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Em Pauta

Templos da modernidade: academias são oportunidade de investimento

Mário Sérgio Lorenzetto | 27/11/2013 07:35
Templos da modernidade: academias são oportunidade de investimento

Academias, templos da modernidade, se transformam em grandes empresas

Até agora, as academias eram negócios criados por professores de educação física dispostos a empreender, mas sem grandes conhecimentos de gestão e pouco capital disponível. Eram empreendimentos tocados de forma semi-amadora, com perspectivas de crescimento limitadas. Eram. Esse quadro está se tornando obsoleto. O mercado fitness no Brasil está entrando em um momento de grande profissionalização.

No lugar das pequenas academias de bairro, estão entrando grandes redes, com marcas fortes e muitas unidades espalhadas pelo país. No ano passado, esse setor movimentou US$ 2,4 bilhões no Brasil, mais que o dobro do registrado em 2010. E o potencial de expansão ainda é alto. Hoje, pouco mais de 3% da nossa população está matriculada em academias, baixo se comparado com os EUA, que conta com 15% dos norte americanos malhando nesses templos de devoção ao próprio corpo. O percentual brasileiro é baixo, mas a curva de crescimento é acelerada.

Templos da modernidade: academias são oportunidade de investimento

Modalidade de investimento atraiu empresários dos vários segmentos

Os empresários bem sucedidos de outros setores, especialmente da indústria, enxergaram os ótimos números das academias e começaram a investir. Não só com capital, mas também buscando mais profissionalização e mudanças no perfil administrativo.

Estão saindo os professores de educação física e entrando profissionais com larga experiência em marketing, finanças e Recursos Humanos, oriundos de setores tão diversos como a indústria, o varejo e a saúde. Como o aquecimento do setor é recente, não existem especialistas em áreas estratégicas como finanças, marketing e tecnologia, formados dentro do mercado fitness. Daí a necessidade de migração de outros setores.

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Fertilizantes: um doente nervoso, terroristas e a maior fábrica da América Latina

Em maio de 1907, um notável químico chamado Walther Nernst insultou um colega menos prestigiado chamado Fritz Haber. O tópico da disputa: a síntese da amônia a temperaturas elevadas. Uma hipótese que era obscura na época. Haber, que sofria de uma variedade de doenças nervosas, sentiu-se humilhado. Antes do ataque de Nernst, ele não tinha se preocupado tanto em sintetizar amônia. O insulto teve uma consequência inesperada. Haber procurou provar, então, que a amônia poderia ser produzida em laboratório usando hidrogênio e nitrogênio. O resultado deste esforço, que acabou por ser conhecido como o processo Haber-Boschmudou, mudou a história da agricultura no mundo.

O nitrogênio é um problema. É crucial para a vida, mas está disponível na forma de N2, uma forma da qual os seres vivos não conseguem usar. No início da história da agricultura, as pessoas descobriram – sem entender os processos químicos por trás da intuição – que quando o nitrogênio diminuía, os campos se tornavam estéreis. Oito mil anos atrás, fazendeiros do Oriente Médio já plantavam legumes, cujas raízes abrigam bactérias que realizavam a fixação do nitrogênio, em rotação com colheitas de cereais como trigo.

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A corrida por excremento de animais impulsionou agricultura

Mais tarde, Catão o Velho recomendou para os romanos preservar ovelhas, gado, cabra e todos animais que fornecessem esterco em terras agricultáveis. Excremento de aves é uma fonte excelente de nitrogênio e, no início do século XIX, quando os europeus descobriram que existiam montanhas de guano, que são excrementos de aves com alto teor de nitrogênio, no Peru, inspirou uma corrida por esse adubo. Em 1850, a Inglaterra importava cerca de 200 mil toneladas de cocô de passarinho por ano. A prática forçou o Congresso dos EUA criar em 1856 uma lei que autorizava os estadunidenses a reclamar como sua a propriedade de qualquer ilha deserta que tivesse guano.

Na época de Haber, o apetite por nitrogênio nas colheitas era tão grande que os cientistas voltaram suas atenções para os céus. O nitrogênio é o elemento mais comum na atmosfera terrestre, mas a maior parte do componente está na forma de N2. Quando Haber mostrou como transformar N2 para produzir amônia NH3, resolveu o problema. Não seria mais preciso uma corrida pelo guano. Haber descobriu, de maneira figurada, como transformar “ar” em “comida”.

A primeira produção industrial da fórmula de Haber-Bosch foi realizada há cerca de um século em Ludwigshafen, tendo como resultado dez toneladas de amônia por dia. O montante era transformado em fertilizante e vendido tão rápido quanto pudesse ser produzido.

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De alimento a armas, a versatilidade oferecida pelo nitrogênio

Quando a Primeira Guerra Mundial começou, essa fábrica foi transformada em produtora de munições. Nitrogênio também é a matéria prima para explosivos. Devido ao processo Haber-Bosch, os alemães continuaram jogando bombas mesmo depois que suas reservas de salitre (nitrato de potássio) estavam baixas. Existem especulações que afirmam que sem este processo (Haber-Bosch) a Alemanha teria perdido a Primeira Guerra muito antes.

