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Em Pauta

Vacina sem seringa, mais barata e eficiente: é... já existe

Mário Sérgio Lorenzetto | 09/02/2014 08:40
Vacina sem seringa, mais barata e eficiente: é... já existe

Uma vacina sem seringa

Em 1853, um escocês patenteou a seringa. O desenho da patente é muito parecido com o modelo atual que usamos hoje. Alexander Wood criou uma tecnologia que há mais de 160 anos está atrelada às vacinas. Após do uso da água limpa e das lições de saneamento, o uso de vacinas foi um fator determinante para o crescimento da expectativa das pessoas no mundo todo. Aquilo que existe de assustador para muitos nesta tecnologia relativamente antiga é, justamente, a agulha.

Estima-se que cerca de 20% da população tenham medo de agulhas e, por isso, tem-se uma grande quantidade de pessoas que acabam não sendo vacinadas por causa da fobia da agulha e não por causa da vacina – este é outro problema. Além das lesões que as agulhas podem causar, um dos problemas está na contaminação se usadas de maneira inadequada ou, ainda, por causa de acidentes laboratoriais. Tendo em vista o cenário, o professor Mark Kendall reuniu um grupo de estudantes para auxiliá-lo em um projeto que parece ser a solução para todos os aqueles que têm medo da agulhas, o Nanopatch.

A olho nu é um pequeno quadradinho inofensivo, se comparado com a temível agulha. Sem dor e com maior velocidade, o Nanopatch é uma tecnologia derivada dos semicondutores. Pode ser aplicado de maneira muito simples, não deixa marcas e diminui o risco de contaminação. A ideia da vacina é a de introduzir uma versão fraca do antígeno no corpo de modo que o organismo aprende a lidar com as ameaças futuras dos microrganismos, cria-se uma memória imunológica. Porém, o “preço” da imunização é uma lesão na pele, a qual poderia ser evitada com o Nanopatch, muito menos invasivo se comparado com a agulha.

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Mais potente, menos invasivo e indolor

A vantagem do Nanopatch estaria na diminuição da necessidade de antígenos para ativar a resposta imunológica. Enquanto o Nanopatch se torna eficiente com 6.5 ng da vacina, a injeção precisa de pelo menos 6 mil ng para ser efetiva. A proporção é quase mil vezes a menos.

A redução da quantidade de vacinas repercutiria na diminuição do valor, fator que é muito importante para os países em desenvolvimento. Outro elemento complicado das vacinas é a necessidade da manutenção da temperatura adequada. São líquidas e precisam ser refrigeradas, mas também não podem ficar com uma temperatura muito baixa. Este é um fator bastante complicado para o continente africano. Estima-se que metade das vacinas utilizadas no continente não tenha efeito por causa das condições climáticas e de armazenamento.

O Nanopatch, por sua vez, é seco, característica que facilita seu armazenamento e transporte. Suporta a temperatura ambiente de 23 graus Celsius sem perder eficácia. O Nanopatch é uma criação de um engenheiro biomédico idealista. Kendall levou sua criação para Papua-Nova Guiné, um dos lugares com maior incidência de HPV no mundo. O país não tem geladeiras e a inserção do Nanopatch pode ser alternativa econômica e indolor para problemas sociais que envolvam a saúde. Ele segue o princípio da diminuição do potencial invasivo dos procedimentos médicos.

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As estradas federais campeãs de acidentes no Brasil

O balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal registrou cinco mortes em acidentes nas rodovias de Mato Grosso do Sul. Isso até o dia 12 de janeiro. O Campo Grande News contabiliza uma morte no mesmo período do ano passado. A impressão que fica nas matérias jornalísticas em geral é a de que temos um surto de ocorrências fatais nas nossas estradas. Comparativamente com acidentes em outras estradas brasileiras, essa percepção está equivocada. Os dados nacionais demonstram que a frota de automóveis aumentou enquanto os acidentes nas estradas cresceram 50% nos últimos cinco anos.

A coleta de dados também desmente uma sensação que temos - a de que os acidentes ocorrem durante a noite, nas curvas e com chuva. Em verdade, a maior parte deles ocorre de dia, na reta, com tempo bom. Resultam, na verdade, da imprudência dos motoristas. Esta PE a chave do problema: imprudência. Uma mistura de estradas longas, sonolentas com motoristas atrapalhados, açodados.

Os que costumam ir às praias catarinenses precisam considerar que irão trafegar na mais letal e perigosa estrada nacional - a rodovia BR-101. Essa estrada somou 718 acidentes no primeiro semestre de 2013. No mesmo período, em Mato Grosso do Sul, houve 150.

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A realidade de MS em mais um índice é animadora: estamos fora

O Ipea ( Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) do governo federal criou o Índice de Gravidade das estradas brasileiras. Ele indica os trechos onde os acidentes resultam em mais mortes e feridos. Novamente, a estrada de Santa Catarina aparece como a mais crítica com 2.760 acidentes. Para um número como esse não é demasiado repetir: foram 2.760 acidentes na BR-101 com feridos ou mortos no ano passado. É uma estrada com comércio forte, motos e muitos pedestres. Felizmente, as estradas do nosso Estado não aparecem nesse estudo horripilante do Ipea.

A outra surpresa do Índice de Gravidade é de que São Paulo aparece em terceiro lugar, posto alcançado devido aos 1.824 acidentes com feridos ou mortes na BR - 116, o perigo maior está no trecho entre São Paulo e Guarulhos. O segundo lugar ficou com Minas Gerais que contabilizou 1.864 acidentes na rodovia BR-381, nas proximidades da grande Belo Horizonte.

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Acredite: venda de livros no Brasil bateu recorde nos últimos seis meses

Foram 1.270 milhões de exemplares vendidos em apenas uma semana, segundo o serviço BookScan, que faz a mensuração do mercado editorial brasileiro. O índice é aplicado pela empresa Nielsen, que observou maior procura na semana de Natal. Afinal, o livro é considerado presente. A média paga por exemplares ficou em R$ 38,05. A empresa consegue mensurar 50% do mercado editorial nacional e aponta o amadurecimento do leitor do Brasil.

Podendo consumir mais, os brasileiros também estão comprando mais livros e isso é refletido, principalmente, entre as pessoas da terceira idade. Este é o público cobiçado pelas editoras.

Top 10 dos livros preferidos do brasileiro na última semana, segundo o BookScan:

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