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Em Pauta

Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo

Mário Sérgio Lorenzetto | 23/08/2016 07:05
Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo

Nem todos que rimam, são poetas. Nem todos que tiram fotos, são fotógrafos. Hoje, todos temos máquinas fotográficas nos bolsos. Mas raros de nós somos fotógrafos. A fotografia, tal como a escrita, tem "alma", emanam emoções. Esse lugar comum de que uma imagem vale mais do que mil palavras não passa de besteira criada por agências de publicidade preguiçosas. Você pode contar uma grande história com poucas palavras. Como há imagens que não dizem coisa alguma.

Há imagens icônicas que dizem muito. A semana que passou nos deu pelo menos duas delas.

A primeira mostra o sorriso de Bolt na prova final dos 100 metros nas Olimpíadas. Bolt é mais que um atleta, é um personagem. Marqueteiro intuitivo, já havia criado um dos gestos mais repetidos da história dos esportes: com o corpo curvado, os braços esticados, Bolt deixa de ser um homem, passa a ser um raio.

Mas o que escrever sobre seu sorriso, de seu olhar que diz: "ei, estou me divertindo, divirtam-se também". É como se a indústria fotográfica tivesse sido reinventada pelo jamaicano.

Todavia, nem só de alegria vive o humano. A prova está na fotografia do menino de Alepo. Sentado em uma cadeira laranja, o corpo tingido de cinza e branco, uma mancha de sangue cobrindo parte do rosto, o olhar perdido, as mãos inertes sobre a pequenina perna. Saído do inferno que os poderosos o jogaram. Mais uma foto de criança. Mais uma crueldade impossível de ser mostrada pela escrita. Mais uma infâmia das guerras. De qualquer guerra. Diferente de Bolt, nada sabemos sobre o menino de Alepo. A sua imagem serve como metáfora para um sem número de histórias que imaginamos que ocorram no Brasil. Que nos criam pesadelos difíceis de serem esquecidos. Os fotógrafos tem de ser admirados. Devemos reverenciá-los.

Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo
Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo
Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo

Um vendedor de frutas ateia fogo ao corpo e deflagra a Primavera Árabe

Em dezembro de 2010, cansado de uma vida inteira sofrendo assédios e extorsões por funcionários públicos, um vendedor de frutas de 26 anos no interior da Tunísia embebeu o corpo em solvente de tintas, riscou um fósforo e, sem saber, deflagrou a Primavera Árabe. Centenas de milhares de cidadãos no Oriente Médio e no norte da África, tomados da mesma fúria e desesperança do jovem tunisiano, sublevaram-se contra uma casta regional de autocratas e reis. Exigiam reformas democráticas e oportunidade para melhorarem de vida. As revoltas foram derrotadas. Uma a uma, pagaram um enorme preço em sangue. A Síria é o último bastião da Primavera Árabe.

Contar os mortos na Síria é quase impossível. A ONU desistiu da tarefa há mais de dois anos. Mas grupos que monitoram o último braço da Primavera Árabe em solos sírios, estimam em 500 mil o número de mortos. E o ritmo da matança aumenta a cada ano. A guerra esvaziou o país. Mais de 5 milhões fugiram para países vizinhos ou para a Europa. Nesse caos, ascendeu o Estado Islâmico, o mais sangrento dos grupos terroristas de todos os tempos.

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A bicicleta do futuro será elétrica e ninguém poderá roubá-la

Os irmãos Ties e Taco Carlier são, como muitos em Amesterdam, uns enamorados pelas bicicletas. De fato, montar em suas bicicletas parece torná-los mais criativos. Eles garantem que é muito gratificante montar em sua nova bicicleta elétrica, denominada Electrified S de Van Moof, dotada de um sistema de segurança através de um aplicativo que a torna praticamente invulnerável a roubos. Eles estão testando essa bicicleta revolucionária.

Há quem esteja comparando a bicicleta com os carros inteligentes da Tesla, no sentido de que elas podem representar uma verdadeira revolução para esse meio de transporte. A Electrified S é tão rápida que não parece uma bicicleta elétrica. Seu potente, mas silencioso motor a torna adequada para qualquer tipo de terreno urbano, inclusive aqueles com desníveis pronunciados ou os que, eventualmente, tenha de enfrentar ventos fortes. A autonomia da Electried S é outra de suas vantagens, com uma só carga consegue rodar até 120 quilômetros.

Os fotógrafos e os tiradores de fotos. Bolt e o menino de Alepo
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A Tesla abre seu protótipo de loja de automóveis do futuro. Será o fim das concessionárias?

A Tesla acaba de abrir seu protótipo de loja. Fica em São Francisco, nos Estados Unidos, e tem seis mil metros quadrados, praticamente o tamanho de um campo de futebol. A tecnologia começa no estacionamento, o visitante tem o auxílio de um aplicativo para encontrar a vaga onde estacionar. Depois de entrar e ser recebido com champagne, o visitante pode ver um Model S ou um Model X, o mais novo da marca de Elon Musk, que é conhecido pelas portas com abertura tipo asa de gaivota.

Entre os dois carros há salas de reuniões e computadores onde o comprador pode mudar o desenho do carro de seus sonhos à vontade. E porque a Tesla usa o termo "loja" e não "concessionária"? Porque quer mudar a forma como compramos e vendemos carros. Os carros Tesla são vendidos a preços fixos, sem qualquer margem para descontos, que é o que acontece nas concessionárias tradicionais. E mais, deseja que suas lojas sejam pontos de encontro e as vendas principais ocorram pela internet. Tesla é a nova Apple. As semelhanças são muitas: um líder messiânico venerado pelos jovens e produtos de alta gama que demarcam as fronteiras do status.

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