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Manoel Afonso

Eleições, Dilma e Lula no cardápio

Manoel Afonso | 11/03/2016 11:25

BEM PENSADO O deputado Marcio Fernandes deu meia volta no projeto de tentar a Prefeitura da Capital. Aos 37 anos de idade, quer aproveitar o terceiro mandato para se aprimorar politicamente. Concluiu: ousadia não pode ser confundida com precipitação.

EM ALTA Marcio mostrou prestígio na sua filiação ao PMDB atraindo as lideranças do PSDB, PSB, PRTB, PT do B, PSC, PTB e PR, 12 vereadores da capital, prefeitos e lideranças interioranas. Foi o ato de filiação que agregou o maior número de lideranças.

REFLEXOS A decisão de Marcio já produz efeitos no projeto do PMDB, com as opções de André e Marun. A outra alternativa seria uma composição com o PTB de Nelsinho Trad, esquecendo os velhos atritos que motivaram sua saída do PMDB.

APOSTAS Elas existem na defesa da tese de que a candidatura de Nelsinho atenderia não só o projeto do PMDB como também os anseios do PSDB. Quem olhar para 2018 vai entender as chances da composição destas duas maiores forças no Estado.

PSD-CACIFE: 58 vereadores, os vices prefeitos de Anaurilândia e de Corumbá, os prefeitos de Bandeirantes e Naviraí, além do deputado Marquinhos Trad. Na capital são apenas dois os vereadores: Chiquinho Teles (3.729 votos) e Coringa ( 3.127 votos).

O PILAR de sustentação do partido é o deputado Marquinhos que construiu a trajetória política baseada na capital, onde nas eleições de 2014 obteve 35.007 votos ( 8,20% dos votos válidos), sendo o mais votado, seguido por Rinaldo com 17.587 votos.

TRAJETÓRIA Iniciada para a vereança da capital de 2004 com 11.045 votos, (o mais votado). Em 2006 elegeu-se deputado estadual com 35.777 votos (5º lugar) e reeleito com a maior votação em 2010 com 56.827 votos. Em 2014 obteve 47.015 votos.

CENÁRIO É nebuloso pelo fim da aliança PMDB-PSDB, enfraquecimento do PT, pela falta de apoio político ao atual prefeito Bernal e pelo desgaste da classe política devido aos escândalos que sacudiram a capital nos últimos tempos. Tudo isso conta!

DESAFIOS de Marquinhos: Aproveitar a baixa rejeição das pesquisas para crescer no eleitorado; chegar aos 2º turno sem atritar com adversários para tê-los como aliados na fase final e montar um arco de alianças com candidatos competitivos a vereança.

E MAIS... Terá que conquistar o eleitor das classes A e B – onde tem restrições, usando de interlocutores (Nelsinho?) que navegam bem por lá. Portanto, agregar será a palavra de ordem de Marquinhos, desarmando-se e repensando alguns conceitos e posturas.

O PARTIDO Seria ele o menos importante, apenas o instrumento para viabilizar uma candidatura? “É relativo!”; na expressão de Justo Veríssimo. Partido com raízes sólidas ajuda. E neste item, Marquinhos estaria em desvantagem em relação aos concorrentes.

‘DELÍRIO’ Apesar da lei sobre o financiamento de campanhas, não se pode ser tão ingênuo imaginando uma campanha baseada no gogó e sola de sapato. Cada postulante, a seu modo, viabilizará o caixa para uma campanha complicada sob todos os aspectos.

NELSINHO Não foi para o PTB para fazer turismo. É a melhor referência administrativa para se contrapor a Bernal. Ele tem menos resistências partidárias que o irmão. As filiações ao PTB dos vereadores Edyl, Saci e Chocolate são sintomáticas.

ROSE Não pode ser comparada à ex-senadora Marisa, mas foi importante na vitória tucana na capital. Isso conta! Mas Reinaldo agirá com a razão ou coração levando-se em conta também os cargos disponíveis no pleito de 2018? A decisão ocorrerá neste dia 25.

AYACHE Cauteloso, sabe; não é hora de avançar o sinal. É novo, vai muito bem à frente da Cassems e aumentará o seu crédito para 2018. Até lá se livra do estigma de ex-petista conquistando eleitores de novas tendências. Tem futuro político sim senhor!

MAIS UM... Sempre achei que o prefeito Paulo Duarte, de Corumbá, - a exemplo de Ayache - não levava jeito próprio de um petista. Paulinho é político leve, articulado, sem aquele ranço que estamos acostumados a ver no PT, que está descendo a ladeira.

TARDE DEMAIS! O deputado Felipe Orro não ouviu as lições de seu pai? Acreditou piamente em Dagoberto e deixou o PDT decepcionado. Ora! O deputado quer reinar só para negociar as vantagens do apoio do PDT no pleito da capital. É aquele velho filme.

C. KRAMER: “Não foi o PT que inventou a corrupção”. Também não foi o Senna que inventou o automóvel, não foi o Pelé que inventou o futebol, não foi Bach o inventor da música. “É perfeitamente possível ser o melhor naquilo que os outros inventaram”.

MARCO A. VILLA: “A presidente se sustenta no vazio e aprofunda o desastre econômico. Perdeu a capacidade de governar. Quanto mais cedo sair, melhor. Não há chance de que possa se recuperar. A agonia do PT não pode ser a agonia do Brasil.”

DEMÉTRIO MAGNOLI: “Num país sério, os pedalinhos, esses singelos presentes aos netinhos de Lula, poderiam ser ignorados por policiais, procuradores e juízes...Os pedalinhos não são patrimônios, mas indícios...;chegamos a um projeto internacional que associa poder e dinheiro: a geopolítica do lulismo.”

REINALDO AZEVEDO: “Não se enganem: esses gatos pingados que se dispõem a sair às ruas em defesa de Lula e do PT estão apenas defendendo um meio de vida. Eles conseguiram, afinal, se livrar de uma maldição bíblica, não é mesmo? Ganhar a vida sem trabalhar.”

SERGIO MORO: “Não vai se mudar o sistema e a cultura se formos esperar os governos e políticos; não precisamos deles para criar a iniciativa empresarial interna contra pagamento de propina e corrupção”. (trecho de sua palestra recente em Curitiba)

“Se as empresas não pagassem as propinas na Petrobras, os partidos políticos não iriam ver isso com bons olhos.” (Paulo Roberto Costa)

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