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Em Pauta

Pecuaristas devem ficar atentos – estão querendo criar um novo imposto

Mário Sérgio Lorenzetto | 01/11/2013 07:40
Pecuaristas devem ficar atentos – estão querendo criar um novo imposto

Taxa inédita é defendida para pecuária ineficiente e combustíveis fósseis

A proposta é criar uma taxa de carbono para a pecuária ineficiente e os combustíveis fósseis. A receita seria usada para reflorestar ou restaurar áreas degradadas. Taxar as emissões do gado é inédito. A taxa de carbono incidiria sobre combustíveis fósseis- derivados de petróleo, gás natural e carvão – e teria uma alíquota de R$ 3,00 por tonelada de CO2 . “A ideia seria começar com uma alíquota bem baixa, para testar esse tributo no Brasil”, diz o criador do novo imposto Bernard Appy.

Os pecuaristas devem colocar as barbas de molho. Appy foi o Secretário-Executivo do Ministério da Fazenda e continua a ser um dos mais influentes economistas na Secretaria de Fazenda de São Paulo, no Ministério da Fazenda, no Congresso Nacional e no Banco Mundial.

Sem dúvida é de sua lavra a maior quantidade de estudos sobre a aplicação e mudanças de tributos no Brasil. A tranquilidade deve estar presente por pelo menos um ano. Em ano eleitoral o governo algum cria impostos. E 2015 promete um estudioso de tributos que virou ecologista. Pecuaristas têm um ano para se preparar para o embate.

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Alerta na agricultura: a lagarta helicoverpa está devorando as pequenas plantas da soja no Paraná e no Mato Grosso

As lavouras paranaenses e mato-grossenses estão recebendo uma visita inesperada e faminta, a lagarta helicoverpa. Ela já tinha causado prejuízos da ordem de R$ 2 bilhões depois de consumir lavouras na temporada passada. Continuou se alimentando das ervas daninhas que nasceram espontaneamente na entressafra, a denominada “buva”, e está com fome de soja.

No começo do ano, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) autorizou a importação emergencial de defensivos para conter essa praga. Devido à oposição do Ministério Público, que atenta para o elevado nível de toxicidade desses defensivos, a liberação será mais difícil. Mesmo assim espera-se por um decreto do Ministério da Agricultura nos próximos dias liberando a aplicação do veneno, bem como a sua produção nacional.

A Presidência da República ouviu a bancada ruralista e publicou um decreto, número 8.133, datado de 28 de outubro, passando os poderes para o Mapa e retirando os poderes cerceadores da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A região de Dourados recebeu a visita indesejada dessa praga na primeira semana de outubro constatada pelos técnicos da Coamo Agroindustrial Cooperativa. Eles relataram a presença da lagarta em duas das 35 propriedades de associados cooperativa, que distavam 5 km uma da outra em linha reta.

Pecuaristas devem ficar atentos – estão querendo criar um novo imposto
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Preocupação mundial, o dinheiro ficará mais caro

As empresas podem esperar por tempos difíceis para seus investimentos e crescimento. O cenário para as captações no mercado doméstico e no exterior se transformou radicalmente nos últimos meses, os recursos serão menos abundantes e mais caros. No centro da mudança está a intenção dos EUA de desmontar a política de estímulos monetários para sair da crise. Em sua terceira fase, desde setembro de 2012, essa política implica a injeção mensal de US$ 85 bilhões na compra de papéis bancários. Esse dinheiro acaba irrigando toda a economia mundial a custos baixos. Todos aguardam a redução dos US$ 85 bilhões em março de 2014 na primeira reunião sob o comando de Janet Yellen no FED, o Banco Central norte americano.

Pecuaristas devem ficar atentos – estão querendo criar um novo imposto

BNDES pode ser tábua da salvação, novamente

Para a economia nacional, provavelmente, as mudanças do cenário financeiro não serão desastrosas por causa do tímido crescimento esperado para 2014, repetir os mesmos 2% a 2,5%. Assim, a demanda empresarial por recursos não será excepcional. Caso contrário, a única alternativa está no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

O dinheiro do BNDES sai do Tesouro Nacional. Isto é, o dinheiro dos nossos impostos. Desde 2007, a venda de dinheiro pelo BNDES mais que dobrou – saiu de R$ 65 bilhões, para R$ 156 bilhões. O problema maior é que o Tesouro Nacional, nosso dinheiro, perde nas operações do BNDES. O Tesouro capta o dinheiro a 10% em média e vende a 6% pelo BNDES.

