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Em Pauta

Padres, pastores e guardas de trânsito viram "juízes"

Mário Sérgio Lorenzetto | 10/11/2016 08:24
Padres, pastores e guardas de trânsito viram "juízes"

O Brasil virou o país dos processos. Chegamos ao absurdo de mais de 100 milhões de processos em andamento. Não existe estrutura no mundo que consiga julgar esse "Everest" de ações. Se por um lado o brasileiro é louco e alegre por natureza, também é criativo.

Padres, pastores e guardas de trânsito estão sendo convidados pelos tribunais para atuar como mediadores. A proposta é que eles auxiliem na solução de conflitos entre as pessoas que frequentam templo e igrejas - evitando que pequenos problemas virem mais processos. Os trabalhos são desenvolvidos nas paróquias e nos templos, com custo muito baixo. Outros tribunais estão capacitando guardas de trânsito - os denominados marrozinhos - para que ocorram mediações no momento dos acidentes de trânsito.

"Mediar é Divino" é o sugestivo nome do projeto goiano envolvendo líderes espirituais. A ideia ganhou adeptos e está funcionando no Rio de Janeiro e no Distrito Federal. No Sergipe, o Tribunal de Justiça aposta nos marronzinho e em um aplicativo que foi desenvolvido especialmente para os trabalhos na rua. Se as partes chegarem a um acordo, um termo é preenchido e enviado diretamente para o sistema do tribunal. O aplicativo permite que sejam anexadas fotos dos documentos, dos veículos e da cena do acidente. Já no Rio Grande do Sul, a estratégia é buscar mediação entre os superendividados e seus credores. Excelentes ideias.

Padres, pastores e guardas de trânsito viram "juízes"

Um louco escolhido para cuidar do manicômio.

Estavam no alto da Trump Tower. Pensando em atirar-se do prédio para o chão. Sucumbiam ao suicídio político coletivo. Ouviram o clamor de todos que lhes rogavam que não fizessem. Só a voz de um russo pedia que se atirassem. A loucura se impôs à razão. O salto ao vazio. O delírio se tornou realidade.

Trump, na ala leste da Casa Branca será, na melhor posição, um Cantinflas interpretando o papel de Calígula. Uma versão moderna do declínio e queda do império. No pior dos casos, representa um perigo para a estabilidade mundial.

Antes do bufão magnata nova-iorquino ganhasse as eleições, o mundo todo, menos a Rússia, olhavam os Estados Unidos com um misto de riso e pavor. Uma história no New York Times revela que o regime iraniano, pela primeira vez, permitiu que o debate entre Trump e Hillary chegasse aos televisores. O mundo acompanhou, mesmo onde era proibido, a ascensão de Trump.

Mas as risadas se tornaram um esgar no rosto de todos. O medo está estampado. Nos EUA, boa parte da população chorou. Latinos, negros e muçulmanos estão desconfortáveis. Não sabem como viverão, e se viverão no país. O desconsolo será tremendo. A divisão dentro e fora do país, abismal. A ferida social aberta, impossível de cicatrizar a curto prazo. O modelo será copiado no mundo todo. Inclusive no Brasil.

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Um novato do Partido Novo chega à Câmara de Vereadores do Rio.

O Partido Novo disputou sua primeira eleição. Registrada em setembro de 2015, a legenda propaga ideias tipicamente liberais - redução do Estado e maior eficiência na gestão pública. Mas não é esse seu diferencial. Para alguém se candidatar pelo Novo tem de passar por uma "via sacra", uma série de etapas nada usuais em todos os demais partidos.

Os interessados devem mandar para a legenda não só o currículo, como um vídeo de dois minutos explicando porque desejam candidatar-se a algum cargo. Devem, ainda, preencher um questionário sobre os princípios da sigla. Depois, precisam se submeter a uma espécie de prova oral, com uma banca de três pessoas.

Somente 140 pessoas, em todo o país, conseguiram ultrapassar essas barreiras exigidas pelo Novo. Mais de 600 pessoas não foram "aprovadas" pelo Novo. Concorreram somente em cinco municípios: Rio, São Paulo, BH, Curitiba e Porto Alegre. Em Campo Grande, estão em fase de organização. Tudo leva a crer que não é mais uma "paroquiazinha" de mal intencionados como a quase totalidade dos partidos. Mas ainda tem de andar muito para convencer.

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Mundo estranho: como um concurso nacional de colecionadores de escaravelhos e uma paixão por cracas revolucionou o mundo.

Quando criança, Charles Darwin tinha uma grande curiosidade pela natureza. Quando ingressou na escola de sua pequena cidade natal, Shrewsbury, já tinha um interesse especial pela história da natureza que o levava a colecionar todo tipo de rochas, folhas e insetos. O que há de especial nessa paixão de Darwin é que, ao contrário de outras crianças, levou a paixão para a vida adulta. Quando chegou ao Cristh's College de Cambridge, para iniciar os estudos que o tornariam pastor, aderiu à moda de colecionar escaravelhos. Essa foi uma febre que tomou conta da Escócia e Inglaterra. Existiam, inclusive, concursos nacionais de colecionadores de escaravelho.

Durante sua expedição no navio Beagle, Darwin encontrou, em 1832, na Argentina, uma nova espécie de escaravelho que seria denominado "Darwinilus sedarisi". Mas, sua paixão por cracas era maior.

Após cinco anos de expedição científica no Beagle, Darwin retornou à Grã Bretanha com as ideias que o converteriam em um dos cientistas mais famosos do mundo: a evolução natural das espécies. Mas ele não desenvolveu essas ideias nos primeiros momentos de retorno. Foi dedicar-se a uma grande paixão: as cracas (aqueles animaizinhos que prendem-se aos navios e devoram sua madeira). Esse hobby não era novo. Darwin abandonou os estudos de medicina no segundo ano por causa das cracas e por não tolerar a agressividade da medicina de seu tempo.

Durante oito anos, dissecava, classificava e escrevia sobre diferentes espécies de cracas. Os quatro livros que escreveu sobre esses invertebrados marinhos o tornaram uma celebridade no mundo da zoologia inglesa. Essa investigação foi um componente chave para a escrita do "A origem das espécies", seu livro mais famoso. Estudar com tal profundidade um grupo de organismos, tanto em sua forma viva como fossilizada, lhe permitiu observar e entender como a diversidade de uma mesma espécie havia desenvolvido ao longo do tempo. Darwin revolucionou o mundo. Dos três grandes revolucionários de seu tempo - Sigmund Freud, Karl Marx e Charles Darwin - somente suas teorias continuam intactas.

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