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Finanças & Investimentos

Nenhuma crise pode ser maior do que sua vontade de vencer

Por Emanuel Gutierrez Steffen (*) | 04/11/2016 08:43

Recentemente, recebi um e-mail de um leitor que narrava o desespero com o agravamento da crise. Em algum momento de sua mensagem, ele escreveu o relato abaixo, que me deixou bastante preocupado: “Depois de alguns meses, a crise finalmente chegou ao meu lar. Primeiro, minha esposa foi mandada embora; dois meses depois, eu fui demitido. Tenho uma poupança que irá manter meu padrão de vida por poucos meses, mas não sei como vencer esse período de turbulência. Preciso de ajuda, já estou entrando em desespero”.

A verdade nua e crua é que a crise realmente está muito pior do que muitos imaginavam, ainda que já se fale em “luz no fim do túnel”. O desemprego é provavelmente a face mais dura desse período de enormes dificuldades.

O principal nesses momentos é agir de forma pragmática. Comece simplesmente não se entregando aos problemas: o foco sempre deve ser a solução, afinal os problemas simplesmente não deixarão de existir com um simples toque de mágica, e muito menos sendo ignorados (ou empurrados para o fundo de uma gaveta). Quem simplesmente deixou de ter uma renda mensal deve, em primeiro lugar, rever o padrão de vida, cortar o que não é realmente indispensável e ajustar o orçamento. Simples assim! Outra dica importante é aproveitar o momento para renegociar alguns serviços. A crise também é sinônimo de oportunidades, entrar em contato com seus prestadores de serviço, operadoras e afins para pedir desconto é uma alternativa para baixar os custos. Trocar alguns produtos por similares mais baratos também é outra decisão inteligente, capaz de proteger o orçamento e oferecer a família um gás nesse período de contenção de gastos. Hoje, felizmente, a concorrência costuma oferecer boas alternativas de produtos e serviços mais baratos, que ainda assim mantém uma qualidade aceitável.

Se renegociar produtos e serviços é uma boa alternativa para economizar, todas as áreas do orçamento devem ser consideradas neste sentido. Os bancos digitais, por exemplo, vieram com tudo e ganham cada vez mais cliente, oferecendo taxas menores (ou simplesmente custo nenhum para quase tudo). As corretoras independentes são outro ótimo exemplo de ótimos serviços, com custos muito mais competitivos. Hoje existem fintechs também, que surgiram oferecendo linhas de crédito mais em conta e facilitam muito a vida das pessoas, oferecendo experiência focada na pessoa e muita competitividade no produto (crédito). E o carro? Será que você realmente precisa do carro nesse momento difícil, principalmente se você mora em uma cidade grande, onde serviços como Uber, Cabify e mesmos os taxis podem deixar tudo mais em conta?

A falta de emprego não pode ser encarada como perda total da renda. Ainda muito jovem, descobri que o emprego pode na verdade ser um limitador de renda. Trabalhar em troca de um valor acordado, sem a chance real de poder ir além, sempre me desapontou, por isso ainda muito jovem decidi empreender.

Antes de partir para uma carreira empreendedora, desistir de tudo e abrir seu próprio negócio, é importante alcançar um nível de conhecimento que garanta à empresa a mínima chance de prosperar. Conhecer detalhes como custos, concorrência e estratégia são importantes e muita gente acaba acreditando no sucesso fácil (e rápido) só porque possui disposição e vontade de trabalhar. Infelizmente, não funciona assim. O foco na solução significa que aquelas pessoas que estão sem emprego podem encontrar trabalho. Opções para gerar renda não faltam e a criatividade pode sinalizar o melhor caminho. Vender nossos talentos costuma ser bastante lucrativo.

Observe. Converse. Pesquise. Existem diversos problemas que poderiam ser resolvidos e essa solução pode valer uma boa recompensa em dinheiro. A questão é mesmo a zona de conforto e a dificuldade de se desvincular da imagem do emprego anterior para lançar-se em uma atividade incerta. Como diz o amigo Conrado Navarro, “o Não você já tem”, e se a crise chegou e detonou o orçamento, arriscar não é só uma saída: é o melhor caminho! Se você quer vencer na vida, a hora é de ser ainda mais valente e corajoso. Mais atitude e menos “mimimi”. Não fique bravo com minhas palavras, apenas erga a cabeça e vá trabalhar (fazer alguma coisa).

Manter a calma é fundamental! Respire e não se entregue ao pessimismo. Procure sempre adotar uma postura otimista e comece a vislumbrar oportunidades que podem estar escondidas dos olhos de sua família (e da maioria, provavelmente). A crise realmente chacoalhou o país, mas os dados econômicos mostram uma retomada. É fundamental não apenas sobreviver a esse período nebuloso, mas começar agora a adotar a educação financeira como um estilo de vida, independente do momento em que o país se encontra. A atitude vem primeiro; o dinheiro, depois. Até a próxima!

Fonte: Ricardo Pereira/Dinheirama.com
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(*) Emanuel Gutierrez Steffen é criador do portal www.mayel.com.br

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