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Em Pauta

Receita para vencer eleição resiste ao tempo: repetida por ser infalível

Mário Sérgio Lorenzetto | 25/04/2014 07:41
Receita para vencer eleição resiste ao tempo: repetida por ser infalível

Como vencer uma eleição...

Quinto Túlio Cícero viveu na Roma antiga. Nasceu 102 anos antes de Cristo. Ele foi um político, soldado e escritor. Era irmão mais novo de um político importante – Marco Túlio Cícero. Suas peças e poemas não existem mais, apenas um ensaio e algumas cartas resistiram ao tempo e chegaram aos nossos dias.
O sistema eleitoral daquela época é bem diferente do nosso, mas os princípios que regem uma campanha eleitoral continuam os mesmos – o candidato deve assegurar o sustento de sua campanha por pessoas influentes e conciliar a massa de eleitores, manipulando-os sutil e sub-repticiamente. No “Pequeno Manual de Campanha Eleitoral”, obra redigida quando da disputa de seu irmão, Marco Túlio, por um lugar no Senado, Quinto Túlio indica o caminho que todo e qualquer candidato deve seguir de forma a atingir seu objetivo, bem como dá conselhos precisos e metódicos. Este pequeno tratado chegou até nós como sendo um esboço das linhas mestras de uma campanha eleitoral. Eis os “conselhos” de Quinto Túlio Cícero:

1. Patrulhe o inimigo

– “Não há eleição sem subornos”. Mas, se mostrarmos que estamos vigiando, o temor que seus adversários terão de sofrer uma ação legal inibirá a compra de votos.

2. Esconda seus defeitos

– “Se lhe falta alguma qualidade, saiba qual ela é e finja possuí-la. Apesar de a natureza humana ser forte, a eleição é um negócio que dura poucos meses. É possível disfarçar por esse tempo”.

3. Ataque os adversários

– “Leia e releia todas as acusações contra seus oponentes. E mostre aos eleitores que você é diferente dos seus adversários, corruptos e depravados”.

4. Fique do lado dos poderosos

– “Mostre à nobreza que você está com ela. Se em alguns discursos você parecer estar ao lado dos populares, deixe claro que foi apenas para conseguir votos”.

5. Prometa

– “Homens são mais sensíveis às palavras que a serviços verdadeiros. Ouça o que os eleitores querem e prometa cumprir. Não prometer é pior que não cumprir”.

Não precisa nem contar que o Marco Túlio Quinto venceu a eleição e dois mil anos depois, as ideias que norteiam as campanhas eleitorais permanecem as mesmas. Ah, o livro está à venda na livraria da Fnac pela internet e custa apenas 8,59 euros. Fnac de Portugal é claro.

Receita para vencer eleição resiste ao tempo: repetida por ser infalível
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Suspeita de “vaca louca” no Mato Grosso

Quase um ano e meio após a divulgação de um caso atípico do mal da “vaca louca” no Paraná, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento se vê às voltas com um caso bastante semelhante, desta vez em Mato Grosso.
Se a doença for confirmada as exportações brasileiras de carne bovina podem ser prejudicadas, ainda que temporariamente. De acordo com comunicado do Ministério da Agricultura, um bovino que apresentava sintomas de uma “doença nervosa” foi encontrado caído em um frigorífico de Mato Grosso. Diante dos sintomas, fiscais agropecuários abateram o animal e enviaram amostras do tecido nervoso para análise no laboratório nacional agropecuário.
Assim como no caso paranaense, o bovino de Mato Grosso tinha mais de 10 anos de idade, o que reduz bastante a possibilidade de um caso clássico da “vaca louca”, cuja incidência maior ocorre em animais de 2 a 7 anos. Nos casos clássicos da doença, o bovino contrai o mal da “vaca louca” por meio de ração que contenha farinha de carne e ossos. Nesses casos, é maior a possibilidade de surto da doença.
No caso não clássico ou atípico, o animal contrai a doença espontaneamente. Ela ocorre em animais com mais de 10 anos. Esse foi o caso paranaense de 2012. O diagnóstico final só deve sair após um exame que será feito no laboratório de referência Waybrige, na Inglaterra.

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Quem ganha com a violência? Quem pode paga para se proteger

O Brasil é um dos países mais violentos da América Latina. Temos uma taxa de 27 homicídios, por ano, para cada 100 mil habitantes. Enquanto o Uruguai e o Chile estão com taxas de 5 homicídios. Piores que nós, só a Venezuela, El Salvador e Guatemala com mais de 36 homicídios. Temos a maior população carcerária da região com 548 mil presos (a capacidade dos estabelecimentos penais é de 318 mil presos).
Em meio à escalada da violência, quem pode paga para se proteger. Em 2013, o faturamento do setor de Eletrônicos de Segurança, que inclui câmeras, portões e alarmes, foi recorde - R$ 4,6 bilhões, e em 2007 era de apenas R$ 2,4 bilhões. Quase dobrou em 7 anos.
Boa parte desses números resulta de um sistema policial sucateado e com uma gestão caótica. Está muito claro que os governos estaduais não são capazes de, isolados, enfrentar a situação. Quem duvidar basta observar a situação estarrecedora que a Polícia Militar da Bahia vem protagonizando.

