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Economia

Com alta no preço do gás, inflação em Campo Grande sobe e fica em 0,57%

Liana Feitosa | 07/10/2015 12:37
Os itens que mais contribuíram para a alta da inflação em setembro foram o gás em botijão (0,24%), gasolina (0,11%), batata (0,09%) e contrafilé (0,03%). (Foto: Arquivo / Campo Grande News)
Os itens que mais contribuíram para a alta da inflação em setembro foram o gás em botijão (0,24%), gasolina (0,11%), batata (0,09%) e contrafilé (0,03%). (Foto: Arquivo / Campo Grande News)

Diferente do levantamento divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quarta-feira (7), a inflação registrou alta em Campo Grande em setembro, ficando em 0,57%, segundo o IPC/CG (Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande), divulgado mensalmente pelo Nepes (Núcleo de Pesquisas Econômicas), da Uniderp.

O índice ficou bem acima do registrado em julho, que foi de 0,31%. Com isso, a inflação de setembro é a 6ª maior do ano. Ao compararmos o número com setembro de 2014, que foi de 0,25%, o indicador de 2015 ficou 0,32% acima.

Peso - O grupo Habitação foi o principal responsável para a alta na Capital, com 0,70%. Em seguida, pressionaram a inflação os grupos Alimentação (1,15%), Transportes (0,90%), Educação (0,24%) e Saúde (0,11%). De acordo com o pesquisador da Uniderp, Celso Correia de Souza, coordenador do Nepes, os dois primeiros grupos colaboraram com 0,23% para a inflação de setembro na Capital.

"Essa tendência de elevação é preocupante tanto pelo lado do consumidor, que perde poder aquisitivo, quanto pelas autoridades monetárias, preocupadas com essa vigorosa escalada da inflação", avalia.

Variação - "O grupo Alimentação começa a preocupar novamente e os motivos de sua alta tem sido o clima, a elevação do dólar frente ao real e a aproximação do final de ano, em que normalmente o consumo de alimentos é maior”, completa o professor. Já os grupos Despesas Pessoais (-0,53%) e Vestuário (-0,05%) registraram deflação.

No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação em Campo Grande é de 9,82%, bem acima do teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é de 6,5%. No acumulado do ano, a inflação chegou a 8,18%.

Itens - Os itens que mais contribuíram para a alta da inflação em setembro foram o gás em botijão (0,24%), gasolina (0,11%), batata (0,09%) e contrafilé (0,03%).

Já os itens que mais ajudaram a segurar a inflação nesse período com contribuições negativas foram a energia elétrica (0,08%), tênis (0,05%), arroz (0,03%) e tomate (0,03%).

Meta - Para Celso, o retorno da inflação ao centro da meta estabelecido pelo CMN só deverá ocorrer em meados de 2016, caso as medidas do governo surtirem efeito.

"As medidas heterodoxas adotadas (no passado) pelo atual governo, com crédito fácil a juros baratos subsidiados pelo governo para incentivar o consumo, não incentivando a poupança interna, fez com que o endividamento do consumidor crescesse muito", contextualiza.

"Desse modo, é necessário o retorno à ortodoxia, mantendo os juros mais elevados, diminuindo a quantidade de créditos ofertados, fazendo diminuir o consumo. Com isso, a inflação deve ceder,” avalia o pesquisador.

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