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Economia

Banco tem R$ 351 mi para crédito e desafio de motivar empresas a investir

Caroline Maldonado | 09/06/2016 11:45
Banco do Brasil e entidades assinaram termo de cooperação na manhã de hoje (Foto: Caroline Maldonado)
Banco do Brasil e entidades assinaram termo de cooperação na manhã de hoje (Foto: Caroline Maldonado)

O Banco do Brasil e entidades que representam os setores empresarial, industrial e agropecuário assinaram na manhã de hoje (9) termo de cooperação para liberação de R$ 351 milhões em crédito. O recurso é parte dos R$ 1,19 bilhões disponibilizados pelo FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) para 2016. O desafio é agilizar as contratações, pois houve certo atraso no ritmo das negociações e o setor empresarial se mostra receoso em função da situação econômica do país.

O atraso se deve a elevação de juros em dezembro de 2015 que inibiu as contratações. Após esforços das entidades representativas e do Governo do Estado, as taxas foram reduzidas a patamares mais vantajosos e o momento é de oportunidades para quem quer investir, segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.

“Esperamos que o montante total disponibilizado pelo FCO para este ano seja aplicado até o fim de setembro e não sobre recurso. No ano passado, utilizamos todo o valor e ainda pegamos parte que sobrou do Distrito Federal. O importante é mostrar aos empresários que o recurso existe e agilizar as aplicações”, explicou o secretário.

De fato, além de acelerar os financiamentos, é preciso chamar a atenção dos empresários para as possibilidades, na avaliação do presidente da Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul), Edson Araújo. “O que emperra muitas vezes é a falta de documentação. Precisamos mostrar, principalmente ao segmento do comércio e do turismo, que há recurso”, comentou.

Dos R$ 351 milhões liberados hoje, R$ 106 milhões são para produtores rurais, cujo setor tem mostrado mais facilidade na efetivação das contratações. Durante a assinatura, o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Maurício Saito, destacou um dos segmentos. “Quero destacar a avicultura, que precisa que sejam agilizados os recursos que são em torno de 20% do total”.

Tambem participaram da solenidade de assinatura do termo o presidente da Fiems (Federação das Indústrias de MS), Sérgio Longen; presidente da Faems (Federação das Associações Empresariais de MS), Alfredo Zamlutti e o presidente da Biosul (Associação dos Produtores de Bioenergia do MS), Roberto Hollanda.

Alfredo Zamlutti aproveitou para pedir atenção especial ao segmento do turismo, que tem aproveitado pouco dos recursos disponíveis para investimento. “A dificuldade é que não há um regramento. O empresário quer investir, mas tem receio ao ver outros investindo sem atentar a qualquer legislação”, disse. O presidente da Faems defende a incorporação do turismo a pasta de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, como forma de impulsionar o segmento. 

Juros – O recurso do FCO prevê, para os adimplentes, taxas de 9,5% a 11% ao ano para empresários de pequeno a grande porte. No âmbito rural, os juros são de 6,5% para os pequenos e não passam de 7,25% ao ano, ao grandes investidores. Além disso, os clientes contam com outras linhas de crédito oferecidas pelo Bando do Brasil, instituição que concentra maior parte das contratações em MS.

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