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Em Pauta

Vestibular: universidade ou um ano sem estudar

Mário Sérgio Lorenzetto | 04/11/2016 07:08
Vestibular: universidade ou um ano sem estudar

Mais um vestibular. Os jovens continuam prisioneiros desse método ultrapassado que não leva em conta seu passado, suas conquistas e glórias. Em poucos dias sua sorte será lançada. Uma pizza de sabor duvidoso: mezzo conhecimento, mezzo capacidade de raciocínio com molho feito de nervos de aço. Tremeu, dançou!


É realidade no mundo todo, cursar uma faculdade aumenta possibilidades de ganhos futuros, ainda que eles tenham sido convertidos em um reality show macabro. O desemprego não perdoa nem mesmo aqueles que irão cursar os melhores cursos nas faculdades mais afamadas. Mas cursar uma faculdade continua sendo um privilégio de poucos.


Todavia, há na Europa e Estados Unidos um novo movimento: um ano sem estudar. Surge das dúvidas que estão instaladas na mente da maioria dos vestibulandos: eles não sabem qual faculdade devem cursar. Não são 12 meses para fazer coisa alguma. Essa onda também existe entre os privilegiados mais velhos e ganhou o nome de "ano sabático". Mas veio após muitos anos de trabalho. A ideia é a de que, aos 18 anos ou após terminar o secundário, cada jovem fosse a uma entrevista. No ano seguinte concretizaria um projeto que não implicasse estudar: uma viagem, um projeto de voluntariado, um conjunto de livros para ler, museus para visitar, um trabalho que tenham sonhado em realizar.


Abrir horizontes, conhecer outras realidades, reconhecer dificuldades e fazer escolhas conscientes. Isso deveria ser obrigatório. Ainda mais para os jovens atuais que chegarão aos 90 ou 100 anos de idade. Uma escolha errada custará dezenas de anos de infelicidade.

Vestibular: universidade ou um ano sem estudar

O jornal do futuro será personalizado

Imagine um jornal que leve as notícias até você. Se interessa apenas por futebol? E no futebol, apenas pelo Corinthians? Ele estará em tua rede Vestibular: universidade ou um ano sem estudar.social favorita - Facebook, Twiter, Snapchat ou outra de tua preferência. Deseja tomar conhecimento tão somente das notícias policiais e só tem tempo para ler às 12:27 horas? Não há problema.

Todas as notícias emanadas da polícia estarão em tua rede social no horário marcado. A mesma ideia vale para a agricultura, a moda, a política, a economia, saúde, educação, cultura ou qualquer outra pauta interessante. Assim funciona o novo jornalismo no mundo: somente notícias de teu interesse e com hora marcada. Não há perda de tempo passando a tela a procura de noticias que te importem.

Quem administra o noticiário personalizado é um robô. The New York Times, The Guardian, Die Welt e El País já estão enviando notícias através das empresas que administram as redes sociais. São elas que conhecem bem os usuários e sabem suas preferencias. Em realidade esses robôs não são mais que desenvolvimentos da informática com sistemas binários que se conectam com os jornais. Eles detectam quando se publica uma noticia que possa interessar ao leitor e as enviam por mensagem privada. É a personalização máxima da oferta informativa que, inicialmente, adota a forma aparente de uma conversação.

Há uma década estava nos livros e revistas de ficção científica. Hoje, parece ser o único caminho que os jornais devem e podem recorrer: localizar o leitor, perguntar-lhe seus interesses, prever a hora em que pode ler a noticia. Tudo indica que não há mais opções. A personalização do jornalismo é o futuro que já está entre povos do mundo mais avançado. Os dinossauros de papel serão fósseis brevemente.

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Uma história hollywoodiana sem heróis brancos

Primona Mutesi estava procurando comida quando conheceu um missionario que a ajudou a aprender xadrez e, poucos anos depois, virar mestre nesse jogo. Dez anos depois, a história de Phiona viraria um filme da Disney.

Mas o que há tão especial na história de Phiona Mutesi para receber a atenção de uma Disney que produz filmes quase exclusivamente de brancos? A superação. Não se pode esquecer que para muitos, nascer africano é ser um marginal no mundo comandado por brancos (e agora, também por amarelos). Nascer em Uganda é ser um marginal na África.

Nascer em Katwe, uma favela, é ser marginal em Uganda. E nascer mulher é ser marginal em Katwe.
Apesar das críticas que recebia por praticar um "esporte de branco", Phiona rapidamente aprendeu a dominar os adversários no tabuleiro, o que lhe garantiu vitórias em diversas competições regionais. Em 2012, tornou-se a primeira mulher a virar mestre em xadrez no seu pais. Em 2014, representou Uganda nas Olimpíadas Internacionais de Xadrez, ocorrida na Noruega.

Com o dinheiro conseguido nas competições, conseguiu em menos de cinco anos, comprar uma casa para mãe e melhorar a qualidade da família, além de investir em escolas de xadrez para crianças.
O filme da Disney, provavelmente será denominado no Brasil "A Rainha de Katwe", é importante para desmistificar a África. Revela um mundo cheio de dignidade, luta e vitalidade. É belo ao mostrar a vida pujante dos africanos e não o sofrimento que Hollywood sempre usou na tela.

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Máquina que fotografou Che Guevara vendida por 18.100 euros

A câmera do fotógrafo cubano Alberto Korda que tirou a famosa fotografia do guerrilheiro e ícone revolucionário Che Guevara, uma das imagens mais reproduzidas no mundo, foi vendida em leilão por 18.100 euros.
O valor registrado pela máquina fotográfica Leica em um leilão online superou significativamente as estimativas iniciais, que se situavam entre cinco e oito mil euros.

Fotógrafo oficial de Fidel Castro após a revolução cubana, Alberto Korda, tirou o icônico retrato de Guevara a que do nome de "Guerrillero Heroico". Essa é a foto que tornou-se símbolo da luta contra a injustiça e a repressão atualmente utilizada em todo o mundo em camisetas, sacolas, bonés e bandeiras. Korda morreu em 2001 em Paris, aos 73 anos.

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Por que é tão difícil construir um robô que anda?

Andar é difícil, ainda que não percebemos. Basta observar uma criança com menos de dois anos ou uma pessoa que esteja fazendo fisioterapia. O que bebês lutam para dominar o andar pode ser resumido em uma palavra: agilidade. Pisar, se equilibrar, corrigir erros, se adaptar aos terreno... cada uma dessas ações complexas é necessária, porém, insuficiente, para a locomoção bípede.

Diminua, mesmo que só ligeiramente, cada uma delas e ato suavemente coordenado, que a maioria dos adultos considera algo natural e certo, rapidamente se torna desajeitado, hesitante e debilitante. Em outras palavras, nosso corpo deve saber andar e mascar chiclete ao mesmo tempo.

Humanos adultos executam essas ações com uma facilidade aprimorada ao longo de milhões de anos de evolução. Aprendemos a nos controlar e equilibrar usando visão, tato e propriocepção (a sensibilidade física que nos fornece informações sobre a estática, o equilíbrio e o deslocamento do corpo). Nossos reflexos garantem que não sejamos arremessados ao chão toda vez que encontramos uma pedrinha inesperada. Também, nossos ossos fortes, envoltos por tecidos flexíveis, nos protegem contra a maioria dos tombos. Em suma, andar é difícil.

É isso que torna o andar dos robôs "duro". Até agora não foi criado nenhum robô que combine controle, robustez e eficiência tão bem quanto fazem os humanos. Até galinhas andam "bem", mas os robôs ainda não conseguiram a plenitude dessa ação.

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