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Economia

Alimentação derruba inflação de março para 0,1% em Campo Grande, aponta IPC/CG

Fernando da Mata | 03/04/2012 10:01

Inflação acumulada nos três primeiros meses de 2012 na Capital chega a 1,24%. Nos últimos 12 meses, acúmulo é de 5,33%.

Queda no preço da carne foi determinante para o índice baixo de março (Foto: João Garrigó)
Queda no preço da carne foi determinante para o índice baixo de março (Foto: João Garrigó)

O grupo alimentação foi o que mais contribuiu para a queda da inflação de março em Campo Grande, que fechou o mês em 0,1%, de acordo com o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande). O índice do mês passado foi divulgado nesta terça-feira (3), pela Universidade Anhanguera-Uniderp.

Desde o início do ano, o índice segue trajetória descendente. Em janeiro, a inflação registrada foi de 0,83% e em fevereiro, de 0,31%.

O coordenador do IPC/CG, Celso Correia Souza, destacou que o patamar mais baixo já era esperado, principalmente por conta da sequência de deflações do grupo alimentação, que fechou março em -0,55%. Em março, a queda nos preços da carne bovina e suína foi determinante.

“Apesar dos aumentos do gás em botijão, das passagens de ônibus urbano e intermunicipais, a inflação teve um baixo índice, indicando que está sob controle e, que ao longo do ano de 2012, certamente, convergirá para o centro da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 4,5%”, analisou Souza.

A inflação acumulada nos três primeiros meses de 2012 em Campo Grande chega a 1,24%. Nos últimos 12 meses, é de 5,33%.

Dos sete grupos que compõem o IPC/CG, segundo a Anhanguera-Uniderp, dois tiveram deflações além da alimentação: saúde (-0,60%) e vestuário (-0,19%). Os demais apresentaram inflações: habitação (0,50%), transportes (0,59%), educação (0,19%) e despesas pessoais (0,41%).

A maior contribuição positiva para a inflação foi do grupo Habitação, de 0,16%, e a maior negativa foi a do grupo Alimentação, de (-0,14%). As contribuições são diretamente proporcionais aos índices com as respectivas ponderações.

Alimentação-A deflação no grupo alimentação é um reflexo da quedas de preços, principalmente, da carne bovina e suína.

Os cortes de carne bovina que baixaram de preços foram: patinho (-5,59%), contra-filé (-4,60%), alcatra (-4,58%) e coxão mole (-3,21%). Em relação à carne suína, baixou de preço a costeleta (-6,99%).

Além do mais, conforme análise do pesquisador da Anhanguera-Uniderp, José Francisco dos Reis Neto, esse grupo tem um comportamento especial devido a fatores climáticos ou a sazonalidade de alguns de seus produtos, principalmente, no setor de legumes e hortaliças.

“Alguns produtos aumentam ao término da sua safra, outros diminuem quando entram na safra. Assim, os produtos que mais pressionaram a inflação para cima foram o abacaxi, laranja pêra, manga e melancia. Por outro lado, alguns itens desse grupo tiveram quedas de preços significativas, como goiaba, limão, batata e costeleta suína”, comentou Neto.

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