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Em Pauta

Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas

Mário Sérgio Lorenzetto | 29/05/2015 09:16
Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas

O relógio maluco de "Alice no País das Maravilhas" e o relógio da propina dos "Vereadores na Cidade Dadivosa".

No livro "Alice no País das Maravilhas" um relógio aparece logo no início, dizendo: "Ai, ai, ai...Vou chegar atrasado demais". Assemelha-se ao relógio dos vereadores que estão sempre atrasados para resolver os problemas da saúde e da educação. Aliás, o atraso é tão grande que nunca chegam ao destino que lhes é obrigatório: o de fiscalizar os cofres públicos.

Na festa louca do chá, o Chapeleiro Louco e a Lebre de Março tentam "consertar" seu relógio que estaria com dois dias de atraso. A dupla coloca vários alimentos dentro do relógio visando seu "conserto" - manteiga, chá, geleia e limão - e assim o fazem pular pelos ares, por isso a Lebre esmaga-o com um martelo. A cena termina quando o Coelho chama o relógio de "presente de desaniversário", e jogam-no para fora. A comparação é quase exata com a maluquice instalada pelos vereadores. Deixaram de chamar de propina o dinheiro que talvez venham a receber. Adotaram como "código secreto" a palavra "minutos". Tal vereador deseja 15 mil minutos. Outro fala em 50 mil minutos... Talvez se contentem com manteiga, chá, geleia e limão. O ideal seria só limão. Talvez façam seus "relógios" irem pelos ares. Talvez seus relógios sejam esmagados pelos votos nas urnas. Talvez recebam outro artefato para colocar nos pulsos ao invés de relógios, aquele usado por policiais. Merecem um feliz "desaniversário e desvotos". Era uma vez uma cidade dadivosa. Tão dadivosa que se perdeu...

Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas
Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas

O estrago na economia foi decorrência do primeiro princípio da política: "o dever do poderoso é continuar no poder".

Ao contrário do que muitos pensam, o estrago na economia não foi acidental nem obra de um grupo de idiotas. Pelo contrário, seus formuladores sabiam que estavam cometendo muitas trapalhadas mas optaram pela prioridade da reeleição de Dilma Roussef e continuidade do PT no poder. A prova dessa assertiva é que as medidas corretivas tomadas pelo governo estavam quase completas logo após o encerramento do período eleitoral. A política sobrepôs-se às necessidades econômicas para seguir seu velho princípio: "o dever do poderoso é continuar no poder". Seja para dar sequência a seu "sucesso" ou para corrigir seus "estragos". Dilma deve sua reeleição a muitos, mas, principalmente ao ex-ministro Mantega que saiu pela porta dos fundos e é vaiado onde passa (até por petistas), e ao marqueteiro João Santana, o homem de R$ 70 milhões, aquele que ganha mais que Messi do Barcelona (R$ 60 milhões).

Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas
Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas

O bloco de presidentes de esquerda esfarela na América do Sul.

A vizinhança entrou em alvoroço. Dilma Roussef anunciou que pretende reformular as regras do Mercosul para que Brasil, Uruguai e Paraguai assinem, antes do final do ano, um tratado de livre comércio com a União Europeia. O entendimento dos especialistas é o de que distanciado do protecionismo extremado de Cristina Kirchner, Dilma está a ponto de romper a histórica aliança comercial com a Argentina. Evo Morales, levanta a voz ao reclamar, contra o Chile, uma saída ao mar para a Bolívia. Não seria novidade, senão tivesse encontrado o melhor advogado do mundo - o Papa Francisco tornou-se defensor da causa boliviana. Não é o único ator inesperado neste drama. A China, a potência externa com maior presença nesta região, pretende construir uma ferrovia transoceânica em sociedade com o Brasil e o Peru. Uma indelicadeza para Michelle Bachelet e Cristina Kirchner, que planejavam seu próprio corredor com dinheiro chinês. Adiós esquerda unida que jamais seria vencida na América do Sul.

Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas
Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas

O Futebol da Fraude.

O montante fraudado supera R$ 450 milhões. Onze altos dirigentes do futebol mundial estão presos após uma investigação do FBI por 12 anos. Entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF e do comitê que organizou a última Copa do Mundo. Eles usaram suas posições para encherem os bolsos com eventos como a Copa América de 2016 e a Copa do Mundo da África do Sul conforme relato da polícia norte-americana. Prenderam 11, faltam centenas, dentre eles os eternos dirigentes das federações estaduais.

Relógio da propina dos vereadores: louco igual de Alice no País das Maravilhas
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Os gerentes duros e desagradáveis.

É difícil imaginar uma empresa ou um órgão governamental que não conte a história de um chefe duro e desagradável. Os mais famosos foram Steve Jobs e Tim Armstrong. Suas histórias envolvem gritos, palavrões e um mal estar constante entre seus funcionários e fornecedores.

Todo especialista em administração moderna dirá que os gerentes e chefes duros e desagradáveis não sobreviverão. Também dirão que os bem-sucedidos deverão ser os humildes, que ouvem as pessoas e as lideram ao invés de exercerem um comando do tipo militar disciplinador. Isso é uma bobagem. Se os chefes e gerentes deixam os investidores e funcionários mais ricos, eles são bem sucedidos. Se os chefes dos órgãos públicos conseguem bons resultados e proporcionam bons reajustes salariais aos funcionários, eles também serão bem sucedidos. O sucesso está pouco se importando com a dureza. Na lista do sucesso, a simpatia está entre os últimos lugares no ranking das necessidades.

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