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Finanças & Investimentos

Como está a aposentadoria do brasileiro?

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 23/05/2014 09:09

Anualmente, é publicado o estudo O Futuro da Aposentadoria com pesquisas em 15 países, incluindo o Brasil, sobre a aposentadoria. Nesse ano, ao invés de tratar do processo de aposentadoria, o foco do estudo foi à situação da aposentadoria dos brasileiros e as expectativas das pessoas com relação “à vida após o trabalho”, subtítulo da pesquisa.

Um dos primeiros resultados da pesquisa é bastante curioso: os brasileiros esperam se aposentar aos 46 anos em média, contra média mundial de 59, e contra a tendência natural do aumento da idade média de aposentadoria. Mais da metade das pessoas entre 25 e 44 anos esperam adotar até os 57 anos uma “semiaposentadoria”, definida como uma redução das horas trabalhadas. As razões para essa expectativa são, em geral, positivas, a maioria tomando essa opção mais para continuarem ativos do que por não terem condições de se aposentarem plenamente.

Dentre os já aposentados, a maioria relata que não conseguiu realizar todas as aspirações para o período pós-trabalho, como viajar ou viver no exterior. Dentre as causas apontadas, ter economizado dinheiro em montante insuficiente é obviamente uma delas, mas também problemas de saúde (para 24% dos entrevistados) e cuidar de um dependente (26%, sendo possível que os motivos se acumulem).Dois terços dos que já se aposentaram admitem que não se prepararam adequadamente para a aposentadoria e uma porcentagem menor dos que ainda não se aposentaram (59%) acreditam que não estão preparados para a aposentadoria, indicando ou que um número maior está se preparando melhor ou excesso de confiança.

O melhor conselho sobre aposentadoria que os já aposentados receberam foi o de começar a poupar cedo, o que, pelo efeito dos juros compostos, faz com que a economia periódica seja menor com um maior horizonte de investimento. Um fator que poderia ter o mesmo efeito, que é assumir mais risco em investimentos com maior potencial de retorno, não foi apontado como um dos melhores conselhos (apenas 4% relataram isso, o menor porcentual dentre as opções apontadas), não se sabe por que as pessoas não consideraram boas ou porque não receberam esse conselho. Obter aconselhamento profissional também não foi uma dica muito popular, com porcentual de apenas 8%. Isso indica que há um potencial de melhoria no processo de aposentadoria com a conscientização sobre os benefícios da renda variável e de uma consultoria financeira profissional.

71% dos entrevistados esperam deixar uma herança, porcentual menor do que aquele dos que efetivamente receberam uma herança. Talvez seja um pouco de excesso de otimismo, mas demonstra uma preocupação para com os seus herdeiros. O estudo não informou como exatamente as pessoas pretendem legar seus bens, porém, relata que grande parte dos rendimentos da aposentadoria vem de previdência pública ou da previdência privada oferecida pelas empresas.

De forma geral, esses rendimentos não são objeto de herança. 9% dos rendimentos vêm de “pensões pessoais”, provavelmente previdência privada complementar, e apenas 2% de investimentos como títulos públicos ou fundos de investimento, volume menor do que dinheiro de liquidez imediata. Isso indica que há espaço para o aumento na participação de veículos de investimento mais rentáveis nas economias para a aposentadoria, além da caderneta de poupança. E, para aumentar o montante da herança, seria desejável procurar métodos que minimizem a carga tributária, comofundos exclusivos ou PGBLs.

Esse é basicamente o retrato da aposentadoria do brasileiro segundo O Futuro da Aposentadoria. Há espaço para melhoras para os futuros aposentados, como a maior sofisticação financeira para obter rendimentos maiores e a busca por aconselhamento profissional, essencial para a melhor tomada de decisões financeiras. Para este objetivo não hesite em nos procurar através do portal (www.opatriarca.com.br), ou pelo telefone. Até a próxima.

(*) fonte de informações Roberto Ushisima – Apogeuinvestimentos

Disclaimer – A informação contida nestes artigos, ou em qualquer outra publicação relacionada com o nome do autor, não constitui orientação direta ou indicação de produtos de investimentos. Antes de começar a operar no SFN - Sistema Financeiro Nacional o leitor deverá aprofundar seus conhecimentos, buscando auxílio de profissionais habilitados para análise de seu perfil específico. Portanto, fica o autor isento de qualquer responsabilidade pelos atos cometidos de terceiros e suas consequências.

(*) Emanuel Gutierrez Steffen - www.manualinvest.com/ www.opatriarca.com.br

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