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Economia

Afonso Pena do Subúrbio, Rua da Divisão é o orgulho dos moradores

Mariana Castelar | 30/04/2016 08:47
Moradores afirmam que preferem fortalecer o comércio do bairro por ser uma grande família (Foto: Marcos Ermínio)
Moradores afirmam que preferem fortalecer o comércio do bairro por ser uma grande família (Foto: Marcos Ermínio)

Conhecida como "Afonso Pena do Subúrbio", a Rua da Divisão é referência para os moradores do bairro Paraty. Rodeada de comércio, a grande parte da população que mora por lá opta em comprar tudo na região ao invés de se deslocar para o Centro da cidade.

Com uma loja de material de construção, Caroline Casarin Flávio, de 23 anos, conta que o comércio começou com os pais, antes mesmo dela nascer. O mercadinho que vendia um pouco de cada coisa, abriu quando o bairro ainda se parecia com uma fazenda e o negócio vinga por gerações. “Meus pais são falecidos e quem toca a loja sou eu e meu irmão.”

Flávia conta que grande parte dos clientes são antigos e há até casos que a fidelidade passa de pai para filho. E a proximidade também ocorre na hora de contratar os trabalhadores.

“O Wagner está aqui há oito meses, mora aqui no bairro, então já o conhecíamos. Assim, como Manoel, que faz as entregas da loja. Isso é bom porque as pessoas se sentem mais seguras e vira uma grande família. Aqui um ajuda o outro”, conta ela.

A comerciante Caroline Casarin Flávio conta que os funcionários são todos do bairro, pois além dela conhecer, os clientes se sentem mais à vontade (Foto: Marcos Ermínio)
A comerciante Caroline Casarin Flávio conta que os funcionários são todos do bairro, pois além dela conhecer, os clientes se sentem mais à vontade (Foto: Marcos Ermínio)

Sobre o comércio no bairro, os três dizem que dão prioridade ao comércio da região. “Tenho tudo aqui perto e prefiro que o dinheiro fique por aqui mesmo. Nós até chamamos aqui de Afonso Pena do subúrbio”, diz Manoel Francisco da Silva, de 37 anos.

Já Jefereson Mazieiro Medeiros, de 32 anos, conta que a sua mãe montou a empresa Lúcia Vest há dez anos e, naquela época, começou com um pequeno espaço, mas que foi crescendo com o tempo. “Muitos moradores só compram roupas aqui e há casos de gente que vem até de bairros vizinhos”.

A favor do comércio local, ele conta que a empresa é familiar e as três vendedoras contratadas pela loja são do bairro. “Quando chega o fim do ano ou alguma data que sabemos que precisaremos contratar mais gente, também damos preferência para pessoas aqui de perto”.

Pedro Ayala, de 90 anos, conta que quando mudou para a Rua da Divisão não existia praticamente nenhuma casa ou contrução. “Vim pra cá há mais de 60 anos e morava na fazenda que tinha aqui”.

Com o passar do tempo, o idoso acompanhou o crescimento do bairro e se diz muito feliz com o que vê hoje. “Tenho uma farmácia há uma quadra de casa, posso ir sozinho buscar”.

Morando há quase 60 anos no bairro, Pedro Ayala relembra da época em que morava numa casa no meio da fazenda (Foto: Marcos Ermínio)
Morando há quase 60 anos no bairro, Pedro Ayala relembra da época em que morava numa casa no meio da fazenda (Foto: Marcos Ermínio)

O mesmo acontece com a pintora Arlene Alencar, de 45 anos. Ela conta que mora na região e todo o serviço e compras faz na região. “Consigo muitos trabalhos por aqui e se preciso de farmácia, mercado, academia tenho pelo mesmo preço, ou às vezes até mais barato que lá no centro, então fico muito tempo sem ir até lá”

Morando em outro local, mas vendo na região um bom ponto para o comércio, o vendedor da loja Silva Móveis Usados, Diego da Silva, de 27 anos, conta que o proprietário montou o comércio há cerca de oito meses na Rua da Divisão exatamente por ser um ponto de movimento.

Funcionando há oito meses, Diego diz que as vendas estão execelentes e não há do que reclamar. “Temos venda pela internet, mas os moradores compram e também trazem objetos para vender com muita frequência. Estamos satisfeitos”.

Vendedor da loja de moveis usados, Diego conta que nem ele nem o proprietário moram na região, mas viu no bairro uma oportunidade de negócio (Foto: Marcos Ermínio)
Vendedor da loja de moveis usados, Diego conta que nem ele nem o proprietário moram na região, mas viu no bairro uma oportunidade de negócio (Foto: Marcos Ermínio)
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