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Em Pauta

Seguro rural, a velha pedra no sapato da produtividade agrícola persiste no PAP

Mário Sérgio Lorenzetto | 22/05/2014 08:20
Seguro rural, a velha pedra no sapato da produtividade agrícola persiste no PAP

Plano Agrícola e Pecuário tropeça no seguro rural, novamente

O seguro rural está, mais uma vez, entre os questionamentos da classe produtora na análise do PAP (Plano Agrícola e Pecuário), que começa no dia 1º de julho, vai até 30 de junho de 2015 e que foi anunciado no início da semana. De acordo com o gerente técnico da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Lucas Galvan, “houve a postergação da obrigatoriedade do seguro rural para todas as operações de crédito rural oficial”. Ele explicou que por demanda da Famasul, o governo entendeu que nos moldes atuais não haveria recursos para subvenção de todas estas operações de crédito. Esta situação oneraria o produtor que, além de tudo, estava sem possibilidade de escolher a seguradora que irá trabalhar. O problema era consequência da opção pelos recursos do PSR (Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural) ser destinado às Seguradoras e não diretamente ao produtor.

Galvan aponta que o valor do PSR deve ser de R$ 1,2 bilhão para garantir o pagamento às seguradoras. Hoje, a liberação do pagamento demora até dez meses para sair. A quantidade de recursos para a linha foi, contudo, mantida em R$ 700 milhões, bem abaixo do pleito da classe produtora. O governo federal acredita que os recursos são suficientes para cobrir 10 milhões de hectares e 80 mil produtores. Só prometeu ajustar o zoneamento agroclimatológico à realidade do cultivo.

Seguro rural, a velha pedra no sapato da produtividade agrícola persiste no PAP

Faltou incentivo para a subvenção ao prêmio do seguro, mas não faltou ajuste nos juros

Para o gerente técnico da Famasul, “o aumento nas taxas de juros poderá desestimular os investimentos em tecnologias, fator que influencia no aumento da produtividade”. Ainda assim, houve vitórias se for considerada a avaliação do PAP como um todo. “Em linhas gerais, o PAP desde ano atende parcialmente as demandas do setor, trazendo o aumento da disponibilidade de recursos e o aumento dos limites para custeio como forma de compensar o aumento dos custos de produção”. Houve, porém aumento médio de 1% na taxa de juros da maioria dos programas. O ajuste foi justificado pela evolução da Selic, a taxa básica da economia, quando a classe produtora reivindicava a manutenção da taxa antiga.

A taxa média anual de juros ficou em 6,5% ao ano. Para a armazenagem, irrigação e inovação, 4% - se o crédito for para armazenagem para cerealistas, sobe para 5%. Também em 5% ficaram os juros para as práticas sustentáveis; 5,5% para médios produtores e de 4,5% a 6% para financiar a aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.

O governo federal vai liberar R$ 156,1 bilhões para o PAP deste ano. Do montante, R$ 8,3 bilhões estão previstos para Mato Grosso do Sul. Durante o anúncio dos recursos, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, destacou o limite de financiamento para a comercialização de sementes, que passou a ser de R$ 25 milhões por beneficiário.

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A mordaça na Espanha

No Brasil, o STF (Supremo Tribunal Federal) já se manifestou sobre diversos temas polêmicos envolvendo a liberdade de expressão. Um dos casos mais famosos envolve Siegfried Ellwanger e seus livros que negam os horrores do nazismo e o holocausto. Corretamente, o Tribunal afirmou que existe um limite para a liberdade de expressão. Em outros casos, como a questão da lei da imprensa também adotou posição coerente ao declarar inconstitucional uma lei editada durante a ditadura.

Na Espanha o cenário não é lá o dos melhores. Como todos sabem, crises econômicas e protestos andam de mãos juntas e, durante os anos de recessão, vários espanhóis foram às ruas para protestar. Um dos movimentos mais famosos foi o dos “indignados”. Contudo, outras manifestações contra as reformas econômicas do Primeiro Ministro Mariano Rajoy ocorreram. Tiveram diversas origens, sindicatos, professores, trabalhadores da saúde, bem como os sempre refratários catalães demandando independência. Sob este cenário tenso a Espanha aprovou uma nova lei para limitar manifestações, com a previsão de multa de até 600.000 Euros e o banimento de protestos em frente de prédios públicos.

