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Em Pauta

Terroirs – pesquisadores desvendam parte do ‘enigma’ dos vinhos

Mário Sérgio Lorenzetto | 30/11/2013 07:28
Terroirs – pesquisadores desvendam parte do ‘enigma’ dos vinhos

Terroirs e DNA – mistérios são revelados aos poucos

O conceito de “terroir” está no coração da produção de vinhos franceses, mas é um termo tão “misterioso” que não é traduzido. Ele trata da combinação do solo, geologia, clima e as práticas locais de produção das uvas que tornam única cada região que produz vinhos. Experts na bebida, os enólogos conseguem identificar a região na qual o vinho foi produzido. O conceito pode parecer abstrato para muitos. Os produtores dos Estados Unidos, um mercado até pouco tempo restrito a vinhos de baixa qualidade e com consumidores que se identificavam com a cerveja, falavam que o terroir era misticismo ou tratavam a questão como marketing dos franceses.

Agora, pesquisadores afirmam ter descoberto o “enigma” dos terroirs. Ao menos em parte. Afirmam que conseguiram captar um aspecto plausível que pode ser medido de maneira científica, os fungos e bactérias que crescem na superfície das vinícolas.

Os micróbios certamente afetam a qualidade das uvas em seu crescimento, muitos de maneira adversa, e estes são incorporados no mosto, ou seja, no processo de amassar as uvas para produzir o vinho. Os micróbios também podem afetar no metabolismo das uvas no processo de fermentação.

Terroirs – pesquisadores desvendam parte do ‘enigma’ dos vinhos

Micróbios e sequenciamento genético

Será que as comunidades de micróbios que crescem nas vinícolas são estáveis o suficiente para contribuir de maneira consistente para a qualidade do vinho e explicar a diferença entre os terroirs? Uma questão como esta não poderia ser respondida sem o auxílio da identificação do DNA, do sequenciamento genético e de máquinas que podem analisar grandes quantidades de DNA a um custo razoável.

A descoberta de que padrões de DNA estáveis, mas diferentes de cada região produtora de vinho significa que, ao menos em parte, as razões pelas quais os terroirs são diferentes. E a “mística” em torno dos vinhos persiste. Muitos ainda dizem que preferem não saber qual é a razão que leva os diferentes terroirs a fornecer sabores distintos para os vinhos. Isto desmitificaria o mistério em torno da própria bebida.

Terroirs – pesquisadores desvendam parte do ‘enigma’ dos vinhos

Coppola, vinhos e família

Francis Ford Coppola. Se sua lista de melhores filmes não tem algum filme dele, é porque está errada ou incompleta. O poderoso chefão é um dos filmes que mudou o cinema. O bom gosto do diretor é incontestável. Há precisão estética e a construção de cenas inesquecíveis. As regras de Coppola para produzir um filme são as seguintes: escreva e dirija roteiros originais; use a tecnologia mais avançada disponível; autofinancie seus filmes. Coppola não desenvolveu esta fórmula do dia para a noite. O diretor conseguiu fazer sucesso cedo em sua carreira e, seguindo Bergman, afirma que queria fazer filmes baseados em seus sonhos e pesadelos.

Tomando os filmes de Coppola como exemplo, não é surpreendente que sua vinícola na Califórnia tenha uma escala épica com várias lembranças de Hollywood. Cada seção do lugar tem direção de arte ao último grau, da loja de lembranças ao restaurante que, oferece os pratos preferidos do diretor. O diretor é guiado pela razão econômica. Ele deixa ao encargo de Scott McLeod os detalhes da criação dos vinhos. Coppola apenas bebe o vinho, ele reconhece suas limitações. Na década de 1990, a carreira do diretor era uma montanha russa, convivia com grandes sucessos e grandes fracassos.

Diretor transitou entre fracasso e sucesso

Depois de flertar com a ruína financeira por anos, Coppola deu início a um processo de falência em 1992. Conseguiu ser salvo apenas alguns meses depois, quando o filme Drácula de BramStoker se tornou um de seus maiores sucessos comerciais. Um novo sonho do diretor viria a se tornar realidade, após pagar U$ 10 milhões por uma fazenda, começou a produzir vinhos. Tem negócios em outros ramos e os membros da família não estão em más condições. Sua filha Sofia Coppola é reconhecida por seus filmes alternativos e, ultimamente tem feito mais sucesso que o pai no cinema. Um dos vinhos da vinícola leva seu nome. Seu genro é o vocalista da banda francesa Phoenix, sucesso tanto na França como nos EUA e no Canadá. Seu sobrinho, Nicolas Cage continua com sua média de dois a trÊs filmes por ano, ainda que O Senhor das Armas seja um dos seus últimos filmes bons. A vida de Francis é bela...

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Fica na Noruega a maior frota de carros elétricos do mundo

Quatro mil noruegueses trafegam de forma diferenciada a partir desse ano. Sem, teoricamente, poluir o meio ambiente, eles compraram carros elétricos. A frota de modelos elétricos corresponde a 9% do total da Noruega, que incentiva a compra e reduz a cesta de impostos. O governo também dá permissão especial ao motorista para trafegar em vias exclusivas a ônibus, vantagem adicional para quem tenta fugir dos horários de pico no trânsito. Os dois fatores foram o pilar da chamada “revolução dos elétricos” vivida pelos noruegueses.

O presidente da Associação de Carros Elétricos da Noruega, Snorre Sletvold, revelou que a tal revolução começou com a isenção dos impostos de importação e da taxa de licença para veículos novos. Também há vantagens como estacionar de graça e dirigir sem pagar pelas estradas com pedágio. Para conseguir ter mais carros elétricos nas ruas, os noruegueses esperaram, contudo, dez anos.

O aumento da presença de veículos movidos a eletricidade influencia diretamente no meio ambiente. A taxa atual média de emissões de dióxido de carbono (CO2) dos carros noruegueses é de 118 gramas por quilômetro, contra 125 gramas em 2012. Os dados ficam abaixo do limite de 130 gramas por quilômetro, estipulado pela União Europeia até 2015.

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Críticos não enxergam a tal revolução e atacam exploração de petróleo

Ainda assim, a quantidade de carros elétricos no mundo é muito pequena. Mesmo que os demais países alcançassem a Noruega, grande parte da energia para abastecer os veículos viria da energia gerada a partir de combustíveis fósseis. Críticos do modelo afirmam que é como o impasse do ovo e da galinha: deve-se esperar para comprar um carro elétrico até que a maioria da energia seja renovável ou optar por esse tipo de veículo já? Em conjunto dever haver a torcida para acelerar a produção alternativa de eletricidade? Alguns, os mais céticos, dizem que não passa de uma gota d'água no deserto devido a responsabilidade da Noruega na mudança climática global – o país é o oitavo exportador de petróleo do mundo e o terceiro de gás natural.

Entre os mais refratários ao modelo está Lars Haltbrekken, presidente da seção norueguesa da organização ambiental Friends of the Earth. Para ele, mesmo a Noruega sendo o país com maior quantidade de carros elétricos por habitante, isso não salva o planeta. O maior impacto ambiental norueguês vem da nossa enorme produção de petróleo e gás natural. Haltbrekken reitera, ainda, que as emissões dos campos de petróleo e gás recentemente descobertos no país equivalem às de 40 milhões de carros.

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