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Economia

Aposentados receberão aumento até agosto, prevê ministro

Redação | 15/06/2010 21:12

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vacarezza (PT-SP), disse hoje que, ao conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, opinou que seria um desgaste desnecessário para o governo vetar o reajuste de 7,7% para aposentados e pensionistas e enviar outra medida provisória com um percentual menor de aumento.

Desde janeiro, os aposentados e pensionistas recebem benefícios reajustados em 6,14%. Como o índice de 7,7% é retroativo, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, afirmou que a diferença será paga e a expectativa é que isso aconteça até agosto.

Vaccarezza disse que os parlamentares não aprovariam um reajuste menor, porque, segundo ele, a votação da nova medida provisória ocorreria antes das eleições. "Se não tivesse condições de manter a responsabilidade fiscal, o presidente não teria mantido o reajuste e iríamos para um enfrentamento que seria desgastante. Deixei claro para o presidente que não temos condições de ter nenhuma votação abaixo de 7,7% no Congresso. Seria um equívoco", afirmou.

Vacarezza participou até o início da tarde de uma reunião com o presidente Lula e integrantes da equipe econômica, quando o presidente decidiu sancionar o reajuste de 7,7%. O índice original proposto pelo governo foi de 6,14%.

Apesar da decisão de Lula contrariar as recomendações da equipe econômica, que pediu o veto do reajuste aprovado no Congresso, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que serão feitos cortes no Orçamento da União para que o reajuste não comprometa o equilíbrio fiscal. "Vamos garantir o equilíbrio fiscal, a solidez das contas públicas e a obtenção do superávit primário, portanto, a medida se equilibra com os cortes", disse.

Mantega disse que serão feitos cortes no valor de R$ 1,6 bilhão no custeio e também em emendas parlamentares. Questionado se os cortes nas emendas seriam uma retaliação aos parlamentares que aprovaram um percentual de reajuste maior do que os 6,14% propostos pelo governo, o ministro negou. "Se o Congresso fez essa opção, também se responsabiliza por ela, então todos dão sua contribuição e o Congresso dará sua contribuição".

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