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Economia

BC não aceita "absorver desequilíbrio" de outro país

Redação | 10/10/2010 20:57

O Brasil não aceitará absorver desequilíbrios das economias de outros países, disse hoje (10) o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles. Segundo ele, essa será a posição que o país levará ao encontro de chefes de Estado do G20 no próximo mês em Seul, na Coreia do Sul. O G20 reúne as 20 maiores economias do mundo.

De acordo com a BBC Brasil, o presidente do Banco Central afirmou que o Brasil não porá em risco a estabilidade econômica por causa de outros países. "O Brasil fez a sua parte para o reequilíbrio global, não está adicionando desequilíbrio ao mundo. Muito pelo contrário", disse Meirelles, em Washington, durante o encerramento da reunião anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Assim como o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do BC defendeu uma solução coordenada para os desequilíbrios cambiais. "Trabalhamos em um âmbito global, achamos que a solução passa certamente por uma discussão global, mas independentemente disso, o Brasil toma as suas providências para proteger a sua economia", disse Meirelles.

Os desequilíbrios entre as moedas de diversos países, batizados de "guerra cambial" pelo ministro Guido Mantega, foram o tema central da reunião na capital americana. Muitos países são acusados de desvalorizar a moeda para tornar as exportações mais baratas e competitivas no mercado internacional, prejudicando as economias com moedas mais valorizadas.

Os ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais reunidos na capital norte-americana buscavam um comprometimento com uma ação global e coordenada para resolver o problema. As discussões terminaram sem muitos avanços e serão levadas para a reunião do G20. No entanto, ficou decidido que o FMI deverá reforçar a supervisão do sistema financeiro internacional, por meio de relatórios sobre do impacto de medidas cambiais e fiscais de cada país sobre outras economias.

Um dos principais alvos das críticas é a China, acusada principalmente pelos Estados Unidos de manter sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada. O Brasil, porém, tem concentrado as críticas nos Estados Unidos, acusado pelo governo brasileiro de provocar desequilíbrios ao aumentar a emissão de dólares, o que torna a moeda norte-americana mais barata.

"Hoje, o desequilíbrio mais importante é a expansão monetária norte-americana, usada para combater o baixo crescimento e o desemprego ainda elevado nos Estados Unidos", disse Meirelles. "

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