ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 22º

Economia

Apesar de incomum, protesto da dívida ativa tem base legal em lei

Priscilla Peres | 24/11/2014 15:54
Secretário diz que procedimento é lento, mas dentro da lei. (Foto: Marcelo Calazans)
Secretário diz que procedimento é lento, mas dentro da lei. (Foto: Marcelo Calazans)

A prefeitura de Campo Grande buscou respaldo em uma lei aprovada em 2012 para aumentar a arrecadação e conseguir arcar com os gastos mensais, por meio do protesto em cartório de empresas inscritas na dívida ativa. A lei federal 9.492/97 torna legal a execução da dívida apesar de o recurso ser pouco utilizado pelo poder público.

Na semana passada, a prefeitura publicou o decreto n.° 12.494 em que permite que seja feita a cobrança extrajudicial das dívidas, como forma de contribuir para "o controle e a eficiência da arrecadação dos créditos de natureza tributária e não tributária".

De acordo com o advogado André Borges, antes de 2012 havia muita discussão em torno do tema que julgavam a ação como um exagero do poder pública, porém em 2012 houve uma pacificação e a lei nº 12.767, acrescentou o parágrafo único no artigo 1° da lei nº 9.492 /1997, em que inclui os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas.

"É uma novidade protestar essas dívidas, em 25 anos de profissão eu nunca vi o poder público tomar essa atitude. Mas ela não é inconstitucional, está totalmente dentro da lei", explica o advogado André Borges. Ele lembra que a operação de protesto em cartório é eficiente e gera pouco ou nenhum custo a quem executa.

De acordo com o secretário de Receita, Ricardo Vieira Dias, o método é o mais fácil de recebimento, pois a cobrança extrajudicial não tem custo para a prefeitura e benefícios para o cartório que o faz. O que evidencia que o prefeito Gilmar Olarte (PP) tem adotado medidas para aumentar a receita do município e sair da crise em que está.

Após a publicação do decreto que autoriza a cobrança, agora a prefeitura faz estudos para levantar a quantia de empresários com débitos econômicos e em breve irá publicar o convênio com cartórios. "É um processo lento, estamos cumprindo etapa por etapa", diz o secretário de Receita.

Nos siga no Google Notícias