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Economia

Comerciantes esperam faturar até 15% a mais com Natal de 2013

Zana Zaidan | 02/12/2013 09:03

Com a proximidade de dezembro, considerado o melhor mês do ano em vendas, comerciantes de Campo Grande já calculam a expansão do volume de compras e no movimento das lojas para o Natal de 2013. A expectativa é lucrar até 15% a mais em relação ao ano passado.

A previsão varia nos diferentes segmentos do comércio. Em uma franquia de cosméticos da Capital, o esperado é vender de 10% a 15% mais. “Todo ano crescemos, em média, 10%, mas a meta é chegar a 15%”, afirma a consultora de vendas da loja, Priscila Regina de Sousa. O resultado, garante, será alcançado devido à ascensão do mercado brasileiro de cosméticos.

“É um setor que não sente efeitos de crises, muito pelo contrário. Mulheres cortam despesas em tudo, menos em maquiagens”, considera Priscila. Outra aposta da consultora é que cosméticos são presentes tradicionais nesta época do ano. “Perfume nunca sai de moda, além de ser uma opção fácil de trocar caso não agrade o presenteado”, acrescenta.

Em ascensão, setor de cosméticos espera faturar 15% a mais do que no Natal de 2012 (Foto: Marcos Ermínio)
Em ascensão, setor de cosméticos espera faturar 15% a mais do que no Natal de 2012 (Foto: Marcos Ermínio)

No setor de vestuário, por outro lado, a expectativa é manter o resultado dos anos anteriores. “O aumento sempre é de 5% em relação ao ano anterior. Acreditamos que neste Natal vamos fechar desta forma”, afirma o consultor de vendas de uma loja de roupas, João Carlos Arce.

Em outro estabelecimento, que vende calçados, o número esperado é o mesmo. “Há pelos menos três anos ficamos na casa dos 5. Estamos confiantes de que não haverá queda, mas também não esperamos resultado superior”, aponta o gerente João Marcelo Oliveira.

Vendas desaquecidas – Por enquanto, os números do comércio continuam no patamar dos demais meses do ano. Conforme planejamento dos lojistas, o crescimento deve começar há duas semanas do Natal.

“Quem tinha que comprar, já comprou em meados de outubro, quando aconteceu a última temporada de promoções para limpar os estoques. Agora, só quando chegar a segunda parcela do 13º”, acredita Arce. A percepção nos anos anteriores, explica, mostra que os consumidores usam a primeira parcela para quitar contas atrasadas para só então usar o dinheiro extra com compras de fim de ano.

Ainda assim, conforme planejamento para o Natal, os empresários do setor já contrataram funcionários temporários. Em cada loja do Centro da cidade, há uma placa informando a existência de vagas. Os comerciantes já contratam de dois a três funcionários, mas, até a primeira de dezembro, o reforço no atendimento deve chegar a cinco, explica Arce.

Nas lojas de roupas, consumidores pesquisam preços, mas comprar, só perto do Natal (Foto: Marcos Ermínio)
Nas lojas de roupas, consumidores pesquisam preços, mas comprar, só perto do Natal (Foto: Marcos Ermínio)
Nas grandes redes, clientes estão mais cautelosos com crediários e parcelamentos a perder de vista (Foto: Marcos Ermínio)
Nas grandes redes, clientes estão mais cautelosos com crediários e parcelamentos a perder de vista (Foto: Marcos Ermínio)

Pagamento – Com o nome limpo na praça depois de pagar as dívidas, o consumidor escolhe o cartão de crédito como forma de pagamento. A cada dez vendas, sete são parceladas. Por outro lado, o financiamento a longo prazo é evitado. “A maioria das lojas oferece parcelamento de até seis vezes, mas a maioria, apesar de não querer comprar à vista, parcela no máximo em duas vezes”, aponta Priscila.

O cenário é o mesmo em uma loja de eletrodomésticos. Os crediários podem ser feitos em até 36 vezes no carnê ou 24 no cartão de crédito, mas a maior parte das vendas é fechada em 12 vezes. “ No fim do ano, o cliente limpa o nome e vem comprar. Mas está mais cauteloso com os crediários porque tem mais consciência dos juros e faz em no máximo 12 vezes”, explica o vendedor Antônio Carlos Maria.

Apesar do movimento no Centro da Capital, consumidor vai comprar só depois de receber segunda parcela do 13º, acreditam comerciantes (Foto: Marcos Ermínio)
Apesar do movimento no Centro da Capital, consumidor vai comprar só depois de receber segunda parcela do 13º, acreditam comerciantes (Foto: Marcos Ermínio)
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