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Em Pauta

Vem aí a Black Fraude ou será Black Friday?

Mário Sérgio Lorenzetto | 20/10/2013 11:18
Vem aí a Black Fraude ou será Black Friday?

Organizador de promoção tenta afastar rótulo de fraude do Black Friday

Em 2012, o dia com descontos em sites de comércio eletrônico ganhou o apelido de Black Fraude. Afinal, promoções, em muitos sites, eram pura cascata. Neste ano, o organizador da data, o empresário Pedro Eugênio, quer evitar esse incômodo rótulo.

Segundo ele, os preços dos produtos das lojas envolvidas estão sendo monitorados, desde agora, para evitar que sejam alterados dias antes da Black Friday. Ele garante que, desta vez, quem ludibriar os consumidores será excluído da associação que reúne empresas do setor. A data? Não, ainda não foi divulgada, está sendo mantida em sigilo como jogada de marketing.

Vem aí a Black Fraude ou será Black Friday?
Vem aí a Black Fraude ou será Black Friday?

Pegue, dobre e coloque no bolso – telas de plástico flexíveis para celulares entram no mercado

A Samsung confirmou, lançará o primeiro smartphone com tela curva. Será um protótipo. Trata-se de uma tela de um plástico especial, substituindo o vidro tradicional, denominada AMOLED Full-HD que permite que esse novo smartphone fique curvo para dentro.

Será mais durável, mais resistente e suportará melhor as quedas, o que é uma grande vantagem. O aparelho vai contar com sistema operacional Android 4.3 para melhor aproveitar o design curvado.

Também está previsto o Bounce UX, que permite controlar suas músicas. Se a tela estiver desligada, basta inclinar o Galaxy Round para a direita e avançar uma faixa; inclinando para a esquerda e retrocederá à faixa anterior.

Tecnologia semelhante é usada pelo Side Mirror, que permite navegar por fotos e vídeos inclinando o dispositivo para direita ou esquerda. Por último, o RollEfect que permite conferir as notificações, data, horário e nível de bateria quando a tela está desligada.

Os técnicos ainda não entenderam as motivações da Samsung em lançar uma tela totalmente curva. Talvez seja para encaixar melhor na mão, mas se este for o caso, por que não curvar somente a traseira? Ou, talvez, por ser a primeira a ter essa tela curva e flexível. Apenas por ser a primeira e nada mais.

Esta também é uma parte do universo da alta tecnologia – ser o primeiro em algo que brevemente estará ganhando todos os mercados. A tese não é sem fundamento. A LG planeja lançar um aparelho, no ano que vem, com uma tela flexível. A Apple também analisa a tecnologia para o iPhone.

Vem aí a Black Fraude ou será Black Friday?
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Os mini-milionários e seu mundo de luxo e fantasia

Marc Jacobs, Louis Vuitton, a francesa Dior e as italianas Armani e Gucci o que há de novidade em comum a essas famosas grifes de luxo? Crianças é a resposta. Sapatos Marc Jacobs de R$ 4 mil para crianças. Casacos de pele da Gucci por R$35 mil para meninas e para os meninos smoking de R$ 3 mil. As linhas infantis estão presentes e avançando na alta moda.

Quando uma marca quer se expandir, há duas receitas básicas – aumentar a oferta, baixando o preço médio ou estender o portfólio de produtos.

Grifes brasileiras de luxo também enxergaram o mercado. A Trousseau, de roupas de cama e banho tem uma linha Petit. O balanço da empresa mostra que a linha para a criançada ocupa 12% do total das vendas. Um dos itens de maior vendagem é uma manta para recém-nascidos que custa R$ 350.

A Enfance, de roupas e brinquedos para as crianças até 6 anos virou sucesso na internet e efetua 90% de suas vendas on-line. Um ursinho custa R$ 260 e pode ser personalizado com o nome. E ainda não entenderam que a grande revolução do século XXI é das crianças.

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Trabalho vem do latim e é uma técnica de tortura

“Tripalium” é a palavra latina que originou a portuguesa “Trabalho”. Tripalium é uma técnica de tortura em que o condenado é preso a três paus fixados ao no chão.

As sociedades escravagistas – gregos e romanos – construíram a ideia do trabalho como uma forma de castigo ou indignidade. O escravagismo pressupõe que há uma distinção entre aqueles que têm direito ao esforço somente intelectual e de comando e os outros que precisam suar o corpo.

É essa a herança de gregos e romanos para a Europa Medieval. Esse ideário veio para o Brasil , principalmente, com os portugueses. Com o ideal de São Bento nos mosteiros e com a reforma luterana e calvinista, contudo, passou a ganhar força a ideia de que o trabalho dignifica o homem.

