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Manoel Afonso

Junior Mochi, ponto de equilíbrio na Assembleia

Manoel Afonso | 11/11/2016 11:22

NOSTRADAMUS Não tenho seu dom, mas prevejo: o país de 2018 será outro. As delações premiadas da Odebrecht e Andrade Gutierrez cairão como meteorito no campo político. Governadores, senadores, ministros, parlamentares e figuras ilustres serão atingidos. O problema é saber: quem escapará em condições de disputar cargos?

GOSTEI O senador Pedro Chaves (PSC-MS) quer elevar a carga horária de 800 horas para 1.000 horas/ano nos horários diurno e noturno do ensino básico. Aliás, elogios não lhe faltam pela postura e conhecimento na relatoria da Comissão Mista do Congresso do Ensino Médio. Afinal, ele é o pai da matéria (educação). Não é?

PEDRO KEMP O deputado estadual do PT criticou a vitória de Donald Trump sob a ótica petista. Ora! A esquerda trata a classe média como lixo moral. Como no Brasil, a maioria americana silenciosa deu um basta daqueles! E agora - a esquerda vai ocupar a Disney, as escolas de inglês e o McDonalds?

LIÇÕES Apoio de celebridades não ganha eleição; nem pesquisas e a opinião da imprensa. O voto do pedreiro tem o mesmo valor do intelectual. Precisamos olhar as eleições americanas como aprendizes. Lá disputa-se, o perdedor não berra, aceita.

‘À FRANCESA’ Quando indagados sobre possível decisão de deixar o PT devido a crise sepulcral do partido, alguns deputados estaduais petistas preferem sutilmente dizer que “estamos analisando, conversando, é cedo para decidir, vamos ver” - e por aí afora.

ELES SABEM: O pleito de 2016 foi o aperitivo do cardápio eleitoral de 2018 que será influenciado ainda mais pela Lava Jato. Se hoje o brasileiro está consciente de que o PT é responsável pelo estado de calamidade do país, imagine no futuro que tende a ser pior.

ALERTA A renovação na Câmara Municipal da capital é um indicativo: a reeleição dos deputados estaduais e federais será difícil. Notícias ruins tem desgastado os políticos e virão candidaturas afiadas com discurso pela moralidade e transparência.

UTOPIA? O exemplo de João Dória (PSDB) em São Paulo foi bem isso. Ao perder o monopólio da moralidade, o PT abriu as portas para a ex-silenciosa classe média, onde cresce a conscientização de que os omissos não podem reclamar da situação ruim.

GRAVAÇÕES Merecem ser respeitadas pelos conteúdos avassaladores. Foi assim com o ex-prefeito de Dourados Ari Artuzzi, o ex-deputado estadual Ary Rigo, o então governador José Arruda (DF), o senador Delcídio do Amaral (sem partido), a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) com o ex-presidente Lula (PT) e o deputado Paulo Corrêa (PR) ensinando Felipe Orro (PSDB) a fraudar a folha de presença.

ABACAXI? Pode até ser para os deputados que cuidam do caso e também para os demais deputados da Casa, caso o processo vá a julgamento. Nos corredores do poder percebe-se um clima de corporativismo e cumplicidade ao melhor estilo político.

PASMEM! Vergonhosa a tendência de se desqualificar a prova – que é conteúdo do diálogo – através de acusações contra o pastor que fez a gravação. Ora! A opinião pública acompanha, critica. O castigo poderá vir nas eleições de 2018. Brincam com fogo? Quem avisa...

PERGUNTO: O que os deputados responderiam aos eventuais questionamentos dos integrantes do ‘Parlamento Jovem’ sobre o caso? Esses jovens frequentam a Casa,bem intencionados, leem jornais e agora devem estar decepcionados com seus ‘mestres’.

NÃO APRENDEM... Nas decisões recentes do Tribunal de Contas do Estado - várias condenações de prefeitos e presidentes de câmaras municipais. Como sempre, há falta licitação, comprovação de despesas com hospedagens e diárias, contratações de pessoal de forma irregular. E não é por falta de aviso.

O CAMINHO Pelo seu equilíbrio, trânsito nas bancadas e o Governo, o deputado Junior Mochi deve ser reeleito para a presidência da Assembleia Legislativa. O fato de ser do PMDB não atrapalha, ajuda na governabilidade. Tem deputados com mais mandatos do que ele, mas que não agregam. É a diferença.

OLHÔMETRO A passagem do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) por aquele parlamento deu-lhe uma visão ampla de como ele funciona. E a presença de seu fiel escudeiro – deputado José Teixeira (DEM) como secretário é a garantia contra crises e algo mais.

BALANÇO Para o senador Waldemir Moka (PMDB) foi positivo. Apesar do desgaste da legenda pelas denúncias contra vereadores da Capital e secretários do governo anterior, o partido elegeu 18 prefeitos e outros 14 aliados como vice ou compondo a chapa. Ele arregaçou as mangas e revirou esse interior.

IMAGINE o clima em Fátima do Sul com novas eleições determinadas pela justiça. O ex-deputado Londres Machado (PR) sabe: não pode perder no reduto onde iniciou sua trajetória. 

O TEMPO Até o fim do mês que vem o imaginário popular ainda discutirá os resíduos das eleições municipais. Mas, em janeiro de 2017 (está perto), o foco será as próximas eleições. Quem está no poder (ou fora dele) estará olhando o relógio cruel.

DE LONGE No noticiário, as manobras de Renan Calheiros e companhia para questionar a Lava Jato e as decisões do juiz Sérgio Moro. Olhando o quadro do glorioso Congresso Nacional, a gente lembra de um navio afundando e os ratos tentando se salvar. E as pesquisas sérias mostram: a grande maioria do brasileiro apoia a Lava Jato.

PROCURA-SE um engenheiro sério e competente para comandar a Secretaria de Obras da Capital. Nela reside o maior desafio para o prefeito eleito, Marcos Trad (PSD). A cidade está esfarelando. Imagino como estará até o início da nova gestão.

“O problema da esquerda é a insuportável superioridade moral com que olha para os demais”. (jornalista Cora Rónai)

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