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Economia

Desejo de Ano Novo que pesa no bolso: churrasco vai deixar a ceia mais “salgada”

Paula Maciulevicius | 31/12/2011 17:22

“Está caro, mas a gente trabalha o ano todo que um dia tem que abrir mão”. (Foto: Simão Nogueira)
“Está caro, mas a gente trabalha o ano todo que um dia tem que abrir mão”. (Foto: Simão Nogueira)

Entre os preparativos do Ano Novo, os consumidores pareciam não se importar com o aumento no preço do quilo da carne vermelha. Grande parte dos campograndeses saíram de casa hoje dispostos a pagar o que for e levar para casa um bom corte de picanha.

E a prova disso era o Mercadão, as prateleiras dos açougues estavam vazias.

“De um mês para cá que veio subindo, está a R$25,70 o quilo da picanha, por exemplo. Mas não tem sobrado não, até falta”, conta aos risos o açougueiro Luiz Carlos Vasconcelos Navarros.

No meio de cotoveladas, consumidores buscavam liquidar os últimos cortes. “Nossa, mas aumentou mesmo. Estou levando para o Ano Novo e vai ficar salgado, mas não tinha como não levar. O que a maioria quer é carne”, relata a funcionária pública Kátia de Oliveira, 31 anos.

No Mercadão, mal o relógio deu 11h da manhã e as prateleiras estavam assim, vazias. (Foto: Simão Nogueira)
No Mercadão, mal o relógio deu 11h da manhã e as prateleiras estavam assim, vazias. (Foto: Simão Nogueira)

Só a carne vai “roubar” do orçamento previsto para a ceia de Kátia, R$ 200. “No final acho que ia dar a mesma coisa, um pouco mais”, diz comparando caso seguisse o jantar tradicional, com carne branca.

A explicação da alta, segundo o gerente de açougue Miguel de Paula Freitas, vem do aumento da procura pelo produto, em especial o corte de picanha.

“É que no final do ano a tendência é essa de subir. Cresce o consumo e quando tem oferta tem um preço, quando não tem já sobe”, resume.

No estabelecimento onde gerencia em poucos dias de R$19,90 o quilo da picanha subiu para R$ 22,90. O frequente aumento no preço fez até com que ele precisasse avisar os clientes do valor com um papelão.

Quem sentiu mesmo no bolso a alta da carne foi a aposentada Margarida da Rocha, 60 anos. O filho é quem abastece a casa com cortes. “Ele traz de fora porque compensa mais”. No entanto, agora para a chegada do novo ano, ela teve de tirar do próprio bolso para arcar com a ceia.

“Está caro, com certeza, deu uma subida boa, mas a gente trabalha o ano todo que um dia tem que abrir mão”, fala brincando.

A frequência de aumento no preço da carne levou açougue de conveniência a mudar o valor num papelão. De R$19,90 foi para R$22,90. (Foto: Simão Nogueira)
A frequência de aumento no preço da carne levou açougue de conveniência a mudar o valor num papelão. De R$19,90 foi para R$22,90. (Foto: Simão Nogueira)
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