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Economia

Camelôs melhoram lucratividade com linhas de crédito

Redação | 06/11/2010 08:42

Por meio de uma parceria com o Sicredi, os comerciantes do Camelódromo de Campo Grande estão aumentando a lucratividade e o capital de giro, com as linhas de crédito especiais disponibilizadas.

Após três meses em funcionamento, o sistema já mudou a vida de muitos dos 1200 trabalhadores espalhados nos 486 boxes do centro comercial.

A cooperativa passou a financiar até R$ 15 mil com prazos e taxas diferenciadas. A comerciante Maria José Arruda conta que através do empréstimo, aumentou em 10% a variedade de produtos oferecidos em seu box de eletrônicos e sua rentabilidade cresceu pelo menos 50%.

"Demorava um mês para buscar produtos e hoje, faço de 15 em 15 dias", comemorou.

Segundo o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Logistas), Ricardo Kuninari, os trabalhadores necessitam de capital de giro "e linhas de crédito para se inserirem no sistema financeiro e criar novas possibilidades".

Foi o caso de Ayran de Arruda, filho de Dona Maria José, que há menos de um mês adquiriu seu próprio box e agora já pode pensar em fazer uma faculdade.

"Finalizei o ensino médio e não tinha perspectiva alguma. Com o empréstimo, minha mãe incentivou a ter o meu negócio e em pouquíssimo tempo, já tenho fiéis clientes", festejou o rapaz de 20 anos, que pretende cursar Educação Física.

Segundo o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes, Vicente Reinaldo Peixoto, passam pelo Camelódromo de 3 a 7 mil pessoas por dia.

O cooperativismo colabora para o progresso individual e coletivo de mais de 4,2 milhões de associados no Brasil, pelo menos 1,5 milhão pertencente ao Sicredi. Mais de 60 mil associados são de Mato Grosso do Sul.

Segundo o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras, são 16 cooperativas de crédito no Estado, mas o Sicredi é o único a possuir um projeto voltado a este público.

A instituição também instalou um "pague fácil" nas dependências do centro comercial, com o objetivo de "agilizar" o cotidiano dos trabalhadores. Estão sendo pagos entre 50 e 90 boletos por dia.

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