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Em Pauta

Tem observador de saci, criador de saci e tem torcedor

Mário Sérgio Lorenzetto | 11/12/2016 09:16
Tem observador de saci, criador de saci e tem torcedor

O saci continua existindo em terras brasileiras. Fundaram a Sociedade dos Observadores de Saci (Sosaci). Os componentes da agremiação sabem que o Pererê pode ser muito real na fantasia das pessoas. Não à toa, cuidam para que continue a viver no imaginário nacional. A Sosaci conta histórias de saci, tem música e até uma culinária "sacizenta". Há "exercícios de visualização" do pequeno travesso com cachimbo na boca. Peça a uma criança que feche os olhos, imagine um saci e, depois, assobie, para atraí-lo. Os associados da Sosaci gostam de explicar as características do saci. A carapuça vermelha simbolizaria a liberdade desde o Império Romano. Era usada por gente ex-escravos que não queriam ser confundidos com os cativos.
Mas, os observadores de saci não são os únicos amantes da figurinha. Existem os "radicais" admiradores de saci. São os criadores de saci. Tentam dar ares científicos aos saci. Argumentam que o saci é uma espécie não catalogada de macaco. O gorro vermelho seria uma penugem na cabeça.
Também há a turma do saci gaúcho - os torcedores do Internacional. O Saci dribla um segurança e toca o hino Rio-grandense, levantando a torcida. A cada jogo no Beira-Rio é assim. O saci chega, anima a torcida e apronta desafios. O desafio do domingo será o maior de sua história. O saci não está conseguindo encontrar um tapete para esconder suas lambanças e terá de pular. Pular alto como se tivesse duas e não apenas uma perna. O atual, é um time saci - perneta, trapalhão e com um pé no esquecimento das segundas-feiras. Imaginem a cara do Falcão e do Carpegiani, donos da taça de melhor do mundo, recebendo a carteirinha de segundona.
Para piorar a situação do saci gaúcho, a CBF acaba de o acusar de falsificação de documentos. O saci acusador virou acusado. Uma lambança que talvez destrua a imagem do saci.

Tem observador de saci, criador de saci e tem torcedor

Viúva Clicquot, a improvável rainha do champanhe.

Viúva aos 27 anos, com uma filha criança (6 anos) e sem conhecimento empresarial algum. Como uma dama criada para ser nobre,e sem responsabilidade, administrou e fez a fama de uma marca de vinho sem importância? A resposta pode ser resumida com três palavras: inovação, muito trabalho e inteligência. Foi ela quem inventou a inclinação gradual das garrafas de champanhe até a vertical, retirando leveduras e restos do vinho. Assim, surgiu um vinho muito mais puro do que se conhecia, ou melhor, a champanhe como a conhecemos. Muito perspicaz, madame Clicquot percebeu que vender seu produto para dois ou três varejistas não produziria a fortuna que almejava. Criou um sistema mundial,e bastante complexo, de distribuição de sua champanhe. O mais incrível ainda estava por vir, ela organizou um sistema de distribuição de lucros entre os funcionários de sua empresa em pleno século XIX. A essa distribuição de lucros é creditada a manutenção dos segredos dessa champanhe por dez anos. Mas essa era uma ousadia criticada por todos os empresários que a conheciam. Todavia, os resultados desse gesto a levaram ao cume do mundo empresarial. Todos os aristocratas dessa época pediam, exclusivamente, a bebida da "veuve", a champanhe da viúva. Era o único espumante cristalino, doce na medida certa e belo por formar uma pequena coroa de bolhas ao ser servido. Um sucesso inimaginável para um vinho feito por mulher. Chegou a vender em alguns anos desse século o inacreditável número de 750 mil garrafas de seu espumante. Com ela também nasceu o conceito de " mulher de negócio".

Tem observador de saci, criador de saci e tem torcedor

O boom. Uma indústria de luxo que não para de crescer.

Desde a alimentação até serviços de spa, cabeleireiros, massagem e manicure... os animais de companhia movem um grande negócio. Os pets passaram a ser tratados como filhos e se gasta cada vez mais dinheiro para mimá-los. A devoção pelos mascotes deixou de ser coisa de ricos. A explosão da indústria de animais de companhia foi convertida, de fato, em um indicador potente das classes medias do mundo, em particular no Brasil, México e na Argentina. Nesses três países, cresceu em 11% o número de pets.
O crescimento exponencial deles, conquistou o setor de luxo. Grandes firmas de moda como Louis Vuitton e Gucci criaram modelos de bolsas para transportar os pets. Swarovski conta com uma gama de colares e de joias. As pessoas decidiram que suas necessidades são as de seus animais e, nesse sentido, podemos dizer que há um novo acordo antropomórfico. Em grande cidades como Los Angeles, Tóquio ou Dubai proliferam hotéis ou resorts de luxo para uso e desfrute dos animais. A última tendência são as aulas de ioga para cachorros. Surgiu há cinco anos em N.York com uma professora denominada Suzi Teitelman. Seus vídeos online estenderam essa prática para o mundo. Ao terminar uma sessão de ioga canina, o dono e o cão permanecem abraçados em um aparente estado de relaxamento.
Excentricidade para alguns, evolução para outros. A outra tendência são os programas televisivos para cachorros e formação de novos casais. No passado distante, as televisões mostravam programas onde os pais buscavam casamento para seus filhos - "Quem casar com meu filho", era a ideia. Eles saíram de moda. Atualmente, jovens solteiros buscam o amor através dos mascotes. Os participantes se conhecem em companhia de seus cachorros. A conexão humana fica em segundo plano e à mercê da afinidade que surja entre os animais. São os verdadeiros "amores cachorros".

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