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Economia

Carne volta a pesar no bolso e setembro registra forte inflação

Aline dos Santos | 05/10/2012 09:30
Maioria dos cortes de carne registrou alta no mês passado. (Foto: Minamar Júnior)
Maioria dos cortes de carne registrou alta no mês passado. (Foto: Minamar Júnior)

O mês de setembro pesou no bolso dos consumidores campo-grandenses. A inflação foi de 0,64%, muito acima da registrada em agosto, quando o índice chegou a 0,49%. E o cenário não é dos mais animadores, pois a chegada do fim do ano acelera o consumo.

“A tendência é de que continue em alta nos próximos meses”, avalia o coordenador do núcleo de pesquisa da Anhanguera/Uniderp, Celso Correia de Souza.   A universidade divulga o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de Campo Grande. Neste ano, somente em janeiro a inflação foi maior do que em setembro. No primeiro mês do ano, o índice foi de 0,83.

O grupo que mais contribuiu para a elevação da inflação foi Alimentação, com 0,51%. Os grupos Educação, Saúde e Transportes tiveram contribuições zero para a inflação. Já os grupos Habitação, Despesas Pessoais e Vestuário tiveram contribuições pouco significativas.

Vilão no mês de setembro, o grupo alimentação apresentou forte inflação de 2,06%, devido aos aumentos de preços da maioria dos cortes de carne bovina, reflexos da forte estiagem no Estado nos últimos meses, prejudicando as pastagens naturais.

“Com a entrada no mercado do boi gordo de confinamento, normalmente os preços tendem a subir, motivados pelos altos custos da ração e hospedagem dos animais. A partir das grandes perdas de milho e soja ocorridas no Meio Oeste Americano, a presente situação não deve apresentar melhoras, e os aumentos de preços neste seguimento devem continuars”, explica o o pesquisador José Francisco Reis Neto.

No item carnes, a maioria dos cortes registrou altas de preços, como o contrafilé (8,78%), ponta de peito (7,45%), paleta (7,19%) e filé mignon (5,62%).  Dois cortes tiveram queda: lagarto (-1,96%) e picanha (-1,01%).

No ano, a inflação acumulada em Campo Grande é de 3,64%, ultrapassando o centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que para o ano de 2012 é de 4,5%.

O IPC/CG é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. Busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

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