ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 19º

Economia

Aprovada no Senado, universalização do Simples beneficia 100 mil empresas em MS

Luciana Brazil | 17/07/2014 16:02

A diretoria da ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande) voltou satisfeita de Brasília (DF), na noite de ontem, onde o Senado, depois de muita pressão, aprovou por unanimidade o projeto que prevê a “universalização do Super Simples”. Parlamentares se negavam a votá-lo por desordem na pauta. Houve pressão e articulações políticas, inclusive da bancada de Mato Grosso do Sul. Depois de muita insistência, os senadores deram anuência às alterações na Lei Geral da Micro e Pequena Empresa. A estimativa é que cem  mil empresas sejam beneficiadas em Mato Grosso do Sul.

“Tivemos que pressionar e fazer articulações conjuntas para conseguir essa aprovação. Até às 18h30, os senadores ainda se negavam a votar. Inclusive, a nossa perspectiva era até que perderíamos a viagem. Mas conseguimos e é uma vitória. Avançamos onde foi possível”, comemorou o 1° secretário da ACICG, Roberto Oshiro.

A principal vitória foi a inclusão de todas as categorias no Simples Nacional, incluindo profissionais liberais. O modelo unifica oito impostos- federais, estaduais e municipais- em um único boleto e reduz em até 40% a carga tributária das empresas.

Agora, os tributos federais são recolhidos de acordo com o teto nacional, de R$ 3,6 milhões. Já os tributos estaduais são regidos pelo teto de R$ 1,8 milhão. Com a alteração na Lei Geral, ao invés de utilizar o critério da categoria do empreendimento, a regra em discussão considera o seu faturamento.

Conforme o Senado, 140 categorias serão favorecidas, entre elas profissionais liberais – serviços advocatícios, médicos, assessoria de imprensa, entre outros.

Entretanto, pelo texto, alguns setores continuarão excluídos do regime, como armas, bebidas alcoólicas, refrigerantes, águas gaseificadas e sucos concentrados.

Também houve a atualização da tabela de tributação, que segundo Oshiro já estava defasada. Além disso, o texto também reduz o número de empresas impactadas de 2 milhões para cerca de 400 mil, ao fixar o limite quanto à incidência da Substituição Tributária do ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

As alterações na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas promoverão o incentivo da formalização, competitividade, emprego e renda, o que beneficiará milhões de empresários no país.

O projeto já passou pela Câmara e vai à sanção da presidente Dilma Rousseff (PT). Pelo projeto, as novas regras entram em vigor após 90 dias da sanção da lei.

O secretário lembrou também que se o projeto não fosse votado hoje, não seria mais neste ano. "Agora haverá o recesso e depois vem as eleições, não haveria outro momento", afirmou. 

Nos siga no Google Notícias