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Manoel Afonso

Eleições estaduais & palanques presidenciais

Manoel Afonso | 24/01/2014 13:45

DISCURSOS Entre os pretendentes ao Governo do Estado, eles têm mais identidades do que diferenças. Falam em desenvolvimento, justiça social, geração de emprego com atração de indústrias e investimentos na área da saúde principalmente.

PESARÁ assim o escopo (atributos pessoais) do candidato através do arco de alianças que formar. Mas não se pode esquecer o cenário nacional e eventuais respingos de insatisfação espalhando-se como rastilho de pólvora nas ruas do país.

VAI E VEM A Copa do Mundo está sendo vista com um certo alívio porque evita a antecipação da corrida eleitoral e de consequentes gastos. Na verdade ninguém aguenta mais uma campanha longa e onerosa. Sucessão estadual exige bolsos fundos.

ENSAIOS Já vem ocorrendo. Veja as declarações generosas/acenos/ namoros entre as lideranças. O funil é de cima para baixo e visa dar sustentação aos candidatos à presidência. Atreladas, não há como separar essas duas eleições.

EVIDENTE Os dirigentes sabem: a sobrevivência dos partidos depende do Planalto. Sem espaços ficarão no sereno e sem instrumentos para o exercício da política, que é atender os anseios populares e seus compromissos de campanha.

COSTURAS Não começam nas prefeituras/câmaras, mas no Governo. Lá está o arsenal de recursos que chegam aos quatro cantos do país, fazendo a diferença. Há um conjunto de ações e conveniências que sempre pesam muito neste tipo de eleições.

PALANQUES Não há como fugir desta equação: cada candidato à presidência terá que ter seu próprio palanque em cada Estado. Aqui o desafio está posto para Aécio Neves e Eduardo Campos. Não há como imaginar outras alternativas conciliatórias.

O QUADRO Além do PT, Dilma ganhará apoio dos aliados, incluindo-se aí o PMDB, seu sócio no poder. Esse fator pesa na proporção em que André reitera sua gratidão ao Planalto e manifesta a posição ‘pessoal’ de pedir votos para a presidenta.

RISCOS Nem tudo é um mar de rosas para Dilma. Tormentas podem ocorrer na economia e nas ruas. As manifestações de junho passado e esses ‘rolezinhos’ são vistos como ameaças a estabilidade social e um perigo durante a Copa do Mundo.

SAÍDAS Maquiar a economia até é possível com concessões temporárias como nos preços dos combustíveis. Mas como reprimir manifestações sem lideranças de porte e cor partidária? Isso é como massa de pão: quanto mais apanha, mais cresce.

LEMBRETE O Governo teme a repercussão, pois a mídia poderia registrar de perto eventuais manifestações. Isso poderia ajudar o discurso que a oposição ainda não tem pronto para a campanha. Isso é como lidar com cristais; delicadíssimo.

EM CAMPO Não é por acaso que Lula já está articulando apoiamentos e pregando a convivência com aliados. Esse tenebroso caso do Maranhão vai sendo contornado pelo Planalto dada a importância de Sarney e Cia no contexto sucessório.

SEM ILUSÕES Não foi por acaso que Dilma loteou os ministérios ao assumir. Mesmo nos casos de corrupções (não punidas) ela preservou o espaço dos aliados. Ao levar Afif Domingos para o Governo visou furar o bloqueio dos tucanos paulistas.

SABEDORIA Os mineiros pregam: é preciso conviver com adversários e aliados. Sobre os últimos, comparam as rusgas de convivência no poder com aquele marido pobre – obrigado a suportar a mulher feia e rica. Ruim com ela, pior...

SINUCA A tentativa de reeleição pode ser o caminho de volta de Azambuja. Seu partido não tem a musculatura para sustentar projetos maiores. Ele não pode se fiar na votação obtida na capital em 2012 dentro de um cenário atípico.

DESGASTES Em 2012 Azambuja perdeu a eleição em Maracajú (sua referência política) com o candidato a vice da chapa encabeça pelo então prefeito Celso Vargas. Para os observadores essa derrota foi emblemática, desastrosa mesmo!

E MAIS... Dos 4 deputados estaduais, só Dione saiu-se bem com a eleição do marido em N. Andradina. Onevan foi derrotado pelo sobrinho em Naviraí, Marcio Monteiro perdeu a prefeitura de Jardim e Rinaldo apoiou Azambuja na capital.

O RECADO A cúpula tucana não aceita a tal aliança branca com o PT. Pegaria mal para o partido em outros Estados. Hoje o PSDB tem 90 vereadores e 12 prefeituras, com Sidrolândia sendo o maior colégio. Convenhamos: é muito pouco!

A PERGUNTA: O eleitor será grato ao político que reivindicou a obra e benefício, ou àquele que efetivamente materializou essa aspiração popular? Pelas placas das obras e propagandas, os dividendos caem sempre no colo do ‘paizão’ Governo.

FOTOS Há disputa acirrada dos políticos para aparecer nas que registram a entrega de obras e benefícios com recursos federais. Nelas os políticos mostram sua participação e elas serão usadas como munição/combustível durante a campanha.

BALANÇO Não foi por falta de aviso, mas a vaidade pesou mais alto. Hoje, caiu a ficha – tardiamente - de Pedro Chaves: teria sido muito melhor se tivesse ficado em casa e cuidando dos negócios. Só criou arestas que poderão repercutir no futuro.

CHAVES não imaginava o egocentrismo exagerado de Bernal que só conversa com o próprio espelho. Aliás, dizem que Bernal se deveria chamar Narciso. Pelo menos o ‘professor’ aprendeu a lição: na pratica a política é diferente da teoria.

“Se Sarney disputasse uma eleição, seus votos não encheriam um penico”. (Lula)

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