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Economia

Cadastro de bons pagadores vai “baratear” preço para consumidor

Paula Maciulevicius | 18/05/2011 20:21

Clientes inclusos no Cadastro Positivo vão comprar com até 30% a menos de juros, explica CDL

Na hora de pagar, a consulta não vai ser pelo nome “sujo” , mas pelo Cadastro Positivo de compradores. (Foto: Arquivo)
Na hora de pagar, a consulta não vai ser pelo nome “sujo” , mas pelo Cadastro Positivo de compradores. (Foto: Arquivo)

Comprar pagando menos é o desejo de todo consumidor e para os “bons” pagadores isso pode ser realidade já nos próximos dias. As compras a crédito podem ter até 30% de redução nos juros para aqueles que não têm problema de inadimplência.

A boa notícia tanto para consumidores como comerciantes, vem do projeto de lei aprovado no Senado nesta tarde, que cria o cadastro de bons pagadores, o chamado Cadastro Positivo.

Ele poderá ser consultado para movimentações financeiras de cartão de crédito, banco, comércio em geral, tudo de transação comercial, até água, luz, telefone e fornecimento de gás. A ideia é que o consumidor que paga contas em dia tenha acesso a taxa de juros mais baixos e diminuir a inadimplência.

Se antes os bons consumidores “pagavam” pelos inadimplentes, o projeto traz uma condição diferenciada para a pessoa que paga certo. Segundo o presidente da CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas) e comerciante Ricardo Kuninari, o valor reduzido nas taxas de juros vai depender de cada empresa, mas a redução pode ser de até 30%.

Comércio vai poder consultar nome de “bons” pagadores e consumidor vai sair ganhando. (Foto: Arquivo)
Comércio vai poder consultar nome de “bons” pagadores e consumidor vai sair ganhando. (Foto: Arquivo)

“A redução fica em aberto, mas é certo que é um bom ganho para consumidores. A redução que podemos ter fica entre 20 e 30 % para os que pagam em dia”, revela.

A repercussão no comércio é vista como positiva. Hoje a única coisa que os comerciantes podem saber é se o nome do cliente está “sujo” ou não. Para o gerente do SPC (Serviço de Proteção do Crédito), Valdineir Ciro de Souza, não ter o histórico do consumidor afeta os próprios compradores que acabam pagando da mesma forma que aquele que tem restrições no comércio.

“Com nome sujo ou não, os consumidores tem que se sujeitar ao que o fornecedor impõe. Porque o comércio embute nas taxas de juros a possibilidade de inadimplência”, explica Ciro.

A partir de sancionado, o cadastro vai informar o comportamento e as compras pagas pelo consumidor ao longo dos anos.

“Cria-se um consumidor livre da diferença de juros, de acordo com o comportamento da pessoa. Essa é a grande mudança do comércio com a lei, é o consumidor vendo que o juros dele não pode ser igual àquele que tem dificuldade e atrasou”, ressalta.

O funcionamento vai depender da normatização imposta pelo governo. O SPC aguarda a regulamentação para implementar o cadastro positivo. Segundo Ciro, a dúvida é quanto à definição de limites a ser respeitado na situação.

O cadastro deve ser sancionado pela Presidência da República, em 15 dias, para a alegria dos “bons” compradores.

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