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E para a Copa não vai faltar dinheiro...

Enquanto o terror se alastra pela Bahia, depois de passar pelo Maranhão, Rio de Janeiro e Campinas, dinheiro para a segurança da Copa não faltará. O governo federal prevê investir R$ 1,8 bilhão para que nada de grave aconteça no país durante o evento. Desse total, R$ 164 milhões serão gastos em equipamentos e sistemas.
Depois do impasse e confrontos dos últimos dias entre governantes e policiais, acabar com a greve passou a ser apenas um dos problemas do governo baiano e federal, que acabou metido politicamente na encrenca a partir da atrapalhada presença do Ministro da Justiça em Salvador. Acreditem, o Ministro não se enrola apenas no Mato Grosso do Sul. Na Bahia, o governador Jacques Wagner e o Ministro José Eduardo Cardozo terão de enfrentar a famosa "operação padrão" da polícia.

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" O PT fez essa lei das empregadas domésticas porque quer ferrar com a gente! "


Essa afirmação é comum em muitos meios sociais de Campo Grande. O primeiro equívoco é que não foi o PT a inventar essa lei para ferrar quem quer que seja. Essa PEC (Proposta de Emenda Constitucional) foi uma imposição da Organização Mundial do Comércio – conhecida como OMC - para resolver a situação dos domésticos do mundo todo. A OMC não aceita mais que os empregados domésticos sejam tratados diferentemente de qualquer outro funcionário.
Essa mudança começou na União Europeia onde portugueses e espanhóis eram tratados com direitos desiguais na Suíça, Inglaterra e Dinamarca. Os turcos e indianos também. Pensem como tratamos os bolivianos e paraguaios. A mudança é uma questão de justiça social. Tem gente que não entende porque a funcionária doméstica não quer dormir no serviço, onde tem cama, televisão e boa alimentação. Quem gostaria de viver confinado, só com um dia de folga por semana? Que dia lhe resta para ir ao banco ou à depilação? No domingo? Será que elas não têm direito de namorar ou cuidar dos filhos?

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Quantidade de domésticos que dormem no emprego caiu de 20% para 2%

A mudança foi apontada pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e usada em pesquisa da Fundação Seade. Só que não aconteceu de uma hora para outra, durou duas décadas para chegar ao percentual. Além disso, houve mudança no perfil dos trabalhadores domésticos. Poucos são os jovens que têm esse interesse. A profissão é impopular e, hoje, a força de trabalho concentra-se na faixa dos 40 anos. Somente na região de São Paulo, que foi usada como base para o estudo e que reflete também a situação do restante do país, o percentual de domésticos correspondia a 20% da mão de obra empregada. Hoje, não passa de 14%. A situação afetou até o mercado imobiliário. São bem mais caros os apartamentos com o famoso quarto para empregada.
Embora exista a mudança, o serviço doméstico não foi extinto e há outro modelo de trabalhador consolidando-se cada vez mais: as diaristas. No ano passado, segundo o Dieese, o rendimento médio dos diaristas cresceu 10,5%. Com mais liberdade, o salário mínimo maior e as muitas classes médias, o poder de negociação de quem se propõe a fazer diárias triplicou.

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Lendo na Era da Mobilidade – alfabetizar em tempos de celulares e e-books

Para a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), o avanço da alfabetização nos locais mais desfavorecidos do mundo contará com o uso de celulares e e-books. Os instrumentos, segundo a organização, são subutilizados e, se houver atenção a este ponto, os benefícios serão imensos para a Educação. Não se trata de modernismo. E-books e celulares podem ser compartilhados em países cuja produção de papel é praticamente escassa e o acesso a livros completos quase inexistentes. A Unesco lançou a pesquisa Lendo na Era da Modernidade nesta semana em comemoração ao Dia Mundial do Livro.
No Brasil, outros instrumentos digitais que permitem o acesso à internet avançam continuamente. São 136 milhões de computadores em uso, 18 milhões deles são tablets. A expectativa, conforme pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgada ontem, em 2016 haverá um computador por habitante. Somente para este ano, 24,8 milhões de unidades serão vendidas. A comercialização de tablets e de computadores cresceu 19% em 2013.
Quanto ao acesso a celulares, o destaque fica para Mato Grosso do Sul, que está em quarto lugar no país no item denominado teledensidade pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). São 3.837.149 de aparelhos, ativos no Estado, com densidade de 147,07 por cada grupo de 100 mil habitantes. A média nacional é de 135,3 acessos por cada grupo de 100 mil habitantes em um universo de 273,58 milhões de linhas ativas na telefonia móvel.

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É lógico que tem gente que ainda não declarou e tem dúvidas

O prazo está no fim, 30 de abril. Da mesma maneira que ocorre em outros municípios, haverá orientação ao contribuinte que não sabe como declarar o IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física). Na Capital, o trabalho foi abraçado pelo Conselho Regional de Contabilidade, Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e pela Receita Federal. O “Declare Certo” será aberto hoje e vai até o dia 27 no Shopping Norte Sul Plaza. As equipes atenderão sempre das 14 horas às 22 horas. E o melhor, as orientações são gratuitas com foco nos melhores caminhos para elaborar a declaração.

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