho ao lado da garota que dorme. Leiam. Pode ser um elixir afrodisíaco para a mansidão de idosos...e para a fogueira dos jovens.

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