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Em Pauta

Ousadia de FHC. No “Diários da Presidência” há políticos parcialmente desnudados

Mário Sérgio Lorenzetto | 26/10/2015 07:40
Ousadia de FHC. No “Diários da Presidência” há políticos parcialmente desnudados

Os "Diários da Presidência" e os herdeiros de FHC. A ousadia do ex-presidente.

Está nas livrarias o primeiro volume do "Diários da Presidência". Gravados com frequência quase semanal durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, os registros foram transcritos pelo instituto que leva seu nome - iFHC. Serão quatro volumes bianuais e serão concluídos em 2017.

As preocupações e dilemas acerca das privatizações conduzidas durante seu governo permeiam todo o primeiro volume das memórias do tucano. Sua passagem pelo Palácio do Planalto associaria todo seu partido às privatizações. Mas há muitos personagens da política que são parcialmente desnudados no "Diários da Presidência". Temer, Serra, Malan, Lula; a lista é imensa. O ex-presidente também escancara sua visão do papel da imprensa em vários relatos nada amistosos, mas deixa sua visão da democracia ao defendê-la.

Sobre a Petrobras, FHC relata reunião com Benjamin Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, na qual FHC indagou sobre a estatal petrolífera: "Ele me disse que a Petrobras é um escândalo...". Em outro trecho, FHC diz: "o que há de mais grave é que todos os diretores da Petrobras são membros do Conselho de Administração". FHC desnuda as entranhas do poder. É efetivamente uma publicação ousada e evidentemente planejada ainda quando era mandatário do país. Uma leitura obrigatória para todos os que se interessam por política e economia, mesmo para os que o odeiem.

Todavia, esse é um diminuto projeto do Instituto FHC. A herança dele está alojada em um belo prédio onde funcionava o antigo Automóvel Clube em São Paulo. O principal projeto pessoal do tucano é o de ensinar política para alguns dos filhos dos mais importantes empresários do país. Discutem sobre meio ambiente, como combater a violência e ética. São assuntos que mobilizam a juventude. Em um desses debates FHC afirmou: "Na minha época havia o movimento operário. Hoje ele não existe mais e o sindicato não quer dizer nada. Nem as greves. Vou mais longe: não tem mais militância partidária. Nem no PT. O PSDB nunca chegou a ter propriamente militantes. Os partidos passaram a ter uma pequena vida eterna, deles, discutindo o pequeno poder. Isso não atrai os jovens. Interessa a quem quer fazer carreira política. Não tem mais aquela chama..." Sem dúvida, as palestras e debates de FHC com os seus herdeiros é ainda mais interessante, e importante, que os "Diários da Presidência". Mas elas não serão publicadas.

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O governo de Dilma parece o Rogério Ceni?

João Pedro Stédile é um antigo militante petista. Ideólogo e coordenador do MST, criticou o ajuste fiscal do ministro Levy: "O governo parece o Rogério Ceni". A comparação foi feita devido aos erros frequentes e a hora de aposentar. O goleiro do São Paulo aceitará a afirmação ferina do Stédile?

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As mentiras e trapaças podem ser produzidas pelos hormônios?

Cientistas realizaram dois experimentos da Universidade de Harvard (EUA) para estabelecer a relação entre hormônios e comportamento desonesto. Os autores pediam a 120 participantes para resolver problemas de matemática, recebendo US$ 1 a cada resposta correta. Antes, porém, mediram o grau de testosterona e de cortisol dos participantes. Geralmente altos níveis de testosterona aumentam o interesse por recompensa e reduzem o incômodo por punição. Altos níveis de cortisol indicam que a pessoa está estressada.

Depois dos testes, os participantes faziam o balanço de suas provas, auto-corrigiam. Nada menos que 44% deles mentiram para garantir maior remuneração. Aqueles que mentiram mais haviam registrado antes dos testes maiores índices dos dois hormônios. À medida que mentiam, seus níveis de cortisol diminuíam - um importante indicativo de que o stress diminuía. Ou seja, a mentira ajudava a diminuir as pressões. A pesquisa é tão esdrúxula e inovadora que necessita de mais testes e estudos.

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A música foi uma das armas mais potentes da Alemanha nazista.

Richard Wagner dizia que a música era a maior fonte de orgulho para a Alemanha e sua arma mais potente contra os outros países. Wagner foi o primeiro músico a combater o judaísmo na música. Suas músicas eram as prediletas da cúpula nazista. "A mais alemã de todas as artes" deu-nos, é verdade, os três "Bs" - Bach, Beethoven e Brahms. Os alemães sempre estiveram no centro do enriquecimento musical. Não foi por outro motivo que Goebbels privilegiou a música como elemento-chave para a consolidação da ideologia nazista a partir de 1933. Existiram 19 mil corais, 2 milhões de cantores amadores espalhados pela Alemanha, além de 50 orquestras sinfônicas. Os nazistas instituíram mecanismos estáveis de financiamento das orquestras e profissionalizaram as associações de músicos amadores. Eles usaram a música para "vender" uma imagem de potência global e de superioridade racial.

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Modo insano ou absurdo?

O carro da Tesla vai de zero a 95 km/h em 3,5 segundos. Uma aceleração semelhante à de um objeto atirado de cima de um prédio. A Tesla teve a ideia de incluir botões como "modo Insano" e "modo absurdo", para turbinar as arrancadas. Ele tem o dobro de autonomia de seus concorrentes que só andam até 150 quilômetros e são obrigados a parar para recarregar a bateria. O Tesla viaja 320 quilômetros sem parar. O incrível é que o Tesla P85D é um carro elétrico.

A Tesla está lutando para desbancar todos as antigas montadoras europeias e asiáticas. Seu negócio é o futuro. Além do carro sensacional, trabalha com viagens a Marte e a produção de baterias elétricas revolucionárias. Está apenas há 12 anos no ramo. É claro que não existe data marcada para chegar ao Brasil.

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