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Economia

Com dólar a R$ 4,30, orientação é comprar aos poucos e garantir viagem

Caroline Maldonado | 22/01/2016 10:32
Compra gradativa do dólar é maneira de garantir viagem (Foto: Reuters)
Compra gradativa do dólar é maneira de garantir viagem (Foto: Reuters)

Quando as oscilações da cotação do dólar eram mais suaves, os economistas e agentes de turismo costumavam orientar os clientes com mais confiança quanto ao momento certo de comprar a moeda. Agora, com o dólar a R$ 4,30 nas casas de câmbio de Campo Grande, não dá para prever o que pode ocorrer nos próximos dias, mas para não deixar quem pretende viajar amedrontado, a orientação é “comprar aos poucos”, uma forma de não desistir dos planos por medo.

Ontem (21), o dólar subiu 1,47% e fechou o dia cotado R$ 4,166, na venda. Esse foi o maior valor desde a criação do Real, em 1994. A cotação é de um “dólar virtual”, na avaliação do economista Moacir Camargo, da Parmetal Distribuidora de Títulos e Valores Imobiliários. Isso, porque o valor chega a ser R$ 0,14 mais alto nas casas de câmbio.

“Esse preço é diferente do preço de tela, porque o dólar papel tem um fluxo logístico ao sair do banco. A moeda passa por carro-forte e depois é direcionada para os bancos e corretores e isso acrescenta um custo e ainda tem que ter o lucro. Então, o dólar comercial que você vê é um dólar virtual, que só serve para pagar operações de importação e exportação, só sai de uma conta para outra”, explica Moacir.

Viagem - O economista orienta a compra gradativa da moeda para quem tem planos de médio e longo prazo no exterior. “Eu recomendaria para quem quer viajar de lua de mel, férias ou quer fazer poupança para o filho estudar fora, que vá comprando aos poucos. Mantenha uma política de compra, que vai conseguir fazer o melhor negócio, porque talvez chegue o dia em que a cotação fique em R$ 4,50 ou R$ 4,80”, aconselha o economista.

A alta da moeda influencia cada vez mais a compra de pacotes internacionais de viagens, mas, ainda assim, as pessoas não deixam de viajar, segundo a gerente da Premier Turismo, Sandra Fontoura. A recomendação dela também é comprar aos poucos como forma de se proteger contra altas, que podem inviabilizar de vez a viagem.

Alta do dólar influência cada vez mais a compra de pacotes internacionais, mas pessoas não deixam de viajar (Foto: Pedro Peralta)
Alta do dólar influência cada vez mais a compra de pacotes internacionais, mas pessoas não deixam de viajar (Foto: Pedro Peralta)

“Quem não viajou no fim do ano, quer viajar nos próximos meses. Então, vemos que as pessoas não querem deixar de viajar. Elas escolhem pacotes nacionais ou caso não abram mão de ir para o exterior, eu recomendo que comprem a moeda aos poucos, porque a gente nunca sabe quando vai subir”, comenta. Segundo a gerente, a venda de pacotes internacionais caiu 30% nos últimos meses e, em contrapartida, aumentou o interesse por viagens nacionais.

“O destino favorito é o Nordeste e há preços muito bons. Até o Carnaval já estão esgotados os pacotes, mas depois, para baixa temporada, tem pacote de R$ 1.700 para uma semana em Maceió ou João Pessoa, com passagem, hotel e café da manha”, detalha Sandra, ao lembrar que o segundo destino mais procurado no país é a região Sul, a exemplo de Gramado, foco dos namorados durante o feriado em 12 de junho. “Para o Sul tem pacote por R$ 1.400 para três noites”, destaca.

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