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Manoel Afonso

Corporativismo político sem limites, segue a avacalhação

Manoel Afonso | 02/12/2016 10:28

DESAFIO Se o presidente Michel Temer (PMDB) não vetar, caso o Senado aprove o projeto bizarro da Câmara, o país irá culpá-lo e perderá o apoio das ruas. Mas, se vetar perderá o apoio parlamentar e seu governo vai para o beleléu. Parafraseando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso: ‘Temer – é o que temos’.

TRÁGICO É o termo que resume o final do governo do prefeito Alcides Bernal (PP). Campo Grande ‘às traças’. Ele vendeu ilusões no rádio e foi incapaz como político e gerente. Por onde passou na política só criou atritos e não agregou compartilhamentos.

O QUADRO acena com problemas futuros para o atual prefeito. A fala do conselheiro Waldir Neves (TCE-MS) sugerindo devassa pela futura administração descreve bem a situação. Enquanto isso, a população sofre contando os dias para esse suplício terminar.

PERGUNTA-SE: Quanto tempo será necessário para a nossa capital entrar nos eixos e funcionar como antes da atual gestão? Difícil responder. Infelizmente a situação do país será mais um ingrediente a dificultar essa reabilitação a médio prazo pelo menos.

DELÍRIO 57 anos no poder. Mais de 100 mil opositores mortos, entre eles intelectuais e homossexuais. Apesar da proibição de sindicatos, imprensa livre e partidos políticos, muitos insistem em cultuar a imagem do ditador cubano Fidel Castro. Tem dó, vai!

MARA CASEIRO Pela coragem assumindo posição em questões delicadas, coerência na tribuna, assiduidade e participação nas sessões e comissões parlamentares, ela é a deputada que mais se destacou em 2016 na Assembleia Legislativa. É a opinião compartilhada pela maioria dos jornalistas que cobrem aquela casa de leis.

PRESIDÊNCIA As pretensões do deputado Beto Pereira (PSDB) são legítimas, mas hoje inoportunas. O Governo não quer criar arestas políticas neste cenário de incertezas. Aí, a reeleição do deputado Junior Mochi (PMDB) para a presidência e do deputado Zé Teixeira (DEM) para a primeira-secretaria está consolidada.

‘OUTRO LADO’ Longe dos holofotes, o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa confirma as suspeitas de incoerência. Deu para criticar o impeachment da presidente Dilma e soltar farpas contra o Governo. Ora! Ele não aproveitou quando o cavalo passou encilhado. Agora é tarde.

DÚVIDAS Para o deputado estadual Pedro Kemp (PT), a reforma do ensino médio pode gerar o empobrecimento cultural dos jovens. Por exemplo: quem optar pela área de exatas não teria conhecimento sobre as questões da área de humanas. Lembra ainda que falta estrutura para implementar o projeto a curto prazo. Opinião interessante.

REFLEXÃO A postura dos colombianos neste episódio do desastre aéreo enseja aos brasileiros a oportunidade de rever atitudes comportamentais que afloram em nosso dia a dia. Que tal aprender com os ‘hermanos’ essa lição de fraternidade e sensibilidade?

UMA SEMANA depois renovo as previsões de se ajeitar a situação ao melhor estilo corporativista dos parlamentos brasileiros. O deputado estadual Paulo Corrêa (PR) foi ouvido sigilosamente pelo corregedor Maurício Picarelli (PSDB) sem a presença da imprensa, ignorando o princípio da publicidade que o ato requer. Enfim, Brasília é aqui.

O DITADO “Esperteza – quando é muita – come o dono”, do ex-presidente Tancredo Neves e citado pelo colega Dante Filho, retrata a situação em que se meteu o deputado Corrêa ao instruir o deputado Felipe Orro (PSDB) a fraudar a lista de presença de funcionários de gabinete. O azar é que o papo foi gravado. Aí caiu a máscara de probo.

SUSPEITOS Artigos de advogados na mídia criticam os abusos do Judiciário e do Ministério Público, concordando assim com o senador Renan Calheiros (PMDB). Mais um expediente corporativista (‘meu pirão primeiro’), divorciado do sentimento de indignação da grande maioria do povo brasileiro.

FRANCAMENTE... Qualquer cidadão, com ou sem leitura, conclui que é preciso criar mecanismos que efetivamente combatam a corrupção. Mas, o problema é que a classe política está envolvida até o pescoço nos negócios ilícitos, como ficou provado na Operação Lava Jato principalmente.

SERGIO MORO Aos políticos sacanas interessam crucificá-lo, o colocando na condição de vilão. Ora! A voz das ruas, excluindo-se os apaniguados do PT e Cia, discorda das manobras do senador Renan Calheiros (PMDB) e aplaude as ações daquele juiz federal.

A ODEBRECHT não fechou acordo de delação por acaso. São 77 executivos seus confessando fraudes que resultarão na devolução de R$ 6,7 bilhões. Só isso já bastaria para que a Câmara Federal não mutilasse o projeto original de 10 itens de combate a corrupção.

COMPLICADO As novas regras da lei eleitoral deixando de saia justa candidatos a vereadores vitoriosos na capital e interior. A prestação de contas da campanha seria burocrática e detalhista, dando margem a reprovação ou ressalvas da Justiça Eleitoral. Seria mais por falta de prática e organização, mas que pode custar o mandato.

TESOURA “Fazer mais com menos”. A frase do secretário Eduardo Riedel resume bem a proposta do Governo Estadual. Sindicatos e corporações de funcionários públicos precisam se conscientizar: o efeito dominó da crise nacional já chegou aqui. Aumentos de salários e outras vantagens vão ter esperar.

DIREITOS Todo mundo tem. Todos querem! Mas em certas situações não se pode ficar olhando apenas para o próprio umbigo. É preciso olhar para o desemprego, queda na produção industrial, vendas do comércio e para as placas de vende-se e aluga-se. É o que restou do ‘milagre petista’.

Pérola da semana: “A Lava Jato é sagrada”. (senador Renan Calheiros, PMDB-AL)

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