A lei já está sendo chamada de “Mordaça”. Em 1992, uma lei similar aprovada pelo governo levou à derrubada do ministro do interior após a decisão contrária da Corte Constitucional Espanhola. O atual governo acredita que não vai enfrentar o mesmo problema, pois a Corte está mais “alinhada” ao governo. A legislação também introduziu o crime de ofensa ou insulto às instituições ou símbolos da Espanha, o que parece uma espécie de aviso para os catalães. A queima da bandeira da Espanha envolve multas entre 1.000 e 30.000 euros.

As leis envolvem ainda a proibição da produção, reprodução ou edição de imagens de policiais que estejam trabalhando (espancando também?), além de garantir maiores poderes para seguranças privados. Os espanhóis críticos da lei falam em um neo-franquismo. Enquanto nos Estados Unidos a Suprema Corte possui uma famosa (e controversa) decisão que permitiu a queima da venerada bandeira do país como sinal de liberdade de manifestação – Texas v. Johnson (1989) –, outros países recrudescem as regras da liberdade de expressão. A liberdade política é uma das primeiras a sofrer na linha de frente de países em crise econômica.

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Adeus aos carros?

Não tão cedo. Mas os Estados Unidos estão registrando uma queda contínua no número de carros e isso não está relacionado com a crise econômica de 2008. Desde 2004, os americanos têm menos carros e consumido menos combustível. Os números indicam que os jovens estão tirando menos licenças para dirigir e que os anos de ouro de Detroit já se foram. Se por um lado os ambientalistas irão comemorar a notícia e os políticos americanos que defendem a independência energética do país, por outro, as consequências da diminuição do consumo de carros atinge outras partes da sociedade. Se nos Estados Unidos a demanda caiu, as empresas automobilísticas não estão preocupadas, pois a demanda dos chineses continua a crescer e não há indicativos que irá diminuir.

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Em 2013, os chineses venderam 18 milhões de carros

E espera-se atingir 24 milhões em 2014. Os vendedores de carros acreditam que em 2016 eles irão ultrapassar a barreira de 100 milhões de carros vendidos no mundo. Enquanto a venda de carros nos Estados Unidos está em 16 milhões por ano, China, Brasil, Índia e Rússia continuam a aumentar a demanda. Por outro lado, na Europa, ninguém mais acredita que o ápice atingido em 2007 venha a ser repetido. Hoje, o mercado europeu estima a venda de 12 milhões de carros por ano. O receio está em quem vai ficar com a conta de uma eventual queda mundial na demanda de automóveis. A indústria automobilística sempre cumpriu um papel importante na criação de empregos, a formação de uma classe média e a criação de uma massa de consumidores. Enquanto uma eventual saturação do mercado de carros no futuro pode vir a ser benéfica para o meio ambiente, menos empregos serão ofertados e as consequências disso ainda não são claras.

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É óbvio, mas pesquisa ponta que brasileiros são os mais fanáticos por futebol na AL

Tudo bem que todo mundo já sabe, mas uma pesquisa para “comprovar” nunca é demais. O levantamento, desta vez, é da Ipsos e foi encomendado pela P&G. A pesquisa “Hábitos e Comportamentos dos Latinoamericanos relacionados ao futebol” entrevistou 1,5 mil pessoas. Foram ouvidos homens e mulheres brasileiros, argentinos, mexicanos, colombianos com idade entre 18 e 55 anos. Entre os brasileiros, 18% afirmaram acompanhar de maneira regular os jogos e vão aos estádios.

A prática é a mesma entre 9% das mulheres brasileiras. Entre as mulheres, as que menos dão importância ao esporte são as colombianas. As argentinas também não gostam muito. E a surpresa está para o exibicionismo dos mexicanos, 23% pensam que são experts, mas se convocados para apontar a escalação completa do México não passam de 16% de conhecedores. No Brasil, 21% citam a escalação da Seleção.

Na hora de parar tudo para assistir aos jogos pela televisão na companhia de amigos e parentes, ninguém ganha mesmo de nós. Segundo o estudo, 91% dos brasileiros vão assistir às partidas da Seleção. Na hora de vestir a camisa, os colombianos ganham e 67% usam a indumentária nos jogos. Entre as superstições, a liderança está com os argentinos, 24% deles, na verdade, não lavam a camisa para não dar azar. Os demais ouvidos se mostraram mais asseados. Voltando aos brasileiros, 27% usam bandeiras e acessórios, também mudam de visual para homenagear o time. Se barbeiam, pintam o rosto e exibem penteados exóticos.

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