Como a população desconhece essa matemática, você me empresta R$ 10 e eu vendo esse dinheiro para outro a R$6, ninguém discute, ninguém vê e todos aplaudem. Então, isso quer dizer que os R$ 8,1 bilhões emprestados para o JBS saíram de nossos bolsos e têm grandes chances de retornar. Já os R$ 3,8 bilhões para o Marfrig viraram uma incógnita e os R$ 10,4 bilhões emprestados para o Eike Batista o gato comeu e só Deus sabe o destino.

Pecuaristas devem ficar atentos – estão querendo criar um novo imposto
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O Brasil e a Índia estão em um momento “DR”, de discutir a relação com os investidores

Brasil e Índia são ou eram emergentes? Talvez submergentes, afundando e não subindo, na atualidade? Ninguém consegue entender. Os economistas falam e nada dizem. O Ministério da Fazenda tem chefia em alguns momentos, e em outros, ninguém sabe quem manda. Talvez, ambos os países, devessem procurar socorro no divã de um psicanalista. Momento DR. Hora de saber conversar com os investidores. Não estão sabendo, não estão recuperando a credibilidade internacional.

De 2005 a 2010, Brasil e Índia, cresciam a taxas de 7% ou 8% ao ano. Em ambos havia uma nítida noção que em breve poderíamos ultrapassar o gigantismo chinês. Nenhum empresário antenado pensava em voltar a investir nos EUA. Eles eram o passado. A queda foi grande. O crescimento brasileiro ficou entre 2% ou 3% ao ano. Na Índia, a queda foi menor, 3% a 4%.

O pessimismo preocupa mais que os números. São galopantes. Nesse quesito a Índia está com mais sessões no divã que o Brasil. Lá a preocupação é quase histérica. O psicanalista, que não veio de Bagé, pode explicar algumas vertentes do problema.

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O câmbio, claro... o câmbio explica um bocado

Os EUA mudaram sua política monetária, elevaram sua taxa de juros, o FED, o Banco Central dos EUA, mandou imprimir mais e mais dólares, no breve futuro a conta será apresentada a eles. Apenas dois setores da economia norte-americana apresentam resultados sólidos: energético e de telecomunicações. O resultado balançou as economias do Brasil e Índia.

Os investidores começaram a retirar seus milhões de dólares dos dois países e levar para os EUA, que apesar dos pesares, com muitos psicanalistas cuidando de seu DR, ainda é um mercado “mais seguro”. Momentaneamente passa a impressão que pode diminuir as consultas com os psicanalistas.

Os investidores agiram como uma verdadeira manada. O real desvalorizou mais de 8% e a rúpia, moeda indiana, sofreu mais, desvalorizou mais de 14%. Brasil e Índia tentaram não entrar em DR, aumentaram suas taxas de juros aguardando o retorno dos capitais. Não ocorreu como o esperado. O evento em Nova York “Brazil Infrastructure Opportunity”, onde compareceram quatro ministros e a presidenta Dilma, visando captação de investimentos, não nos trouxe um dólar sequer.

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Buracos na educação, infraestrutura e organização só pioram quadro de Brasil e Índia

Os dois países vivem em situações que não impõem respeito. Nível de escolaridade baixíssimo, infraestrutura capenga, capacidade de organização e inovação quase inexistente, carga tributária complexa e a proposta de meritocracia – estabelecer metas, cobrar e premiar quem tem mérito- quase inexistente nesses países.

Os investidores continuam fugindo do Brasil e da Índia como se foge de dois loucos. A derrocada dos investimentos nos negócios de Eike Batista nos leva ao deboche internacional, a Bloomberg Business Week, importante semanário econômico nos EUA escreveu: “O Papa Francisco voltará ao Brasil para visitar os pobres, incluindo Eike Batista”. Momento DR. Talvez seja melhor mandar embora o Guido Mantega e contratar um psicanalista, ainda que seja o de Bagé.

