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Economia

Com Carnaval na porta, comida e cerveja são formas de aumentar renda

Mariana Rodrigues | 09/02/2016 08:00
Beth Terras vende caldos e cerveja em casa, durante o Carnaval. (Foto: Marcos Ermínio)
Beth Terras vende caldos e cerveja em casa, durante o Carnaval. (Foto: Marcos Ermínio)

Em uma época que todo mundo reclama da crise e do desemprego, há quem encontre oportunidades para garantir ou até aumentar a renda em tempos de Carnaval. Em Campo Grande, a movimentação dos blocos de rua e dos desfiles das escolas de samba estão rendendo dinheiro extra para moradores das regiões onde ocorrem a folia.

Nas imediações da Orla Ferroviária, ocorreu o desfile do Cordão Valu no fim de semana, essa movimentação rendeu bons lucros para quem decidiu aproveitar a folia como uma forma de ganhar dinheiro. Este é o caso da atriz e produtora teatral Beth Terras, 56 anos, ela mora na rua onde o bloco passa e isso não a incomodou, pelo contrário, ela fez disso um negócio.

Desde o ano passado ela faz caldos para vender durante a passagem dos blocos na rua onde mora, Doutor General Melo. São duas opções, os veganos e o caldo de feijão, que custam R$ 4 e R$ 3,50 respectivamente. "Esse ano aumentou as vendas com relação ao ano passado e é um jeito que encontrei de aumentar a renda". Beth reclama que os produtos que compõe a receita estão muito caros, por isso ela teve que aumentar em R$0,50 o valor de cada um dos caldos este ano. Além dos caldos, ela aluga o banheiro de sua casa para as foliãs pelo valor de R$ 2.

Gilmar Vicente apostou na venda de bebidas e faturou R$ 700 em um dia. (Foto: Marcos Ermínio)
Gilmar Vicente apostou na venda de bebidas e faturou R$ 700 em um dia. (Foto: Marcos Ermínio)

Ela conta que no sábado (6), primeiro dia do bloco, faturou R$ 192, no segundo dia esse valor aumentou para R$ 276 e hoje (8) ela espera faturar ainda mais com as vendas. "As pessoas já sabem onde tem o caldo, por isso vem direto aqui", afirma.

O funcionário público Gilmar Vicente de Lima, 38 anos, optou por vender bebidas. Ele também mora na região da Vila dos Ferroviários e em apenas um dia faturou R$ 700. Essa é a primeira vez que ele aposta no Carnaval para as vendas.

O investimento inicial foi de R$ 1 mil. "No primeiro dia não consegui vender pois estava trabalhando. Mas no segundo dia consegui pagar o que tinha investido e ainda me sobrou R$ 700 de lucro. Se tivesse conseguido vender nos dois dias de festa, esse lucro teria sido maior", comemora.

Gilmar conta que hoje vai pegar as bebidas que sobraram e vai tentar vender na região da Praça do Papa, onde acontece o desfile das Escolas de Samba da Capital. "Agora, o que vier é lucro".

Roberto Carlos dos Santos acredita que este ano as vendas serão melhores que no ano passado. (Foto: Marcos Ermínio)
Roberto Carlos dos Santos acredita que este ano as vendas serão melhores que no ano passado. (Foto: Marcos Ermínio)

Pensando também em aumentar a renda, Aparecida Batista, 54 anos, pegou seu carro e foi vender tapioca para os foliões. Geralmente as vendas são feitas na Praça do Imigrantes, mas ela viu no Carnaval uma forma de faturar mais. "Tenho tapiocas doces e salgadas e o que vender é lucro".

Já na região o Lar do Trabalhador, onde ocorre os desfiles das escolas, a expectativa é grande por conta dos moradores. Hoje é o primeiro dia e muita gente já se preparou aumentando o estoque para receber o público. Roberto Carlos dos Santos, proprietário de uma lanchonete, estima aumentar em até 80% as vendas deste ano. "Estava com medo por causa da chuva, mas agora acredito que as vendas vão aumentar, tanto que já aumentei o número de funcionários".

Isaias de Jesus Aguilera, 40 anos, está desempregado, por isso decidiu vender bebidas durante o desfile. "É a primeira vez que vendo durante o Carnaval. Como estou desempregado, faço bicos para pagar as contas e agora decidi vender bebidas para garantir um dinheiro extra", conta.

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