Talvez você não saiba, mas fertilizantes de nitrato de amônia são os explosivos preferidos dos terroristas com poucos recursos. As explosões no World Trade Center, em 1993, em Oklahoma, em 1995 e nos ônibus e trens de Londres, em 2005, bem como no ataque em Oslo, em 2011, foram todos à base de fertilizantes com nitrato de amônia. O único produtor de nitrato de amônio no Brasil é a Fosfértil que tem duas fábricas em Cubatão (SP) e, ainda bem, não será produzido no Mato Grosso do Sul.

Desde o fim da Segunda Guerra Mundial, a produção de fertilizantes cresceu 20 vezes. Hoje, os seres humanos produzem mais nitrogênio do que todos os ecossistemas terrestres combinados. Estima-se que quase a metade da população do mundo subsiste das colheitas produzidas com o resultado do processo Haber-Bosch. Estas pessoas – todos nós – estão comendo “alimentos feitos de ar”.

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Em expansão, uso é variado, mas aplicação como fertilizante domina

A amônia é usada na indústria alimentícia e na produção de desinfetantes, tinturas de cabelo, materiais plásticos, couro e explosivos. Sua principal utilização, porém, é como matéria-prima para a produção de fertilizantes nitrogenados. A necessidade do mercado brasileiro de fertilizantes é maior que a produção nacional. Além disso, o segmento encontra-se em expansão tanto no Brasil como no mundo. Com o crescimento populacional e o aumento de renda, espera-se aumento no consumo de alimentos, principalmente de proteína animal, que requer mais grãos para sua produção e, por consequência, maior uso de fertilizantes. No Brasil, entre 2002 e 2012, o consumo de fertilizantes passou de 22,8 milhões de toneladas para 29,6 milhões. O salto é de 30% no período.

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Fábrica de Três Lagoas será a maior da América Latina e duplicará produção nacional

A Petrobras tem três fábricas de fertilizantes nitrogenados no país – uma no Paraná, outra no Sergipe e a terceira na Bahia. A fábrica que está sendo construída em nosso Estado – em Três Lagoas – entrará em operação em setembro de 2014 com capacidade para produzir 1,2 milhão de toneladas por ano de ureia e 81 mil toneladas de amônia. A produção atual de ureia no Brasil é de 1,5 milhão de tonelada por ano. A fábrica de Três Lagoas quase duplicará a produção nacional, diminuindo a importação de 60% do que necessitamos anualmente com um elevado custo de R$ 5 bilhões. Será a maior fábrica de fertilizantes da América Latina. A ureia e a amônia serão vendidas a empresas que fazem a mistura, chegando ao fertilizante desejado pelos agricultores. Uma etapa pouco complexa e de baixo custo quando comparado ao da usina da Petrobras.

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O luxo e a celebridade unidos em uma causa humanitária

Conhecer a origem de um produto de luxo é uma obrigação para os cultos. O champanhe Krug, o melhor do mundo? É francês. O Brunello encorpado? Italiano, é claro. O melhor caviar, Petrossian? A loja é francesa, mas o esturjão é russo. E o refinado café encapsulado da Nespresso que será lançado em 2015? Ele chegará às lojas com um ótimo selo “made in South Sudan”. Sudão do Sul? Como pode acontecer? Uma das regiões mais pobres e combalidas, pelo despotismo do governante do vizinho Sudão, com sua breve história marcada pela miséria e opressão?

O elo entre todas as partes, o luxo e a necessidade, a letargia e a transformação, teve uma celebridade atuando em uma causa humanitária o papel mais importante de sua vida. George Clooney. Ele conectou a desesperança com a esperança. O glamour do luxo com a consciência de que somos todos iguais.

Clooney diz que a ideia foi dele

O ator vive em um maravilhoso condomínio ao lado do lago di Como no norte da Itália e foi lá que contatou com o pessoal da Nespresso. Ele conta que os empresários foram ao Sudão e constataram que existiam boas terras para o plantio do café de excelente qualidade.

O astro do cinema se mostrou satisfeito por notar que sua conversa transformaria a realidade sudanesa. Os paparazzi da fútil vida deixariam de acompanhá-lo com a última beldade enamorada e passariam a acompanhá-lo em uma causa humanitária.

Como ele, a beleza estonteante da Angelina Jolie foi colocada à disposição de ações sociais no Camboja e uma escola no Afeganistão em parceria com a Louis Vuitton. Daniel Craig, o espião 007, criou, na vida real, um avião-hospital para serviço oftalmológico em várias comunidades carentes em parceria com a Omega. Será que existe algum artista brasileiro e uma empresa que concordem em seguir os passos do Clooney e Nespresso?

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Conheça as cidades das bikes

Quais são as cidades do mundo com a infraestrutura mais adequada aos ciclistas? De acordo com a consultoria dinamarquesa, especializada em ciclismo, Copenhagenize Design, a melhor cidade para andar de bicicleta sem preocupação é Amsterdã, na Holanda. O segundo lugar ficou com Copenhagenn na Dinamarca e o terceiro com outra holandesa – Utrecht.

Todas as demais 15 cidades vencedoras ficam na Europa à exceção de: Tóquio, Montreal, Nagoia e Rio de Janeiro que ocupou a décima segunda colocação. As cidades são selecionadas a partir de 13 categorias, recebendo de zero a quatro pontos em cada uma delas. É claro que o número de quilômetros de pistas específicas para o ciclismo tem peso elevado. Campo Grande não faria feio com seus mais de 80 km dedicados às bikes.

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