O problema é estamos entrando no período da “laborlatria”, uma adoração exacerbada do trabalho a ponto de este não ser mais algo que realiza e sim algo que escraviza. Isto poderá ser o retorno ao período do escravagismo com nova roupagem e consentimento.

Recebemos duas heranças ambiciosas: a de podemos amar e casar com a pessoa amada – o casamento durante milênios era apenas um negócio – e a outra ambição é a de termos um trabalho que nos dê bons momentos.

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Coca Cola - Uma empresa não fracassa se tem clientes felizes

L´acqua nera dell´imperialismo – a água negra do imperialismo – dos anos 70 mudou de rumo. A Coca Cola, a água negra, no passado era o símbolo do mal que o imperialismo impunha à humanidade. Continua a ter muito êxito. Cresceu 57% nos últimos três anos. Sua invejável receita anual é de US$ 9 bilhões.

O custo de tamanho sucesso é frequentemente questionado. Em 2005 e 2006 algumas ONGs denunciaram práticas não éticas da Coca Cola que prejudicariam comunidades, inclusive na América Latina.

Em 2010 veio a reação. Ela lançou a estratégia “Viva positivamente” que previa o impacto neutro no uso da água – devolver à Terra tudo o que usa na produção – promoção da vida saudável para combater a obesidade, redução da taxa de carbono em 5% em suas fábricas até 2015 e recuperação de todas as embalagens para reciclagem. As metas para os dois primeiros itens foram superadas.

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Coca Cola montou três programas-chave

O primeiro é denominado 5by20 – busca fortalecer economicamente 5 milhões de mulheres até 2020. Em seguida veio o Replenish Africa Initiative – a companhia comprometeu-se a investir US$30 milhões para oferecer acesso a água potável a mais de 2 milhões de africanos, vem mudando a vida de crianças estudantes que antes não tinham tempo para estudar buscando água potável. E o Gotas da vida, também propondo oferecer acesso a água potável a comunidades pobres em todo o mundo. Está sendo implementado no Paraguai como piloto para a América Latina.

Na última assembleia anual de acionistas da Coca Cola, em abril, o megainvestidor Warren Buffett declarou: “Uma empresa não fracassa se tem clientes felizes”

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A banalização do bem e a sensação de isolamento e infelicidade no Facebook

Quem cunhou a expressão “banalização do mal” foi uma das mais importante teórica e política alemã-judia do século XX – Hannah Arendt. Ela foi contratada pela revista New York para cobrir o julgamento de Adolf Eichmann, tenente-coronel da SS, responsável pela logística de extermínio de milhões de judeus.

Ao acompanhar o julgamento de Eichmann, ela concluiu que o nazista não era o diabo que se pintava. Ele era um burocrata que seguia ordens com rigor germânico e incapaz de distinguir o bem do mal. ”Estou apenas cumprindo ordens”. Assim, ela cunhou a expressão “banalização do mal”, que indica que algumas pessoas podem cometer atrocidades apenas seguindo as regras do sistema ao qual pertencem. Se existe a banalização do mal, não resta dúvida que está na moda, há um bom tempo, a “banalização do bem”.

Para elogiar, alguém se refere a outra pessoa dizendo que “fulano é do bem”. No Facebook, há uma infinidade de páginas e perfis relativos a “do bem”. Indiretas do bem, Mensageiros do bem, Correntes do bem, Caravana do bem, Dicas do bem, Cantinho do bem e Portal do bem. Tem, inclusive, uma bebida que se chama Do Bem. Será que alguém inventará a Cachaça do Mal? Algo com enxofre misturado com estricnina.

Assim como Eichmann não era aquele vilão que propagandeavam, esse bem que tanto propagam não é tão bem assim. Com tantos benfeitores como identificaremos os normais?

Facebook também tem a turma da solidão

O Facebook não está lotado apenas da turma do bem. A Universidade de Michigan (EUA), em parceria com a Universidade de Leuven, da Bélgica, publicou em agosto, pesquisa que concluiu: quanto mais se usa o Facebook, mais infeliz e solitário é o sujeito.

Pesquisa inovadora por acompanhar a rotina de usuários dessa rede social por um período determinado, a analise empírica, possibilita entender um pouco melhor os contornos do Homo digitalis.

Há um paradoxo na utilização dessa ferramenta, se por um lado reforça a possibilidade da solidão, é sem dúvida, um eficaz instrumento para o ativismo social e político. Os estudiosos apontaram para o incremento da sensação de solidão e aumento de polarização ideológica.

É! Cada vez me sobra menos dúvidas, os momentos em que nos sentimos mais próximos de outro ser humano são aqueles em que estamos fisicamente juntos, mas não pronunciamos uma só palavra.

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