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Empresa brasileira recebe incentivo de R$ 40 milhões para crescer no Oriente Médio e África

A empresa paulistana Easy Taxi está disseminando aplicativo que ajuda usuários a encontrar um carro de aluguel em até cinco minutos. O trabalho, que teve investimento de R$ 15 milhões, é desenvolvido para países do Oriente Médio e do norte da África. O programa funciona no Cairo, no Egito, e Riad, na Arábia Saudita. Quem banca a inovação são as investidoras Rocket Internet, da Alemanha, e iMena, sediada no Oriente Médio. O aporte principal vem da Rocket Internet, que injetou R$ 10 milhões, em setembro de 2012 e mais a segunda, de R$ 30 milhões, em abril deste ano.

A boa ideia da Easy Taxi foi abraçada porque a empresa mergulhou na cultura e costumes da região. Segundo o CEO da empresa, Tallis Gomes, 25% do trabalho é tecnologia, o restante fica por conta da operação. A meta é atuar em dez países. A infraestrutura atual conta com 70 mil taxistas cadastrados, considerando todas as cidades nas quais o aplicativo está disponível. É, eles também atuam no Brasil, em 27 cidades e querem cadastrar 150 mil taxistas até o fim de 2014, quatro anos após a fundação. A empresa foi criada por ele e mais dois sócios, Marcio Willian e Vinicius Gracia.

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Aplicativo é adaptado ao idioma de origem do usuário

Entre as facilidades do aplicativo está a quebra da barreira da língua. Se uma pessoa vem de outro país onde o serviço existe para uma cidade brasileira na mesma condição, ela pode pedir um táxi no idioma materno. O pedido é retransmitido ao taxista em português. E há outras adaptações, como àquela feita ao difícil sistema de identificação das vias da Colômbia, que não têm nome e, sim, números. Já na Coreia do Sul, a localização é marcada por esquinas e o aplicador traz essa especificidade. E assim funciona nos demais locais onde está instalada: Chile, Peru, México, Venezuela, Argentina, Nigéria, Malásia, Filipinas, Tailândia, Equador, Uruguai e Paquistão. O suporte é feito com mil funcionários em todas os locais de operação.

O aplicativo pode ser baixado em aparelhos que usam os sistemas Android, iOS, no Windows Phone e também nos aparelhos Blackberry. O acesso é gratuito e, houve 1,8 milhões de downloads do programa no mundo. O taxista que deseja usar não paga mensalidade, mas repõe à empresa R$ 2 por corrida concluída. Nos países do exterior, o pagamento é diferenciado e varia de local para local.

A Easy Taxi foi criada em junho de 2011. A ideia do aplicativo foi do próprio Gomes e o desenvolvimento do programa ficou a cargo de seus dois sócios, Marcio Willian e Vinicius Gracia. Atualmente, a empresa conta com mais de mil funcionários, no Brasil e no mundo.

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Receita Federal planeja arrecadar R$ 20 bilhões com folha de pagamento digital

A Receita Federal do Brasil planeja arrecadar R$ 20 bilhões anuais com o início da folha de pagamento digital, batizada de eSocial. O novo sistema vai entrar em operação em 2014, mas só estará em funcionamento pleno em 2015. Segundo a Receita, funciona assim: com o eSocial, todo o envio dos dados fiscais, tributários, previdenciários e trabalhistas ficará online e concentrado num único sistema. É dessa maneira que o órgão tenta evitar a repetição no repasse de informações ao substituir o cumprimento de nove obrigações mensais e anuais diferentes, que são o Caged, a Rais, a Dirf e a Gfip, por uma única. Todos os órgãos poderão coletar as informações que lhe competem porque os dados serão enviados em tempo real.

O aumento previsto na arrecadação ocorre porque o eSocial vai facilitar cruzamento de dados sobre as empresas e, consequentemente, radicaliza a fiscalização. Especialistas afirmam que a empresa passará, não por que quer, claro, a “confessar”, os dados. O governo vai cobrar porque a empresa informou.

As grandes empresas serão as primeiras enquadradas – já no primeiro semestre – e, progressivamente, todas serão. Ficam para o segundo semestre os microempreendedores individuais, pequenos produtores rurais, empresas de lucro presumido, e as beneficiárias do Simples Nacional. A meta do governo é chegar em janeiro de 2015 com todo mundo pianinho ao fim da transição do sistema.

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